O homem que, esta terça-feira, desviou um avião do Egito para o Chipre foi detido, informou fonte do governo cipriota. O sequestrador é de nacionalidade egípcia.
Corpo do artigo
A informação foi avançada minutos depois de quatro das sete pessoas que o pirata do ar mantinha reféns terem abandonado o aparelho, três pela porta e outra pela janela do 'cockpit'.
A polícia cipriota tinha assumido posições nos terminais do aeroporto quando os quatro surgiram.
[Twitter:714780086965129216]
A companhia aérea Egyptair também se manifestou através do Twitter, informando os seus seguidores que todos os reféns tinham sido libertados e o sequestrador detido.
[Twitter:714782722204545025]
Segundo um jornalista da agência France Presse, o homem atravessou a pista de mãos no ar e a polícia agarrou-o, revistou-o durante cerca de dois minutos e levou-o do local.
O primeiro-ministro do Chipre, Sherif Ismail, informou que o homem é de nacionalidade egípcia e que tinha pedido para se encontrar com as autoridades da União Europeia ou para voar para outro aeroporto: "Em alguns momentos, ele pediu para se encontrar com representantes da União Europeia e, noutros, pediu para ir para outro aeroporto, mas sem especificar."
O homem foi identificado pelas autoridades egípcias como sendo Seif Eldin Mustapha.
Sherif Ismail acrescentou que o homem vai agora ser interrogado sobre os motivos do sequestro.
O sequestrador do avião da Egyptair desviado para Chipre mantinha, ao final da manhã, sete reféns a bordo - o comandante, o copiloto, uma hospedeira, um segurança da companhia aérea EgyptAir e três passageiros. A informação era avançada pelo ministro da Aviação Civil egípcio, Sharif Fathy, em conferência de imprensa, sem precisar as nacionalidades dos passageiros.
Sharif Fathy atualizava o número de pessoas sequestradas, de 11 para 7, e o número total de passageiros do avião, de 81 para 55. Entre estes, figuravam 21 estrangeiros - oito norte-americanos, quatro britânicos, quatro holandeses, dois belgas, um francês, um italiano e um sírio.
O aparelho, um Airbus A-320, fazia a ligação entre Alexandria, no norte do Egito, e o Cairo, e foi desviado para Larnaca, no sul da ilha de Chipre.
Segundo o piloto, o sequestrador ameaçou acionar um cinto de explosivos.
"Não havia nenhuma arma. Não sabemos ainda se o cinto de explosivos é verdadeiro, mas partimos do princípio que sim por uma questão de segurança dos passageiros", disse o ministro.
Uma porta-voz da polícia cipriota, Nicoletta Tirimou, disse que "o pirata do ar entregou uma carta em árabe à polícia", a qual está a ser traduzida.
O Presidente de Chipre, Nicos Anastasiades, assegurou que os motivos do sequestro estão por esclarecer, mas que o incidente "não está relacionado com terrorismo".
Fonte governamental cipriota afirmou que, após a aterragem do aparelho e da libertação da maioria dos passageiros, o homem exigiu ver a ex-mulher, que vive numa localidade próxima do aeroporto de Larnaca.
A mulher foi transportada ao aeroporto, juntamente com uma criança, segundo a televisão Sigma.
A rádio pública cipriota havia noticiado que o homem pediu asilo a Chipre, sem dar mais detalhes.
O aeroporto de Larnaca está encerrado e os voos estão a ser desviados para outras aerogares.