O Mali é um dos pontos mais quentes do globo e em particular para os militares das Nações Unidas, que ali cumprem uma missão de apoio à paz.
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Constituem-se numa força armada internacional, designada Minusma, numa missão que a revista "Newsweek" classificava, no dia 6 de dezembro, como "a mais perigosa missão das Nações Unidas", com 101 baixas desde 2013, ano em que a missão começou. E 68 são devidas a ataques diretos.
É neste ambiente de risco que ali estão 66 militares portugueses, integrados na Minusca, uma missão criada à volta do C-130, estacionado no aeroporto de Bamako, a capital daquele instável país africano.
São na quase totalidade da Força Aérea, entre a tripulação da aeronave, a equipa de manutenção, os militares atribuídos ao serviço de saúde e às comunicações e a Polícia Aérea/Unidade de Proteção da Força.
E é esta última estrutura o rosto mais visível da força portuguesa, envolvida na segurança à volta do C-130 assim como no patrulhamento de algumas áreas de Bamako ou na escolta de colunas, como recentemente aconteceu quando o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, ali esteve em visita.
Além destes militares, há também a equipa da Brigada de Reação Rápida, do Exército, responsável pela preparação do lançamento de cargas por paraquedas através do C-130. É uma missão da qual mal se dá conta, mas que tem um elevado valor estratégico, uma vez que permite socorrer populações ou forças das Nações Unidas que possam estar isoladas.
O Campo Bifrost é o espaço onde todos vivem, junto a outras tropas da Minusma, uma área segura e com um conforto relativo, mas rodeada de arame farpado e fortes medidas de segurança, paredes-meias com o aeroporto de Bamako. É que as ameaças à Minusma são de vária índole e provêm desde a Al-Qaeda até ao autoproclamado Estado Islâmico, passando por grupos armados que mudam as alianças consoante as necessidades. E é neste ambiente que operam as tropas portuguesas, que já chegaram mesmo a viver atentados em Bamako.