É recente e ainda pouco divulgada. A Intellcorp conta com, pelo menos, quatro ex-espiões na atividade de gestão e recolha de informações para "políticos com ambição de ascensão" e empresários.
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O ex-quadro superior do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), Rúben Ribeiro, é um dos dirigentes da Intellcorp, uma empresa recém-criada que vende serviços de "intelligence" (informações).
"Há pelo menos outros dois ex-espiões entre os colaboradores que foram do SIED e outro do Serviço de Informações de Segurança (SIS)", noticia o "Diário de Notícias" (DN) esta quinta-feira. "Estamos ainda numa fase low profile, apenas divulgando aos nossos contactos privilegiados", explicou o cofundador David Santos.
Em poucas horas saber tudo ou quase tudo sobre alguém
Estes ex-espiões fazem "recolha de informações, não só através de fontes abertas, mas também através dos canais próprios e contactos" que têm. "Conseguimos em poucas horas saber tudo ou quase tudo sobre alguém", garante o cofundador da Intellcorp.
E quem são os potenciais clientes? Desde "políticos com ambição de ascensão a qualquer tipo de poder e políticos já estabelecidos", mas também "empresários que querem estar preparados para os desafios com que se comprometeram".
"Posso confirmar que já temos alguns políticos e empresários clientes, em Portugal e no estrangeiro", garantiu David Santos ao DN.
Segundo o constitucionalista e ex-presidente do Conselho de Fiscalização das secretas, Jorge Bacelar Gouveia, este "é um serviço que se assemelha ao dos detetives privados, uma atividade que não está legislada e permite alguma liberdade de ação". A lei devia ser "mais apertada", defende.