O único presidente de Câmara do CDS-PP, Daniel Campelo, deve anunciar, este domingo, que não se recandidata ao cargo na autarquia de Ponte de LIma. Razões pessoais e de saúde estarão na origem da decisão.
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O anúncio, depois de vários meses de silêncio sobre a questão, deverá ser feito durante a Mesa dos Quatro Abades, um fórum popular em que os presidentes das juntas de freguesia de Calheiros, Cepões, Bárrio e Vilar do Monte, se sentam à mesma mesa, mas cada um no seu território e discutem os problemas das suas autarquias e apelam ao presidente da Câmara para a sua resolução.
Fonte do CDS-PP revelou, ao Jornal de Notícias, que o autarca limiano terá alegado "razões pessoais e de saúde" para não se recandidatar àquele que seria o seu quinto mandato à frente dos destinos limianos.
Recorde-se que Daniel Campelo é presidente da Câmara de Ponte de Lima desde 1994, tendo sido eleito três vezes pelo CDS-PP e uma como independente.
Em 2001, Paulo Portas impediu a sua candidatura depois do episódio que ficou conhecido como o "orçamento do queijo", uma referência à votação favorável de Daniel Campelo ao Orçamento de Estado do Governo socialista de António Guterres que acabaria por passar com o seu voto.
Daniel Campelo é também recordado pela sua greve de fome em defesa do queijo limiano e de projectos que considerava importantes para o desenvolvimento do Alto Minho.
O retorno ao partido deu-se já, em 2005, pela mão do então presidente do CDS-PP, Ribeiro e Castro.
Com este cenário, em que Daniel Campelo se coloca de fora da corrida autárquica, tudo indica, segundo fontes do partido, que será o vereador Vítor Mendes, a encabeçar a lista dos populares às próximas eleições.
Considerado o número dois da autarquia limiana, Vítor Mendes tem 45 anos e é engenheiro agrónomo.
Por seu turno, o limiano Abel Baptista, líder da distrital do CDS-PP, já foi anunciado como cabeça de lista, pelo distrito, para as eleições legislativas.