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O presidente do Conselho de Administração do Instituto Português de Oncologia (IPO), Ricardo da Luz, defendeu ontem a necessidade de novas instalações, considerando que as existentes estão "desadequadas" ao serviço actualmente prestado. "A oncologia que se faz actualmente é mais de ambulatório e não tem o carácter 'asilar', com internamentos muito prolongados, que tinha na altura em que este hospital foi projectado e para o qual foi dimensionado", acrescentou.
Ricardo da Luz sublinhou que à luz das novas regras de segurança hospitalar, de segurança dos profissionais de saúde e dos próprios doentes, as instalações existentes estão "desadequadas" às necessidades.
Questionado sobre se o IPO vai mudar para Oeiras, o presidente do Conselho de Administração do Instituto disse ser uma decisão da "competência exclusiva do Ministério da Saúde, embora a administração do hospital tenha sempre uma palavra a dizer". Relativamente a uma eventual mudança para Oeiras, Ricardo da Luz sublinhou que o IPO é um hospital de "referência" e não de "proximidade", pelo que não há necessidade de estar instalado na capital. "Enquanto hospital de referência necessita apenas de se situar num local com boas acessibilidades", enfatizou.
Segundo o presidente do conselho de administração, 80 % dos doentes do instituto residem na área da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e "só" 20 % é que provêm de outras regiões de Portugal.
A mudança do IPO para Oeiras tem sido muito falada depois de o presidente daquele município ter manifestado a disponibilidade da autarquia para ceder um terreno ao Ministério da Saúde destinado à construção de novas instalações. Contudo, o ministério garante que não deverá haver decisão antes do Verão.