
Reuters
O tribunal francês deu razão a Odile Soudant e Brad Pitt terá de pagar mais de meio milhão de euros à artista plástica responsável pelas várias instalações de iluminação criadas no Castelo do Miraval, situada na Provença, no sul de França. A propriedade foi adquirida, em 2008, pelo ator norte-americano e a sua ex-mulher, Angelina Jolie.
As instâncias judiciais francesas condenaram Brad Pitt a pagar 565 mil euros a Odile Soudant por falta de pagamento do intérprete, de 53 anos, que levou à falência a empresa da artista plástica. A decisão judicial foi tomada no passado dia 19 de abril, mas apenas revelada esta sexta-feira pelo jornal francês "Libération".
Em dezembro de 2010, o ex-casal contactou Odile Soudant conhecida pelo seu trabalho desenvolvido junto do célebre arquitecto Jean Nouvel, de quem Brad Pitt é "fã incondicional", para levar a cabo uma série de modificações na propriedade, de modo a dar ênfase à iluminação dos vários espaços. A artista francesa teve "carta-branca" para realizar as obras, mas nenhum contrato foi assinado.
Os trabalhos decorreram sem entraves durante os três anos consecutivos, até que Brad Pitt se interessou pela elevada fatura já acumulada, mais de 25 milhões de euros, e os sucessivos atrasos. A partir desse momento, o ator norte-americano decidiu suspender os pagamentos à empresa francesa que dependia em quase 70% das obras levadas a cabo na residência de Pitt.
Numa troca de "emails" entre o ator e a artista francesa, Soudant revela que pediu a Pitt para que este regularizasse parte das dívidas amontoadas. "As minhas contas bancárias estão no limite, já não posso utilizar o meu cartão de créditos e a minha empresa está quase a falir", advertiu. Pouco tempo depois, a sua empresa fica sob administração judicial
A decisão pelos tribunais francesas poderia supor o fim do litígio entre as duas partes, porém Odile Soudant acusa ainda Brad Pitt de se ter apropriado ilicitamente dos direitos de autor pela conceção e iluminação levados a cabo nos quatros edifícios da propriedade, uma vez que a artista considera tratar-se "de uma criação original e exclusiva, protegida por lei". Segundo o jornal francês, os advogados do intérprete refutam as acusações alegando que o castelo de Miraval é um lugar "unicamente privado" e por isso a lei não é aplicável. No entanto, um dos espaços da residência do ex-casal já foi utilizado para uma campanha publicitária para uma marca de perfume francesa.
