
Degeneres acaba de festejar 59 anos. Winfrey chega amanhã aos 63
Apenas quatro anos as separam. Em comum, têm mais do que a paixão pelas câmaras, pelas pessoas, pela comunicação. Ellen DeGeneres, que celebrou 59 anos na passada quinta-feira, tem razões para sorrir com o que a vida lhe reservou. A anfitriã do programa "The Ellen DeGeneres Show" está há 14 anos consecutivos na TV.
Líder de audiências das tardes americanas, a humorista "vegan" é exemplar na sua solidariedade - já angariou mais de 46 milhões de euros para causas como o cancro da mama ou a reconstrução das casas de vítimas do furacão Katrina. Na verdade, embora a coloquemos no mesmo patamar que Oprah Winfrey, Ellen já várias vezes fez questão de recusar o estatuto. "Não acho que estaria aqui hoje sem ela. A Oprah será sempre a rainha da televisão do "daytime"".
Semana de festa
Curiosamente, esta é também uma semana de festa para a estrela do "The Oprah Winfrey Show", o programa de maior audiência televisiva nos EUA entre 1986 e 2011. A apresentadora afro-americana celebra amanhã 63 anos e, apesar de já não estar regularmente em frente às câmaras, continua a dar nas vistas atrás das mesmas, graças à sua estação televisiva OWN. Recordista de presenças nas listas das celebridades mais ricas e poderosas da "Forbes", Oprah segue o exemplo da "pupila", não apenas como "opinion maker", mas também no que toca a causas solidárias - os seus donativos já excederam os 500 milhões de euros.
Da mesma forma que se manifestam contra a desigualdade de género, o racismo ou a degradação ambiental, Oprah e Ellen também se fazem ouvir sobre a situação política do seu país. Democratas assumidas (e fervorosas), são das figuras que mais têm falado contra Donald Trump e as suas medidas radicais.
"Quando alguém age como um fedelho mentiroso, e sabemos que magoou muita gente, é fácil ver de que tipo de ser humano se trata", criticou Degeneres. Por sua vez, Oprah limitou-se a aceitar publicamente os resultados das eleições e a transmitir esperança aos milhões de pessoas que a ouvem.
Vozes políticas ativas
DeGeneres e Winfrey não são as únicas a privilegiar a crítica política no pequeno ecrã dos EUA. Figuras dos "late night shows" como Jimmy Fallon, Stephen Colbert, Jimmy Kimmel, Trevor Noah, Seth Meyers, Conan O"Brien ou James Corden optaram também por usar o seu tempo de antena para lançar piadas acutilantes e críticas a Trump - durante a campanha presidencial e até mesmo depois de o multimilionário ter sido confirmado como sucessor de Barack Obama na Casa Branca. Desse grupo de ilustres, apenas Fallon e Colbert aceitaram, por uma noite, colocar as crenças de parte e ter Trump como convidado nos seus programas.
