Ataque dos EUA não destruiu programa nuclear iraniano, mas atrasou-o alguns meses
Mais de uma semana depois do início da ofensiva militar israelita contra o Irão, os EUA entraram na guerra e bombardearam três alvos nucleares iranianos. O Irão retaliou, lançando mísseis contra bases norte-americanas no Catar e no Iraque. Acompanhe aqui os principais desenvolvimentos.
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A Agência de Energia Atómica iraniana anunciou hoje que o Irão está pronto para retomar o enriquecimento de urânio no âmbito do seu programa nuclear, 12 dias após o início dos bombardeamentos de Israel contra instalações nucleares iranianas.
“O programa nuclear do Irão será retomado sem interrupção e estamos prontos para reiniciar o enriquecimento — o nosso programa não será interrompido”, disse a agência, segundo informaram os meios de comunicação social iranianos, numa altura em que vigora um frágil cessar-fogo entre Telavive e Teerão.
Os BRICS apelaram terça-feira a uma “rutura do ciclo de violência no Médio Oriente”, na sequência dos ataques israelitas e americanos contra o Irão, país membro deste grupo de dez países de economias emergentes emergentes.
Numa declaração conjunta emitida pelo Brasil, que preside atualmente o grupo, os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Indonésia, Irão e Emirados Árabes Unidos) denunciaram os ataques contra instalações nucleares e apelaram ao estabelecimento no Médio Oriente de “uma zona livre de armas nucleares e outras armas de destruição maciça”.
Os dez países manifestaram também a sua “grande preocupação com qualquer ataque a instalações nucleares pacíficas realizado em violação do direito internacional e das resoluções pertinentes da Agência Internacional da Energia Atómica” (AIEA).
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, saudou o cessar-fogo entre o Irão e Israel durante um encontro com o homólogo norte-americano, Donald Trump, em Haia, na véspera da cimeira da NATO. Erdogan "expressou satisfação pelo cessar-fogo alcançado entre Israel e o Irão graças aos esforços do presidente Trump, esperando que seja permanente", segundo um comunicado do seu gabinete. O líder turco apelou ainda a um "diálogo estreito" para pôr fim ao conflito russo-ucraniano.
O ataque norte-americano contra três instalações nucleares iranianas no sábado não as destruiu e apenas atrasou o programa nuclear em "alguns meses", segundo um relatório dos serviços de informação norte-americanos divulgado pelos ‘media’ e negado pelas autoridades.
Antes do ataque às instalações de Isfahan, Natanz e Fordó, na operação apelidada de "Martelo da Meia-Noite", as agências de informação norte-americanas previam que o Irão demorasse cerca de três meses a fabricar uma bomba nuclear, segundo o jornal The New York Times (NYT).
Após o ataque, o relatório do departamento de informações, divulgado pelo jornal, elevou o prazo estimado para menos de seis meses, noticiou a agência Efe.
Também a CNN noticiou hoje, citando três responsáveis dos serviços de informações norte-americanos, que os ataques ordenados por Trump não conseguiram destruir o programa nuclear iraniano e apenas o atrasaram alguns meses.
A Associated Press (AP) confirmou as informações deste relatório, citando duas pessoas ligadas ao processo.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos seis países que compõem o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) advertiram que qualquer ameaça ao Catar é uma ameaça direta para os restantes Estados-membros da aliança.
Os chefes da diplomacia da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos (EAU), do Bahrein, do Kuwait, do Omã e do Qatar realizaram uma reunião extraordinária "sobre a agressão lançada pelo Irão" contra Doha, um ataque com mísseis contra a base aérea de Al Udeid, que foi quase totalmente intercetado pelas defesas do Qatar.
Num comunicado emitido no final da reunião, o CCG manifestou o seu "profundo pesar" pelo ataque, que "constitui uma violação flagrante, inaceitável e perigosa por parte do Irão da soberania do Estado do Catar, do seu espaço aéreo e dos princípios de boa vizinhança", noticiou a agência Efe.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram ter abatido dois drones, antes de entrarem no espaço aéreo israelita, provenientes "provavelmente" do Irão. “Ao início desta noite, dois UAV (drones) que se aproximavam do território israelita, provavelmente vindos do Irão, foram intercetados pela Força Aérea (IAF)”, afirmam as IDF em comunicado nas redes sociais.
As interceções ocorreram fora do território israelita e as sirenes foram acionadas de acordo com o protocolo, adianta a mesma fonte, quando está a iniciar-se um cessar-fogo entre os dois países.
O espaço aéreo iraniano permanecerá encerrado até às 14 horas (10:.30 horas em Portugal continental) de quarta-feira, informou a agência noticiosa Mehr, citando um responsável, apesar da cessação das hostilidades entre o Irão e Israel após 12 dias de guerra. “Na sequência dos recentes acontecimentos, o espaço aéreo do país permanecerá encerrado até às 14 horas de quarta-feira para garantir a segurança dos passageiros e dos voos”, declarou à agência Mehr Majid Akhavan, porta-voz do Ministério das Estradas, que gere igualmente os transportes aéreos.
Os aeroportos israelitas de Haifa e Ben Gurion, que serve Telavive, vão retomar totalmente as operações a partir da manhã de quarta-feira, segundo a Autoridade Nacional de Aeroportos de Israel. "Com o regresso à normalidade, foram levantadas todas as restrições ao número de voos de chegada e partida, bem como ao número de passageiros por voo. Além disso, foram levantadas as restrições à entrada de passageiros e seus acompanhantes nos aeroportos", afirmou à EFE um porta-voz da Autoridade.
A Autoridade Aeroportuária de Israel anunciou também que as lojas francas reabrirão seguindo as atuais diretrizes de segurança, que ambos os aeroportos continuarão a monitorizar. "As travessias de fronteira continuarão a funcionar normalmente", adiantou a mesma fonte.
A União Europeia (UE) lembrou na ONU que em quatro meses o Conselho de Segurança já não estará encarregado da questão nuclear iraniana, sublinhando a urgência de se chegar a uma solução diplomática, ao invés de ação militar.
Na reunião informativa semestral do Conselho de Segurança da ONU sobre a implementação da Resolução 2231, que apoiou o Plano Global de Ação Conjunta (JCPOA, na sigla em inglês) sobre o programa nuclear iraniano, o chefe da delegação da UE nas Nações Unidas alertou que a escalada do conflito entre Irão, Israel e Estados Unidos.
"Daqui a quatro meses, o Conselho de Segurança não se ocupará mais da questão nuclear iraniana (...). Uma solução duradoura para a questão nuclear iraniana só pode ser através de um acordo negociado, não de ação militar", defendeu o embaixador Stavros Lambrinidis. "Um acordo nuclear em pleno funcionamento conduzirá à estabilização de toda a região", frisou.
O presidente da República Portuguesa apontou o diálogo como condição no conflito entre Israel e Irão, considerando fundamental que os envolvidos mantenham as promessas de cessar-fogo para evitar que o mundo se transforme numa “barafunda”.
“É preciso o diálogo, é preciso haver diplomática. Se alguém que, supostamente, por uma atuação unilateral, pode criar condições para um cessar-fogo, falha, só há uma maneira de não se falhar: Realmente os que estão interessados, ou devem estar interessados no cessar-fogo, falarem todos entre si. Se não é uma barafunda. O mundo transforma-se numa barafunda. Promete-se uma coisa num dia e, no outro, é outra coisa”, declarou à comunicação social o Presidente da República, momentos após a sua chegada a Maputo.
A justificação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi que “pouco antes do cessar-fogo entrar em vigor, o Irão lançou uma bateria de mísseis, um dos quais causou a morte de quatro cidadãos em Beerseba”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, o principal problema neste conflito é a falta de diálogo e multilateralismo. “Faz falta haver diálogo, faz falta haver multilateralismo (...)quando se vê a liderança de uma superpotência declarar que vai haver cessar-fogo e depois, na primeira esquina da história, quer dizer, em menos de 24 horas, reconhecer que não há cessar-fogo - Como se viu em relação à Ucrânia (…), quer dizer que, no fundo, já não há superpotência nenhuma que seja tão superpotência”, declarou ainda o Presidente da República Portuguesa.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, proclamou esta terça-feira uma "vitória histórica" sobre o Irão, e que o país rival "nunca terá armas nucleares", após o programa ter ficado "na ruína" com os ataques sofridos.
Num discurso televisivo, enquanto se mantém um cessar-fogo entre os dois países, Netanyahu enumerou as conquistas de Israel através dos bombardeamentos dos últimos 12 dias, incluindo a eliminação de generais e cientistas nucleares de alto nível, a destruição das instalações nucleares de Natanz e Isfahan, para além do reator de água pesada de Arak.
"Durante dezenas de anos, prometi-vos que o Irão não teria armas nucleares e, de facto... levámos o programa nuclear do Irão à ruína", disse Netanyahu, reivindicando "uma vitória histórica".
A China apoia os esforços do Irão para salvaguardar a sua soberania e segurança e para chegar a um "cessar-fogo genuíno" com Israel, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros de Pequim ao seu homólogo iraniano. "A China apoia os esforços do Irão para salvaguardar a sua soberania e segurança e, com base nisso, alcançar um cessar-fogo genuíno, permitir que o seu povo retome a vida normal e promover um rápido alívio da situação no Médio Oriente", disse Wang Yi ao homólogo iraniano, Abbas Araghchi, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Durante a conversa telefónica com Araghchi, o ministro chinês reiterou que Pequim "expressou imediatamente a sua condenação" após os ataques norte-americanos a importantes instalações nucleares no Irão, no fim de semana. "Os ataques militares a instalações nucleares protegidas pelas salvaguardas da Agência Internacional de Energia Atómica violam gravemente os propósitos da Carta das Nações Unidas e do direito internacional", acrescentou Wang.
A França, a Itália e a Alemanha demonstraram-se solidários com o Catar, na sequência do ataque do Irão à base militar norte-americana em Al-Udeid, nos arredores de Doha, e apelaram ao regresso das negociações.
O presidente francês, Emmanuel Macron, através da rede social X, apelou a que todas as partes "dêem provas de maior contenção, desanuviem a escalada e regressem à mesa das negociações", sublinhando que "a espiral de caos tem de acabar". "Manifesto a solidariedade da França para com o Catar, atingido pelo Irão no seu próprio território. Estou em estreito contacto com as autoridades do país e com os nossos parceiros na região", acrescentou Macron.
Também no X, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, quis expressar em nome do Governo "sincera solidariedade para com o Catar pelo ataque iraniano sofrido nas últimas horas no seu território". "Todos concordamos com a necessidade de regressar imediatamente à mesa das negociações e retomar um diálogo político que possa dar à região uma perspetiva de paz e estabilidade", adiantou ainda Meloni, frisando que tem estado em "contacto permanente" com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Johann Wadephul, numa entrevista à televisão alemã ARD, afirmou que os ataques foram uma “resposta calibrada” aos ataques norte-americanos contra três importantes instalações nucleares iranianas e pouco depois no X, descreveu os ataques iranianos como “inaceitáveis”, assegurando ao mesmo tempo que a Alemanha estava “solidária com os seus parceiros nos Estados do Golfo”.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, anunciou o "fim da guerra de 12 dias" imposta por Israel, numa mensagem à nação divulgada pela agência noticiosa oficial IRNA esta terça-feira.
"Hoje, após a resistência heróica da nossa grande nação, cuja determinação faz história, assistimos ao estabelecimento de uma trégua e ao fim desta guerra de 12 dias imposta pelo aventureirismo e pela provocação" de Israel, disse Pezeshkian.
O presidente norte-americano divulgou hoje uma mensagem que lhe foi enviada pelo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, com palavras de elogio ao “grande sucesso” dos bombardeamentos dos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irão.
Na sua plataforma Truth Social, Donald Trump partilhou algumas capturas de ecrã com os elogios do antigo primeiro-ministro neerlandês, no dia em que começou a cimeira da Aliança Atlântica, em Haia.
"Parabéns e obrigado pela sua ação decisiva no Irão. Foi realmente extraordinário e algo que mais ninguém se atreveu a fazer", declarou Mark Rutte, referindo-se aos bombardeamentos da aviação norte-americana na madrugada de domingo.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, instou esta terça-feira Israel e o Irão a "respeitarem integralmente" o cessar-fogo anunciado na segunda-feira pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
"Os combates têm de parar. Os povos de ambos os países já sofreram demasiado", declarou Guterres numa mensagem na rede X.
O secretário-geral das Nações Unidas disse que espera ver este acordo “replicado noutros conflitos na região", em alusão à guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, que não foi interrompida pelas hostilidades israelo-iranianas.
O presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, afirmou hoje que Teerão respeitará o cessar-fogo com Telavive desde que Israel também respeite os seus termos.
“Se o regime sionista não violar o cessar-fogo, o Irão também não o violará”, afirmou Pezeshkian numa conversa telefónica com o primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, de acordo com o portal da Presidência iraniana.
O primeiro-ministro israelita confirmou esta terça-feira bombardeamentos ao Irão após a entrada em vigor do cessar-fogo, como retaliação ao lançamento iraniano de vários mísseis, e ausência de “ataques adicionais” após a conversa com o presidente norte-americano.
A justificação de Benjamin Netanyahu foi divulgada num comunicado emitido depois de Donald Trump se ter mostrado muito crítico das anteriores ações israelitas.
“O cessar-fogo foi marcado para as 7 horas (5 em Portugal continental). Às 3, Israel atacou com força o coração de Teerão, atingindo alvos do regime e eliminando centenas de membros das forças de segurança iranianas e da [força paramilitar] Basij”, afirmou Netanyahu, num comunicado do seu gabinete.
Kaja Kallas considerou que “a anunciada pausa nos combates entre Israel e o Irão é uma boa notícia, mas continua a ser frágil”, sublinhando que “este é o momento de regressar à mesa das negociações”, de acordo com uma mensagem divulgada nas redes sociais.
A Alta Representante para a Política Externa da UE apelou a todas as partes para se absterem de mais violência, esperando que o cessar-fogo anunciado “seja um ponto de viragem para toda a região”.
O presidente norte-americano, Donald Trump, garantiu hoje que o cessar-fogo entre o Irão e Israel está em vigor apesar de, pouco antes, ter admitido que os dois países violaram o acordo ao atacarem-se mutuamente.
“Israel não vai atacar o Irão. Todos os aviões vão dar meia-volta e voltar para casa, (...) Ninguém se vai magoar, o cessar-fogo está em vigor”, escreveu Trump nas redes sociais.
Em declarações aos jornalistas na Casa Branca, feitas antes de partir para a cimeira da NATO em Haia, Trump admitiu que Israel e Irão violaram o cessar-fogo anunciado por si na segunda-feira à noite, manifestando-se desapontado sobretudo com o seu aliado Israel.
As autoridades sanitárias iranianas anunciaram hoje que morreram pelo menos 610 pessoas e mais de 4700 ficaram feridas nos últimos 12 dias, na sequência dos bombardeamentos em diferentes zonas do país.
O porta-voz do Ministério da Saúde do Irão, Hosein Kermanpour, afirmou que 4746 pessoas ficaram feridas, 971 das quais permanecem hospitalizadas, e que 13 crianças, incluindo uma de dois anos de idade, estavam entre os mortos.
A organização de defesa dos direitos humanos Hrana, um grupo com sede nos Estados Unidos de oposição ao regime iraniano, afirmou hoje que o número de mortos aumentou para 974. De acordo com a mesma organização, o último balanço indica que 3458 pessoas ficaram feridas.
As informações sobre o número de mortos e feridos têm sido tratadas com precaução, tanto no Irão como em Israel.
Segundo fontes oficiais, 28 pessoas foram mortas em Israel, quatro das quais durante a madrugada, no último ataque iraniano antes da entrada em vigor das tréguas. Neste último ataque, 13 pessoas ficaram feridas, em Beersheva.
O serviço de emergência israelita Magen David Adom (MDA) contabilizou 28 mortos, 17 feridos graves e 29 feridos ligeiros.
O Irão justificou hoje os seus ataques a uma base norte-americana perto de Doha, na segunda-feira, como uma ação de legítima defesa contra os Estados Unidos e rejeitou que tenham sido contra o Qatar.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, disse por telefone ao seu homólogo do Qatar, xeque Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani – que também é primeiro-ministro do país -, que o ataque à base norte-americana em Al-Udeid "foi realizado em legítima defesa do Irão", após os ataques norte-americanos às suas instalações nucleares no fim de semana, segundo um comunicado do MNE iraniano, horas depois da convocação do embaixador do Irão em Doha.
Este ataque, segundo Araqchi, "não deve, de forma alguma, ser interpretado como um ato contra o Governo fraterno e amigável do Qatar".
Al-Thani declarou hoje que o seu país vai responder ao ataque iraniano de segunda-feira à base norte-americana com medidas "diplomáticas e legais".
"Instamos aos lados norte-americano e iraniano a regressarem imediatamente à mesa das negociações (...) para chegar a uma solução diplomática", disse Al-Thani durante uma conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo libanês em Doha.
O presidente norte-americano, Donald Trump, admitiu hoje que Israel e Irão violaram o cessar-fogo anunciado por si na segunda-feira à noite, manifestando-se desapontado e afirmando não estar satisfeito com o seu aliado Israel.
Em declarações aos jornalistas na Casa Branca, feitas antes de partir para a cimeira da NATO em Haia, Trump mostrou-se desiludido com a continuidade dos ataques mútuos, apesar de ambos terem acordado cessar as hostilidades a partir das 5 horas em Washington (7 em Israel, 7.30 no Irão, 9 em Portugal continental).
“Eles [iranianos] violaram [o cessar-fogo], mas Israel também violou”, disse Trump. “Não estou satisfeito com Israel”, sublinhou, enquanto uma mensagem sua nas redes sociais exigia a Telavive que fizesse regressar os seus pilotos a casa. “Israel. Não lancem essas bombas. Se o fizerem, é uma grave violação. Tragam os vossos pilotos para casa. Já.”, escreveu.
Israel e Irão aceitaram hoje um plano de cessar-fogo proposto por Trump para pôr fim à guerra de 12 dias que abalou o Médio Oriente, depois de Teerão ter lançado um ataque com mísseis de retaliação contra uma base militar norte-americana no Qatar.
A aceitação do acordo por ambos os lados não impediu o Irão de lançar, hoje de manhã, um ataque com mísseis contra Israel, que matou pelo menos quatro pessoas, enquanto Israel lançou uma série de ataques aéreos contra locais de toda a República Islâmica.
O exército israelita afirmou ter detetado ainda outro bombardeamento iraniano duas horas e meia horas após o início do cessar-fogo, fazendo soar as sirenes de alerta, o que foi negado pelo Irão.
As Forças Armadas do Irão acusaram Israel de “violar o cessar-fogo” hoje com uma nova onda de ataques contra o seu território, depois de o exército israelita ter acusado Teerão de lançar mísseis e ameaçado responder.
Segundo o Irão, “o regime israelita violou o cessar-fogo por três vezes com ataques contra vários locais do país” e irá “pagar um preço elevado”.
As Forças Armadas, citadas pela agência de notícias iraniana Tasnim, não avançaram informação sobre eventuais baixas causadas pelo novo bombardeamento.
O exército israelita já tinha denunciado esta manhã ter detetado um novo ataque com mísseis do Irão, duas horas após a entrada em vigor do cessar-fogo (às 7 horas de Telavive, 9 horas em Portugal Continental), o que foi negado pelas autoridades iranianas.
Telavive adiantou ter ordenado, entretanto, um ataque retaliatório e o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, explicou que o lançamento de mísseis pelo Irão constituiu uma violação do cessar-fogo, pelo que instruiu as Forças Armadas israelitas para retomarem “as intensas operações para atacar Teerão e destruir alvos do regime e infraestruturas terroristas”.
O acordo de cessar-fogo foi anunciado pelo presidente norte-americano na segunda-feira à noite, através de uma publicação nas redes sociais a dizer que Israel e Irão tinham chegado a um acordo que entraria em vigor às 5 horas de hoje (9 horas em Portugal continental).
O Iraque anunciou hoje a reabertura total do seu espaço aéreo após o ataque iraniano à base aérea norte-americana de Al-Udeid, nos arredores de Doha, no Qatar, na noite de segunda-feira.
A Autoridade de Aviação Civil Iraquiana anunciou hoje a reabertura do espaço aéreo iraquiano ao tráfego aéreo internacional, após uma avaliação completa da situação de segurança e coordenação com as autoridades nacionais e internacionais competentes.
O presidente da instituição iraquiana, Bangin Rekani, afirmou que a decisão de reabrir o tráfego aéreo ocorre devido a "melhoria das condições de segurança e na capacidade do Iraque para garantir os mais elevados padrões de segurança e controlo do tráfego aéreo para as aeronaves que sobrevoam o país".
"A reabertura do espaço aéreo iraquiano irá reforçar a posição geográfica estratégica do Iraque como um corredor aéreo que liga o Oriente e o Ocidente e contribuirá para reduzir o tempo de voo e os custos de combustível para as companhias aéreas globais", acrescentou Rekani.
Os líderes da União Europeia (UE) vão, na quinta-feira em Bruxelas, debater a instabilidade no Médio Oriente, após o anúncio norte-americano de cessar-fogo entre Israel e Irão, admitindo que “tudo pode mudar” até ao final da semana.
Na quinta-feira, os chefes de Governo e de Estado da UE reúnem-se naquela que é a terceira reunião ordinária presidida pelo atual presidente do Conselho Europeu, António Costa, sendo à semelhança das anteriores muito marcada pela atualidade geopolítica, agora perante aparentes compromissos de conter a escalada militar entre Telavive e Teerão após bombardeamentos dos Estados Unidos em instalações nucleares iranianas.
Falando na antevisão desta cimeira (que pode durar apenas um dia ou prolongar-se até sexta-feira), um alto funcionário europeu apontou que “tudo pode mudar até lá”, mas que a mensagem principal dos líderes da UE será de “necessidade urgente de conter a escalada” de tensões.
A UE defende que o Irão não deve ter armas nucleares e que a solução tem de ser diplomática e negociada.
As autoridades iranianas garantiram hoje que o país continua “pronto para responder a qualquer agressão”, apesar de confirmar um cessar-fogo com Israel que, segundo a televisão estatal, não foi violado, como acusou Telavive.
Em comunicado hoje divulgado, Teerão sublinhou continuar “em alerta” e poder responder a qualquer agressão de imediato apesar de o Conselho Supremo de Segurança Nacional ter confirmado na terça-feira o cessar-fogo com Israel, proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Segundo o Conselho iraniano, o cessar-fogo constitui “uma derrota” para o Estado judaico.
Ao mesmo tempo, a televisão estatal negou que o irão tenha lançado esta madrugada mísseis contra Israel, pouco depois de o Governo israelita ter anunciado que detetou um novo ataque.
“Os relatos de lançamentos de mísseis do Irão após o cessar-fogo são falsos”, alegou a televisão estatal iraniana.
O exército israelita afirmou hoje ter detetado um novo ataque com mísseis do Irão na terça-feira, fazendo soar os alarmes no norte de Israel.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou hoje o anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre um cessar-fogo nas hostilidades entre Israel e o Irão, e pediu que Teerão “se empenhe num processo diplomático credível”.
“A Europa congratula-se com o anúncio de um cessar-fogo pelo presidente Trump. Trata-se de um passo importante para restaurar a estabilidade numa região em tensão e esta deve ser a nossa prioridade coletiva”, escreveu a líder do executivo comunitário, numa publicação na rede social X.
“Apelamos ao Irão para que se empenhe seriamente num processo diplomático credível porque a mesa de negociações continua a ser a única via viável para avançar”, adiantou Ursula von der Leyen.
Os dois países em conflito aceitaram hoje o plano de cessar-fogo proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, para pôr fim "à guerra de 12 dias" que afetou o Médio Oriente.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje que Israel tinha acordado um cessar-fogo bilateral com o Irão. A televisão estatal iraniana informou que o cessar-fogo entrou em vigor às 7.30 (5.30 em Portugal continental).
Segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press, um alto funcionário da Presidência dos Estados Unidos, que insistiu no anonimato, Donald Trump estabeleceu contacto direto com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para garantir o cessar-fogo.
Até ao momento, não é claro qual o papel desempenhado pelo ayatollah Ali Khamenei, líder do Irão, nas conversações. O líder iraniano afirmou anteriormente nas redes sociais que não se renderia.
Os ataques israelitas continuaram em cidades iranianas até pouco antes das 4 horas da manhã (2 horas em Portugal continental), seguidos de barragens iranianas que fizeram com que a população israelita procurasse abrigo antiaéreo.
Uma hora depois de ter expirado o prazo para o Irão suspender os ataques, Trump publicou uma mensagem nas redes sociais: "O cessar-fogo está agora em efeito. Por favor, não o violem!", escreveu.
O Ministro da Defesa israelita, Israel Katz, disse hoje que o Irão violou completamente o cessar-fogo entre Israel e o Irão, lançando mísseis após a entrada em vigor da trégua.
Katz adiantou que deu instruções às Forças Armadas israelitas para retomarem o ataque contra alvos paramilitares e governamentais iranianos.
As forças de Israel disseram ter identificado mísseis lançados do Irão para o espaço aéreo israelita menos de três horas após a entrada em vigor do cessar-fogo tendo as sirenes de alerta soado no norte de Israel.
Um ataque com drones atingiu os radares de defesa aérea da base militar de Taji, norte de Bagdade, sem causar feridos, anunciaram hoje as autoridades iraquianas, que não conseguiram identificar os autores da agressão.
"Um drone não identificado bombardeou os radares e outro drone caiu perto de um gerador", disse aos jornalistas o general Saad Maan, que dirige a pasta da comunicação social junto das forças de segurança iraquianas.
Antes disso, o responsável pelas operações de Bagdade, o general Walid al-Tamimi, referiu-se a um local "alvo de ataque" na base de Taji.
A confirmar este incidente, um responsável do Ministério do Interior, que pediu para não ser identificado, falou à agência de notícias France-Presse sobre "a queda de um drone" em terras agrícolas, na região de Radwaniya, a cerca de dez quilómetros a oeste do aeroporto internacional de Bagdade.
O ataque ocorre num ambiente de tensão regional, após ataques iranianos atingirem na noite de segunda-feira uma base dos Estados Unidos no Qatar, um dia após bombardeamentos realizados por Washington em instalações nucleares no Irão.
O Irão voltou a lançar mísseis contra Israel, esta madrugada, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado um cessar-fogo entre os dois países, mais tarde desmentido pelo Governo iraniano.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram três ondas de ataques iranianos entre as 5 e as 6 horas locais (3 e 4 horas em Portugal continental), que deixaram uma dezena de feridos, incluindo três pessoas em estado crítico, de acordo com o serviço de emergência e resgate israelita Magen David Adom (MDA).
As sirenes soaram nas imediações de Telavive e na região entre Ashdod e a Faixa de Gaza, no centro e sul do país, e os bombeiros relataram o impacto de um projétil na cidade de Beersheba (sul).
O MDA indicou que o ataque deixou três pessoas gravemente feridas, mas meios de comunicação locais, como o Times of Israel e o Haaretz, referem três vítimas mortais, citando fontes médicas.
Os ataques surgem depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado em Washington, na segunda-feira à noite, que Israel e o Irão acordaram um cessar-fogo a partir das 5 horas de hoje (7 em Israel e 7.30 no Irão).
Pouco depois, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, negou qualquer acordo: "De momento, não há acordo sobre um cessar-fogo ou uma cessação das operações militares", disse Araqchi numa mensagem na rede social X.
No entanto, Araqchi abriu a porta à possibilidade de uma pausa nos ataques, dizendo que se Israel "parar a agressão ilegal" contra o Irão até às 4 horas locais (1.30 em Portugal continental), o Irão cessará os ataques.
A mensagem foi publicada já após as 4 horas locais, depois de vários meios de comunicação social iranianos terem noticiado novas explosões em zonas de Teerão, a capital do país, na sequência de ataques israelitas.
Além disso, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano emitiu uma nova mensagem, afirmando que as forças armadas da República Islâmica levaram a cabo operações contra Israel "até ao último minuto", antes das 04:00 locais, sugerindo que, após essa hora, o Irão iria interromper a ofensiva.
A Venezuela pediu à comunidade internacional que promova uma cimeira pela paz e garanta o cessar ao fogo imediato entre o Israel e o Irão, sublinhando a importância da criação de uma Zona Livre de Armas Nucleares na Ásia Ocidental. “A situação na Ásia Ocidental entrou numa fase de tensão e violência acrescidas. A intensificação da agressão israelita à República Islâmica do Irão, agravada pela ação militar norte-americana de bombardeamento do território iraniano, ameaça desencadear uma crise de consequências catastróficas de natureza nuclear contra a região e o mundo” explica um comunicado divulgado hoje em Caracas.
No documento, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, explica que a esta situação acresce “a persistente recusa de Israel em desmantelar o seu arsenal nuclear não declarado, assim como a sua recusa em submeter-se ao regime de inspeções da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) e em aderir ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP)”. “Esta impunidade sustentada representa um grave risco para a segurança coletiva e compromete os princípios do sistema multilateral”, adverte.
Perante este contexto, Caracas “apela urgentemente às organizações do Sul Global”, incluindo o Movimento dos Países Não-Alinhados, a Liga dos Estados Árabes, a Organização de Cooperação Islâmica, o Conselho de Cooperação do Golfo, a União Africana, os BRICS, a CELAC e outros organismos regionais, “para que promovam conjuntamente um cessar-fogo imediato e abrangente na Ásia Ocidental”. “Este apelo à cessação das hostilidades deve constituir o primeiro passo para uma solução política global, assente no diálogo, na legalidade e no respeito soberano entre os Estados. Proponho respeitosamente, com carácter de urgência, a convocação de uma Cimeira pela Paz e contra a Guerra, para fazer face ao perigo crescente de um conflito que poderá arrastar a humanidade para o abismo de uma guerra nuclear, que deverá realizar-se o mais rapidamente num país da Região, a fim de assegurar a participação direta dos atores mais envolvidos e enviar um sinal claro da vontade regional de paz”, explica.
O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, na noite de segunda-feira, um "cessar-fogo total" entre Israel e o Irão, que espera que se torne permanente. “Foi totalmente acordado entre Israel e o Irão que haverá um cessar-fogo completo e total (em aproximadamente 6 horas, quando Israel e o Irão tiverem terminado as suas missões finais em curso!), durante 12 horas, altura em que a guerra será considerada ENCERRADA”, escreveu o presidente na sua rede social Social Truth
O presidente do Parlamento iraniano, Mohammad-Bagher Ghalibaf, afirmou, esta segunda-feira, que Teerão está a considerar suspender a sua cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que acusa de falta de profissionalismo. "Procuramos aprovar (no parlamento) um projeto de lei para suspender a cooperação do Irão com a AIEA", escreveu Ghalibaf no X, criticando a alegada falta de objectividade e profissionalismo da agência de vigilância nuclear da ONU.
O ataque norte-americano a três instalações nucleares iranianas no fim de semana expôs divisões no Partido Republicano, entre apoiantes e críticos do presidente Donald Trump, eleito com a promessa de não entrar em guerras. A maioria dos deputados conservadores não tomou posição em relação à decisão do presidente de entrar no conflito Israel-Irão, mas alguns, como o congressista Thomas Massie, criticaram Trump por voltar a envolver Washington em conflitos estrangeiros.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão afirmou que o país está "pronto para voltar a responder" com força a qualquer novo ataque dos Estados Unidos, após ter lançado mísseis contra uma base norte-americana no Catar.
"Os ataques com mísseis do Irão contra a base [norte-americana] de Al-Udeid foram uma resposta à agressão flagrante dos Estados Unidos" contra o território iraniano, declarou Abbas Araghchi. "Em caso de novas ações dos Estados Unidos, [o Irão] está pronto para voltar a responder", disse Araghchi, em nota divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Estas declarações foram feitas antes de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado que Israel e Irão chegaram a acordo para um "cessar-fogo completo e total" a ser implementado no prazo de 24 horas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros expressou "profunda preocupação" na sequência do ataque do Irão à base militar dos Estados Unidos em Al-Udeid, no Catar, apelando à “máxima contenção” e a um “regresso urgente às negociações”. “O MNE exprime profunda preocupação com os ataques do Irão às bases militares dos EUA no Catar e no Iraque”, adiantou ainda o ministério tutelado por Paulo Rangel através da conta oficial no X.
A comunicação acrescentou ainda que “têm de ser evitados novos fatores de desestabilização na região”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque do Irão a uma base norte-americana no Catar, afirmando estar "profundamente alarmado com a nova escalada do conflito no Médio Oriente". "Desde o início da crise, o secretário-geral tem condenado repetidamente qualquer escalada militar neste conflito, incluindo o ataque de hoje do Irão ao território qatari", afirmou em comunicado o seu porta-voz, Stéphane Dujarric.
A mensagem reitera o apelo de Guterres para que todas as partes "parem os combates" e respeitem a Carta da ONU e o direito internacional.
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, disse que não aceitaria “o assédio de ninguém, em nenhuma circunstância”, após o ataque à base americana de Al-Udeid, no Catar, em retaliação ao bombardeamento norte-americano. “E não aceitaremos qualquer assédio por parte de quem quer que seja, em qualquer circunstância”, afirmou o ayatollah Ali Khamenei na sua conta X.
A principal autoridade política e religiosa do Irão acrescentou que não se submeterão “ao assédio de ninguém” e que “esta é a lógica da nação iraniana”. “Não fizemos mal a ninguém”, acrescentou Ali Khamenei, numa mensagem acompanhada de uma imagem que mostra uma zona de conflito e uma bandeira dos EUA em chamas.
O Catar anunciou a reabertura do seu espaço aéreo, informou a autoridade de aviação do Catar, depois de o Irão ter disparado uma série de mísseis contra o estado do Golfo, visando a base norte-americana de Al Udeid, sediada no país. "A Autoridade Geral de Aviação Civil anuncia a retoma do tráfego aéreo no espaço aéreo do Estado do Catar e o regresso da atmosfera ao normal", afirmou em comunicado no X.
Israel e o Irão ainda não confirmaram o cessar-fogo.
Fortes explosões abalaram a capital iraniana. As explosões ocorreram depois de o exército israelita ter pedido a evacuação de residentes de uma área no centro de Teerão.
A AIEA adotou uma resolução no início de junho condenando a falta de cooperação de Teerão com a agência em relação às suas atividades nucleares.
O Catar afirmou que o Irão disparou 19 mísseis contra a base aérea dos EUA e que um deles foi atingido, mas não causou vítimas, de acordo com um oficial militar do Catar.
O major-general Shayeq Al Hajri disse aos jornalistas que foram disparados sete mísseis do Irão e todos foram intercetados sobre as águas entre os dois países pelas defesas aéreas do Catar. O Irão disparou então mais 12 mísseis e 11 foram intercetados sobre o território do Catar, mas um atingiu a base americana, adiantou Al Hajri.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, não ficou imediatamente claro quais foram os danos causados pelo míssil.
O número de mísseis difere de um número dado por Trump, que disse que 14 mísseis foram disparados, 13 foram derrubados e um foi “libertado” porque não representava uma ameaça.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) reivindicaram a destruição de infraestruturas militares subterrâneas de armazenamento de mísseis e de lançadores de mísseis do Irão, em bombardeamentos aéreos no oeste deste país.
"Nas últimas horas, caças da IAF (força aérea), orientados pelos precisos serviços de informações das FDI, realizaram uma série de ataques no oeste do Irão contra alvos, incluindo infraestruturas militares subterrâneas utilizadas pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) para armazenar mísseis e lançadores de mísseis", afirmam as IDF em comunicado no Telegram.
Também hoje, adianta as IDF, os caças da IAF "atingiram e destruíram um lançador de mísseis destinado a ser utilizado contra aeronaves".
O ex-presidente russo, Dmitry Medvedev, garantiu que a Rússia “não tem intenção de fornecer armas nucleares ao Irão”, depois do presidente dos EUA, Donald Trump, o ter avisado para não usar "levianamente" a palavra “nuclear”. "Sobre as preocupações do presidente Trump: eles condenam o ataque dos EUA ao Irão - não atingiu os seus objetivos. No entanto, a Rússia não tem intenção de fornecer armas nucleares ao Irão porque, ao contrário de Israel, somos membros do Tratado de Não Proliferação Nuclear", escreveu Medvedev numa mensagem na rede social X.
O antigo presidente qualificou as suas palavras de domingo, quando disse na sua página no Telegram que “há países que estão prontos a entregar as suas próprias armas nucleares diretamente ao Irão”.
Agora, Medvedev, que é atualmente vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, disse que está “muito bem ciente” das implicações de fornecer armas nucleares ao Irão, uma medida que “outros países” poderiam tomar. “Foi isso que eu disse”, acrescentou.
O candidato à Presidência da República, Gouveia e Melo, afirmou no Porto acreditar que estarão criadas as condições para negociar a paz no Médio Oriente e que as alianças não têm apenas lados positivos.
Concordando que o ataque do Irão a bases militares dos Estados Unidos pode "agravar o conflito" no Médio Oriente, Gouveia e Melo vê, na forma como o conflito tem evoluído, que "pode haver um sinal, uma tentativa de desescalar o conflito, portanto, para evitar um aumento da conflitualidade e do problema". "Israel e os Estados Unidos, com a ajuda dos Estados Unidos, fizeram ou atingiram o principal objetivo, que era retardar ou inutilizar a capacidade nuclear militar do Irão e da grande parte da capacidade de lançamento de mísseis balísticos. Atingidos esses objetivos, o objetivo agora é tentar fazer a paz. É perigoso se acharem que o objetivo é tentar derrubar o regime", advertiu o candidato.
E prosseguiu: "isso é muito perigoso, porque pode deixar um grande vácuo. Portanto, eu julgo que neste momento estão estabelecidas as condições para se começar a falar num processo de paz e de negociação entre as partes".
Gouveia e Melo foi mais longe no seu raciocínio e advertiu que nas alianças não se pode ter só as coisas positivas". "Também temos coisas negativas. Temos o risco da aliança, por um lado. Por outro lado, temos o facto de a aliança nos proteger a todos. Nós, sozinhos, teríamos muito mais risco do que estando numa aliança. Portanto, nós estamos a pagar um bocado o preço também das alianças que fazemos e das alianças que temos para a nossa própria proteção", explicou.
Considerando que a Bases das Lajes é "um elemento fundamental de relações não só dentro da NATO, de Portugal dentro da NATO, como de relações transatlânticas com os Estados Unidos", o candidato recordou ser Portugal "um país marítimo que tem uma relação muito forte com a potência dominante marítima que são os Estados Unidos e as Lajes fazem parte desse processo".
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garantiu, esta segunda-feira, sintonia com o Governo em matéria de política externa e assegurou que Portugal não teve conhecimento prévio do ataque dos Estados Unidos ao Irão. "A posição do presidente da República é muito simples, está em sintonia com o Governo, não há uma política externa do presidente e outra do Governo," afirmou Marcelo, em resposta aos jornalistas em Luanda, questionado sobre o pedido de explicações do Irão a Portugal face à utilização da Base das Lajes.
Sublinhando que Portugal não teve conhecimento prévio do ataque deste fim de semana e que a utilização da Base das Lajes pelos Estados Unidos decorreu de um pedido “normal” no âmbito de um acordo bilateral, Marcelo frisou que Portugal mantém uma posição de “contenção” e aposta na “via diplomática” face à escalada entre Israel e Irão. "Estamos na linha da posição do Secretário-Geral das Nações Unidas, de vários dirigentes europeus, nomeadamente o presidente do Conselho Europeu: primeiro, preocupação com a gravidade da situação; segundo, apelo à contenção de todos os intervenientes; terceiro, que seja reaberta a via diplomática," resumiu.
O presidente da República explicou que foi informado pelo Executivo sobre o pedido dos EUA para estacionar aeronaves de reabastecimento na base dos Açores, mas garantiu que não houve qualquer indicação de uso ofensivo. "Esse pedido foi formulado pelos Estados Unidos para a permanência na base, no quadro do acordo dos anos 90, para aeronaves abastecedoras, para abastecer a frota americana no Atlântico, quer naval, quer aérea. É uma situação normal, conhecida e foi notificada ao Governo, que deu conhecimento ao presidente. Não havia nada na notificação que apontasse para um ataque," assegurou.
Eram cerca das 19.30 horas. Hugo Pedro Queirós, natural de Valongo, estava a adormecer o filho quando ouviu um estrondo. Da varanda do apartamento onde vive em Doha, no Catar, não conseguia ver o céu, mas era possível ouvir barulhos "bastante audíveis". Pouco depois perceberia: era um ataque do Irão. "Ouvimos estrondos. Eram afastados da zona onde vivemos, mas eram bastante audíveis. Vivo numa zona muito urbana, não consigo ver o céu, por isso não vi o ataque. Mas vi muitas pessoas a saírem à rua", conta Hugo Pedro Queirós, que vive em Doha desde 2018, ao JN.
O candidato à Presidência da República, Marques Mendes, considerou no Porto uma não questão Portugal ter de dar esclarecimentos ao Irão pelo uso, pelos Estados Unidos, da Base das Lajes, nos Açores.
Em declarações à margem da festa de São João promovida pela Câmara do Porto e, o candidato desdramatizou o acento tónico colocado pelo embaixador do Irão, Majid Tafreshi, que disse hoje que vai pedir esclarecimentos ao governo português sobre a utilização da Base das Lajes. "Isso é uma falsa questão. Toda a gente sabe que há décadas há um acordo que permite que os americanos usem a Base das Lajes. Isso já é público e é notório. Quer dizer, o embaixador do Irão pode fazer aquilo que entender, mas não pode mudar os factos", acrescentou Marques Mendes.
Sobre o conflito no Médio Oriente admitiu que o "risco é enorme" razão porque "todas as partes, os Estados Unidos, Europa, o Irão e o mundo árabe, devem fazer um esforço para baixar esta tensão". "Acho que é clarinho que o Irão não pode ter armas nucleares. Agora, a forma mais eficaz e mais segura de resolver este problema é provavelmente pela via da negociação, pela diplomacia, envolvendo as várias partes, mas também com a ajuda da União Europeia, dos países árabes moderados, porque são pacificadores", continuou.
Apelando a um "grande esforço" conjunto, Marques Mendes salientou que a sua posição sobre o conflito "é, em grande medida igual à da União Europeia no sentido de defender uma solução negociada, por via da diplomacia". "O caminho não pode ser pela via da violência, tem que ser por via da diplomacia", insistiu o candidato.
O presidente dos Estados Unidos (EUA) afirmou, esta segunda-feira, que as três instalações nucleares iranianas atacadas no domingo "foram totalmente destruídas" e acusou alguns jornalistas e órgãos de comunicação norte-americanos de mentirem sobre a extensão dos danos.
“As instalações que atacámos no Irão foram totalmente destruídas, e todos sabem disso. Apenas [os veículos de] 'fake news' diriam algo diferente para tentar menosprezar o máximo possível o que aconteceu”, escreveu Donald Trump, através da rede social de que é detentor, a Truth Social.
Trump considera que os órgãos de comunicação norte-americanos CNN, ABC News e NBC News não informaram com rigor o impacto dos bombardeamentos às centrais nucleares de Natanz, Isfahan e Fordo e afirmou que têm “credibilidade zero”.
Vários países árabes, incluindo Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Iraque, condenaram o ataque do Irão contra uma base aérea no Catar, que alberga uma das principais instalações norte-americanas no Médio Oriente.
A Arábia Saudita condenou “nos termos mais veementes" o ataque com mísseis contra o "Estado irmão do Catar", criticando uma "flagrante violação do direito internacional e dos princípios de boa vizinhança". Para o Governo de Riade, o ataque, reivindicado pelo Irão como uma retaliação dos bombardeamentos norte-americanos, na madrugada de domingo, “é inaceitável e não pode ser justificado em nenhuma circunstância".
Os Emirados Árabes Unidos condenaram igualmente o ataque iraniano à base de Al-Udeid nos "termos mais fortes", referindo que se trata de uma clara violação da sua soberania e do seu espaço aéreo.
Para o Iraque, país vizinho do Irão, os novos desenvolvimentos merecem "grave preocupação", dado o seu potencial para uma "ampliação do conflito" na região. "Esta escalada prenuncia tensões ainda maiores e marca uma reviravolta perigosa e sem precedentes no conflito", afirmou a diplomacia de Bagdade em comunicado, que reitera os "repetidos alertas sobre o perigo de envolver novas partes” nas hostilidades.
No mesmo sentido, O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Jordânia criticou a ação iraniana e manifestou "absoluta solidariedade" com o Catar e apoio “a quaisquer medidas que adote para proteger a segurança e soberania".
Um porta-voz da diplomacia de Amã, Sufian Quda, apelou para o regresso à mesa das negociações e alertou para as repercussões de uma possível escalada militar na região.
Por seu lado, o secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo, Yassim Mohamed al-Budawi, condenou "nos termos mais veementes" o ataque iraniano, que considerou "uma ameaça direta à segurança” de todos os estados da organização. "A segurança dos Estados do Conselho de Cooperação do Golfo é indivisível. O Conselho apoia o Estado do Catar contra qualquer ameaça à segurança e integridade territorial", sublinhou. Al-Budawi referiu que o Catar e o Conselho de Cooperação do Golfo também condenaram os ataques israelitas contra o território iraniano, desde 13 de junho, e que estão a fazer "tudo o que for possível para alcançar um cessar-fogo e uma mediação".
O Bahrein, que anunciou o encerramento do espaço aéreo, manifestou solidariedade com Doha "nas delicadas circunstâncias que a região atravessa" e ofereceu os seus esforços para "evitar a escalada e resolver todas as disputas por meios pacíficos”.
Omã, mediador nas negociações nucleares entre o Irão e os Estados Unidos, manifestou também apoio ao Catar e "às medidas que está a tomar para preservar a segurança e estabilidade", ao mesmo tempo que pediu a "cessação imediata" de todas as operações militares na região.
Do mesmo modo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito apelou para o fim imediato das hostilidades, que ameaçam arrastar o Médio Oriente para “caminhos perigosos”.
O Kuwait, que também encerrou temporariamente o espaço aéreo, manifestou apoio ao Catar no "direito de responder diretamente, proporcionalmente à magnitude desta flagrante agressão".
Por seu lado, o presidente do Líbano, Joseph Aoun, classificou a operação do Irão como uma "violação da soberania do Catar" e alertou que ameaça disseminar a violência para novas áreas.
O presidente norte-americano, Donald Trump, agradeceu ao Irão por ter avisado antecipadamente do ataque "muito fraco" que fez a uma base militar dos Estados Unidos no Catar, que não fez vítimas nem causou danos substanciais. "O Irão respondeu oficialmente à nossa destruição das suas instalações nucleares com uma resposta muito fraca, o que esperávamos e que combatemos com muita eficácia", afirmou Trump na rede social Truth.
Segundo o presidente norte-americano, foram disparados contra a base norte-americana de Al Udeid, no Qatar, 14 mísseis, dos quais 13 foram abatidos e um seguiu numa "direção não ameaçadora". "Tenho o prazer de informar que NENHUM americano foi ferido e quase nenhum dano foi causado. Mais importante ainda, [os iranianos] tiraram tudo do seu 'sistema' e, espero, não haverá mais ÓDIO", adiantou Trump. "Quero agradecer ao Irão por nos ter avisado com antecedência, o que tornou possível que nenhuma vida se perdesse e que ninguém ficasse ferido. Talvez o Irão possa agora prosseguir para a Paz e a Harmonia na Região, e eu encorajarei Israel com entusiasmo a fazer o mesmo", afirmou ainda o Presidente norte-americano.
Noutra publicação, Trump afirmou "PARABÉNS MUNDO, É HORA DA PAZ!".
Em declarações à Renascença, o Embaixador do Irão em Lisboa revelou que o país vai pedir esclarecimentos ao Governo português sobre a cedência das Lajes para aviões norte-americanos de reabastecimento.
Majid Tafreshi anunciou que pretende questionar Portugal sobre a sua "neutralidade" no ataque que, referiu, atingiu ilegalmente "instalações nucleares pacíficas".
O Irão afirmou que os seis mísseis lançados, esta segunda-feira, contra a base aérea de Al Udeid, no Catar, foi igual ao número de bombas que os EUA usaram para atingir instalações nucleares iranianas.
Israel concluiu hoje a “mais extensa” onda de ataques ao Irão desde o início da guerra, a 13 de junho, afirmou o principal porta-voz das Forças Armadas, Effie Defrin, numa conferência de imprensa.
“As Forças de Defesa de Israel concluíram a onda de ataques mais extensa que realizaram até à data em Teerão. Como parte da onda de ataques, 50 caças da Força Aérea lançaram mais de 100 projéteis e atacaram alvos militares do regime iraniano”, declarou Defrin.
Da ofensiva israelita, o militar destacou os bombardeamentos que as Forças Armadas comunicaram ao longo do dia: à sede do Basij, grupo paramilitar dependente da Guarda Revolucionária, cujo quartel-general também foi um alvo; à prisão de Evin, que acolhe presos políticos, e às vias de acesso à central nuclear de Fordo.
O Bahrain e o Kuwait anunciaram esta segunda-feira o encerramento temporário dos espaços aéreos, após ataques de mísseis iranianos a uma base norte-americana no vizinho Qatar, que também já tinha tomado a mesma medida.
As autoridades "anunciaram a suspensão temporária do tráfego aéreo nos céus do reino do Bahrain como medida de precaução à luz dos recentes acontecimentos regionais", informou a agência de notícias oficial do Bahrain, BNA.
Pouco depois do Bahrain, também o Kuwait anunciou o encerramento do espaço aéreo, como atitude preventiva após os ataques iranianos.
O presidente norte-americano instou a Rússia a não usar “levianamente” o termo “nuclear”, depois do antigo presidente Dimitri Medvedev ter afirmado numa mensagem que vários países estavam dispostos a fornecer ogivas ao Irão.
“Terei ouvido o ex-presidente Medvedev deixar escapar a ‘palavra começada por N’? Nuclear!”, perguntou Trump na sua rede social, Truth Social. “Ele disse mesmo isso, ou é apenas produto da minha imaginação? Se ele disse isso e for confirmado, por favor, avisem-me imediatamente”, pediu, sem se referir a ninguém em particular. “Suponho que é por isso que [Vladimir] Putin é ‘o chefe’, acrescentou Trump, numa mensagem em que voltou a defender o poder militar dos Estados Unidos, um dia após os bombardeamentos de três instalações nucleares do Irão.
Donald Trump deu como exemplo dessa capacidade militar, que tem “20 anos de avanço”, os submarinos nucleares, “as armas mais poderosas e letais alguma vez construídas” e a partir dos quais foram lançados no domingo 30 mísseis Tomahawk que “atingiram perfeitamente” o alvo.
Segundo fonte citada pela CNN, o Irão avisou o Catar com antecedência do ataque contra a base americana de Al-Udeid, de forma a minimizar as baixas.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al-Ansari, afirmou, em comunicado, que o país tem o direito "de responder diretamente, de forma proporcional à natureza e à escala" da "flagrante agressão", em conformidade "com o direito internacional".
Depois de sublinhar que o ataque iraniano contra a base americana de Al-Udeid, em Doha, é "uma violação flagrante" à soberania do país, o Catar informou que todos os mísseis foram intercetados com sucesso.
Segundo informações do ministério da Defesa, do ataque não resultaram feridos.
O presidente norte-americano pediu que os Estados Unidos e outras economias produtoras de petróleo aumentem a produção, já que os preços do petróleo continuam voláteis após os ataques às instalações nucleares iranianas.
Donald Trump pediu o aumento da produção, enquanto a Casa Branca intensificava as advertências ao Irão contra a ameaça de possível encerramento do estreito de Ormuz, uma rota marítima vital para o transporte de petróleo e gás, em retaliação aos ataques norte-americanos ao programa nuclear iraniano.
“Ao Departamento de Energia: PERFUREM, PERFUREM, PERFUREM!!! E quero dizer AGORA!!! TODOS, MANTENHAM OS PREÇOS DO PETRÓLEO BAIXOS. ESTOU DE OLHO! ESTÃO A FAZER O JOGO DO INIMIGO. NÃO FAÇAM ISSO!”, publicou Trump nas redes sociais.
O Governo israelita indicou que o objetivo dos ataques ao Irão "não é a mudança de regime, mas pode ser a consequência", dando o exemplo do que aconteceu em dezembro passado na Síria.
Em conferência de imprensa com meios de comunicação social internacionais, o porta-voz do executivo, David Mencer, sustentou que o povo iraniano é "vítima do regime" de Teerão e não um inimigo de Israel. "Agora têm a oportunidade de ultrapassar o medo que o regime iraniano lhes incutiu, porque acreditamos que o regime iraniano teme mais o seu próprio povo do que Israel", afirmou.
As declarações do porta-voz vêm no mesmo sentido do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que no domingo referiu que a ofensiva contra o Irão "não terminará em breve nem durará muito", mas apenas quando as metas de Israel forem alcançadas.
O filho mais velho do último Xá do Irão e opositor no exílio, Reza Pahlavi, previu que “o fim do regime está próximo”, referindo-se a um momento semelhante à queda do Muro de Berlim. "O regime está a entrar em colapso. Devemos facilitar este movimento ficando ao lado (do povo iraniano), não lançando uma nova tábua de salvação para este regime", disse Pahlavi, referindo-se à liderança do ayatollah Ali Khamenei, pedindo para que Europa e Estados Unidos não continuem a tentar negociar com Teerão.
“O fim do regime está próximo. E será, para nós, um momento semelhante à queda do Muro de Berlim, disse o antigo príncipe herdeiro do Irão, numa entrevista à agência France Presse, em Paris. "Não consigo imaginar que um regime tão severamente diminuído e efetivamente humilhado esteja disposto a voltar a negociar", acrescentou Pahlavi, que vive exilado nos Estados Unidos.
Um em cada cinco afegãos passa fome e 3,5 milhões de crianças afegãs sofrem de subnutrição aguda, alertou a ONU, frisando que o conflito entre Israel e o Irão está já a ter efeitos no Afeganistão.
O conflito entre Israel e o Irão está a ter repercussões no Afeganistão, perturbam o comércio e aumenta os preços dos bens básicos e dos combustíveis, e ao mesmo provoca o regresso de mais afegãos vindos do Irão, disse a chefe da missão da ONU no Afeganistão (Unama), Rosa Otunbayeva, ao Conselho de Segurança.
Desde o início do ano, mais de 600 mil afegãos já regressaram do vizinho Paquistão e do Irão. Mas, tendo em causa os recentes acontecimentos na região, as agências da ONU estão a preparar-se para um possível aumento do movimento transfronteiriço do Irão.
Jornalistas da AFP ouviram explosões no Catar, pouco depois de o país fechar o espaço aéreo.
O Irão lançou esta segunda-feira seis mísseis contra a maior a base norte-americana no Médio Oriente, no Catar, avança a agência Axios. Além disso, atacou também uma base americana no Iraque.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) rejeitou esta segunda-feira que os Estados Unidos da América (EUA) tenham violado a lei internacional durante os bombardeamentos ao território iraniano.
“Não considero que o que os EUA fizeram é contrário à lei internacional”, respondeu Mark Rutte, depois de ser questionado pelos jornalistas sobre o envolvimento dos Estados Unidos da América no conflito no Médio Oriente entre Israel e o Irão. Em conferência de imprensa de antecipação da cimeira da NATO, em Haia, nos Países Baixos, o secretário-geral da Aliança Atlântica disse que os 32 países que integram a organização político-militar “concordaram há muito tempo que o Irão não pode desenvolver armas nucleares”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou hoje que a UE “vê com muita preocupação” os desenvolvimentos do conflito entre Israel e Irão, depois do envolvimento de Washington.
“É evidente que a UE – e aqui há um grande acordo dos vários Estados – vê com grande preocupação estes desenvolvimentos, no sentido em que estes agravam as tensões internacionais”, disse Rangel, acrescentando que se atingiu outro patamar na situação.
Em declarações aos jornalistas, no final de um conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, Paulo Rangel reiterou o “apelo enorme ao reatar das negociações diplomáticas”.
O Irão tem de estar disponível para se sentar à mesa negocial e para abandonar o programa nuclear militar, acrescentou.
“É preciso parar esse processo”, sustentou, referindo ainda que o uso de energia nuclear para fins civis não exige enriquecimento de urânio ao nível do que Teerão estava a fazer.
Um drone iraniano Shahed-101 despenhou-se hoje contra a esplanada de um restaurante num bairro ocidental de Amã, sem causar vítimas, devido a uma avaria técnica, informaram os meios de comunicação oficiais jordanos.
O diretor dos meios militares da Jordânia, o general Mustafa al Hayari, disse à televisão estatal Al Mamlaka que o drone se despenhou no bairro de Umm Uthaina.
A queda do aparelho não tripulado causou danos materiais na esplanada do restaurante, que foi imediatamente vedada para facilitar o trabalho das equipas de emergência, referiu.
Após uma inspeção, as autoridades determinaram que o drone era um Shahed-101, um veículo aéreo não tripulado de fabrico iraniano que pode percorrer cerca de 900 quilómetros e transportar ogivas com cerca de 10 quilogramas.
A Casa Branca indicou hoje que o presidente norte-americano está “ainda interessado” numa solução diplomática com o Irão, depois de Donald Trump ter referido no domingo uma “mudança de regime” em Teerão.
“Se o regime iraniano se recusa a envolver-se numa solução diplomática e pacífica, na qual o presidente [dos Estados Unidos] continua interessado, por que razão não retira o povo iraniano o poder a este regime incrivelmente violento que o reprime há décadas?”, questionou Karoline Leavitt, porta-voz do Governo norte-americano, no canal televisivo Fox News.
Leavitt declarou depois à comunicação social que foram enviadas mensagens “públicas e privadas” aos iranianos, desde os bombardeamentos norte-americanos, no sábado, de três instalações nucleares iranianas.
O representante do Irão na Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) advertiu esta segunda-feira que os ataques israelitas e norte-americanos ao programa nuclear iraniano constituem um “golpe irreparável” para o regime de não-proliferação de armas nucleares.
Em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião de emergência do Conselho de Governadores da AIEA em Viena, Reza Najafi falou de uma “grave ameaça à paz e à segurança internacionais”.
“O recente ato ilegal de agressão infligiu um golpe fundamental e irreparável ao regime internacional de não-proliferação, demonstrando de forma conclusiva que o atual quadro do TNP [Tratado de Não-Proliferação] se tornou ineficaz”, afirmou. O Irão assinou o TNP em 1970, que obriga o país a não desenvolver armas nucleares, concedendo-lhe simultaneamente o direito a aplicações atómicas civis, sujeitas à supervisão e ao controlo da AIEA.
As companhias aéreas europeias, americanas e asiáticas suspenderam ou reduziram os voos para o Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e aos bombardeamentos dos EUA contra este último país. Os serviços da Air France para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos foram suspensos pelo menos até terça-feira, anunciou a companhia aérea francesa, prolongando a suspensão da sua rota Paris - Telavive até 14 de julho.
Os voos para Beirute e Telavive operados pela Transavia, a companhia aérea de baixo custo do grupo Air France-KLM, foram suspensos até 30 de junho e 7 de setembro, respetivamente, disse hoje um porta-voz da companhia à AFP.
A United Airlines avisou os seus clientes de que os voos programados de e para o Dubai entre 18 de junho e 3 de julho podem ser "afetados" e ofereceu aos clientes uma troca de bilhetes sem custos adicionais em determinadas condições, devido à "agitação no Médio Oriente". A Air Canada anunciou que tinha "suspendido temporariamente" o seu serviço diário direto para o Dubai a partir de Toronto a partir de 18 de junho e avisou que poderia ter de prolongar esta suspensão. As viagens com escala na Europa através de uma companhia aérea terceira continuam a ser possíveis, de acordo com a sua ferramenta de reservas em linha.
O poder judicial iraniano confirmou hoje que os ataques israelitas atingiram a prisão de Evin, em Teerão, danificando partes das instalações, depois de Israel ter anunciado o estabelecimento prisional como um dos alvos dos bombardeamentos.
“Durante o último ataque do regime sionista a Teerão, os projéteis atingiram infelizmente a prisão de Evin, causando danos em algumas secções”, declarou o órgão do sistema judicial, Mizan Online.
Israel levou a cabo um ataque para fazer explodir a porta da prisão de Evin, local onde se encontram opositores ao regime estabelecido no Irão. Além deste local, vários centros de segurança estratégicos estão a ser alvos de ataques, esta segunda-feira, "no coração de Teerão", informou o ministro da Defesa israelita, Israel Katz.
As autoridades iranianas denunciaram hoje um novo ataque à central subterrânea de enriquecimento de urânio de Fordo, no centro do Irão, que foi atacada pelos Estados Unidos no fim de semana.
“O agressor [Israel] voltou a atacar a central nuclear de Fordo”, disse um porta-voz da autoridade de gestão de crises da província de Qom à agência local Tasnim, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
“Não haverá qualquer perigo ou ameaça para os cidadãos”, acrescentou a mesma fonte, de acordo com a agência noticiosa espanhola EFE.
Os ataques de Israel contra o Irão e a intervenção norte-americana no conflito levaram o parlamento de Teerão a aprovar o encerramento do Estreito de Ormuz, uma das vias marítimas mais importantes para o comércio de petróleo global. Se a ligação for cortada, teme-se uma escalada de preços e uma nova subida na inflação. Leia o Explicador AQUI
A empresa pública de energia de Israel comunicou que o fornecimento foi interrompido no sul do país, após danos perto de uma "instalação de infraestrutura estratégica" nesta segunda-feira, quando o Irão lançou uma nova onda de mísseis.
"Devido a danos perto de uma instalação de infraestrutura estratégica da Israel Electric Corporation no sul do país, estão a ser registadas interrupções no fornecimento de eletricidade em várias comunidades da área", disse a IEC num comunicado, sem especificar a causa.
Ataques israelitas atingiram esta segunda-feira o sistema de abastecimento de energia elétrica na capital iraniana, provocando cortes em algumas zonas da cidade, noticiaram os meios de comunicação social iranianos.
A linha de distribuição de energia elétrica no norte de Teerão "foi danificada, causando cortes em algumas áreas", informou a agência de notícias Fars.
A China pediu hoje esforços internacionais para “evitar um impacto no desenvolvimento económico mundial”, após o parlamento do Irão ter proposto o encerramento do estreito de Ormuz, por onde transita cerca de 20% do petróleo e gás mundial.
“O Golfo Pérsico e as suas águas circundantes são canais importantes para o comércio internacional de bens e energia”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun, numa conferência de imprensa em Pequim.
Guo sublinhou que “manter a segurança e a estabilidade na região está no interesse comum da comunidade internacional” e defendeu que “os esforços para promover a distensão dos conflitos devem ser intensificados”.
As sirenes de alerta de ataque soaram hoje de manhã em Israel e ouviram-se explosões sobre a cidade de Jerusalém, testemunhou um jornalista da Agência France Presse (AFP) no local.
Pouco antes, o Exército de Israel tinha alertado sobre a proximidade de mísseis iranianos. Poucos minutos depois o repórter da AFP relatava explosões sobre Jerusalém.
As autoridades norte-americanas pediram aos seus cidadãos "vigilância redobrada" em todo o mundo, após os bombardeamentos contra instalações nucleares iranianas, que podem levar a retaliações do regime da República Islâmica.
Num aviso divulgado na noite de domingo nos Estados Unidos (madrugada de segunda-feira em Portugal continental), o Departamento de Estado “aconselha os cidadãos norte-americanos de todo o mundo a exercerem vigilância redobrada".
A diplomacia de Washington aponta, em concreto, "o potencial para protestos contra cidadãos e interesses norte-americanos no estrangeiro".
O aviso refere que o conflito lançado por Israel, em 13 de junho, contra o Irão resultou em interrupções nas viagens e no encerramento temporário do espaço aéreo em todo o Médio Oriente, e aconselha os seus cidadãos a que tenham “mais cautela”.
O Irão afirmou, nesta segunda-feira, que os ataques lançados contra a República Islâmica durante as conversações sobre o seu programa nuclear foram uma "traição à diplomacia".
"Nós e as gerações futuras não esqueceremos que os iranianos estavam no meio de um processo diplomático com um país que agora está em guerra connosco", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Esmaeil Baqaei.
"Dois dias antes do início das negociações, atacaram-nos militarmente. É uma traição à diplomacia e ao princípio do diálogo", acrescentou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, deverá manter conversações “importantes” com o aliado Vladimir Putin nesta segunda-feira. Embora a Rússia tenha condenado os ataques israelitas e norte-americanos, não ofereceu ajuda militar e minimizou as suas obrigações no âmbito de um acordo de parceria estratégica assinado com Teerão há apenas alguns meses. "Nesta nova situação perigosa (...) as nossas consultas com a Rússia podem certamente ser de grande importância", afirmou Araghchi, segundo a imprensa estatal russa, depois de aterrar em Moscovo.
A agência noticiosa oficial IRNA informou no domingo que Araghchi iria "manter consultas com o presidente e outros altos funcionários da Rússia sobre os desenvolvimentos regionais e internacionais na sequência da agressão militar dos Estados Unidos e do regime sionista contra o Irão".
Inicialmente, Putin apresentou-se como um possível mediador entre o Irão e Israel, mas na sexta-feira disse que estava apenas a "sugerir ideias", depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter rejeitado um papel para o líder do Kremlin. No sábado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia condenou os ataques dos EUA como "irresponsáveis", depois de ter advertido anteriormente contra a intervenção militar.
O Irão alertou os Estados Unidos para as graves consequências dos ataques norte-americanos contra as instalações nucleares da República Islâmica, numa altura em que a guerra Irão-Israel entra no seu 11º dia.
"Este ato hostil (...) alargará o âmbito dos alvos legítimos das forças armadas da República Islâmica do Irão e abrirá caminho para o prolongamento da guerra na região", declarou o porta-voz das forças armadas, Ebrahim Zolfaghari.
"Os combatentes do Islão vão infligir-vos consequências graves e imprevisíveis com operações (militares) poderosas e direcionadas", disse ele na televisão estatal.
A presença de 12 aviões reabastecedores da Força Aérea dos EUA na Base das Lajes chamou a atenção, face ao conflito Israel-Irão, e os partidos exigiram esclarecimentos. Em comunicado, o Ministério da Defesa confirma, este domingo, que Washington pediu, a 18 de junho, autorização para utilizar a base açoriana.
O Pentágono divulgou, este domingo, uma imagem da operação de ataque a três instalações nucleares iranianas - Fordow, Natanz e Isfahan - a qual denominou como "Martelo da meia-noite".
Marcada pelos ataques norte-americanos contra três instalações nucleares iranianas, a noite passada (início da manhã em Portugal continental) registou também um novo ataque com mísseis balísticos do Irão contra território israelita. De acordo com informações avançadas pelos meios de comunicação de Israel, pelo menos 16 pessoas ficaram feridas, não havendo, para já, registo de vítimas mortais.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou no domingo ter informações “interessantes” sobre a localização de 400 quilos de urânio enriquecido a 60%, após especulações sobre a ocultação deste material radioativo antes dos bombardeamentos norte-americanos contra instalações nucleares iranianas.
Referindo que obviamente não partilhava as suas informações, o chefe do Governo de Israel justificou, em conferência de imprensa, que precisava agir depois de a República Islâmica ter acelerado a sua busca por uma bomba nuclear, no seguimento do assassínio do antigo líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, aliado de Teerão, num ataque israelita em Beirute, em setembro de 2024.
Além das suas ambições nucleares, segundo Netanyahu, o Irão planeava fabricar 300 mísseis balísticos por mês, uma informação que disse ter partilhado com o presidente norte-americano, Donald Trump.
"Eu disse-lhe que precisávamos de agir, e ele compreendeu perfeitamente. Sabia que, quando chegasse a altura, faria a coisa certa. Faria a coisa certa pela América. Faria a coisa certa pelo mundo livre. Faria a coisa certa pela civilização", comentou.
A França vai utilizar aviões militares A400M para transportar cidadãos franceses "que o desejem fazer do Aeroporto Ben Gurion, em Israel, para o Chipre", anunciaram os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa na noite de domingo.
Estes voos serão "sujeitos à autorização israelita" e juntar-se-ão aos voos civis fretados de Amã.
Esta decisão de Paris surge no seguimento do ataque, na noite de sábado para domingo, dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, após o início da ofensiva israelita na República Islâmica, em 13 de junho.
O presidente francês Emmanuel Macron, pediu no domingo após uma ronda de contactos telefónicos com líderes do Médio Oriente, ao homólogo iraniano, Masoud Pezeshkian, para retomar as conversações diplomáticas.
Os preços do petróleo subiram 4% no início das negociações das bolsas asiáticas de segunda-feira, antes de limitarem a sua subida, por receios de perturbações no abastecimento devido à guerra entre o Irão e Israel.
O barril de petróleo WTI americano subia 2,53% para 75,71 dólares, depois de ter ultrapassado os 77 dólares, enquanto o barril de petróleo Brent do Mar do Norte subia 2,42% para 78,87 dólares, depois de ter ultrapassado os 81 dólares, o seu nível mais elevado dos últimos seis meses.
“Não é politicamente correto usar o termo ‘mudança de regime’, mas se o atual regime iraniano não pode fazer o Irão grande de novo, por que não haveria uma mudança de regime?”, escreveu Donald Trump na sua rede social, a Truth Social.
O presidente dos Estados Unidos concluiu a mensagem com o acrónimo MIGA, referindo-se a “Make Iran Great Again”, imitando o seu slogan de campanha “Make America Great Again”.
Numa outra mensagem na mesma plataforma, afirmou que os danos nas instalações nucleares do Irão após o ataque de sábado à noite foram “monumentais”.
"Os ataques foram fortes e precisos. O nosso exército demonstrou grande habilidade. Obrigado!", disse.
Donald Trump fez os comentários depois de, ao longo do dia, a sua administração ter negado que os Estados Unidos estejam em guerra com o Irão devido ao ataque da noite passada.
Ataque que terá destruído três instalações nucleares iranianas “cruza linha vermelha”, alertou Teerão, que pondera retaliar contra bases militares norte-americanas. Benjamin Netanyahu celebrou “decisão ousada” de Donald Trump.
Donald Trump não esperou pelo prazo de duas semanas que tinha anunciado e atacou, na madrugada deste domingo, o Irão, numa intervenção militar que, segundo Washington, destruiu três instalações nucleares. Apesar de o presidente dos Estados Unidos desejar que a agressão a Teerão resulte na retoma das negociações sobre o programa nuclear, o Governo iraniano acusou os norte-americanos de cruzarem uma “linha vermelha”. Por ora, a incerteza predomina no Médio Oriente enquanto se espera uma resposta da nação liderada pelo ayatollah Ali Khamenei.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, prometeu, este domingo, uma "resposta" aos ataques norte-americanos às suas instalações nucleares, que qualificou de uma "agressão" contra o seu país, durante uma conversa por telefone com o homólogo francês, Emmanuel Macron.
"Os americanos têm que receber uma resposta à sua agressão", disse o presidente iraniano, segundo a agência de notícias Irna.
O embaixador iraniano na ONU afirmou, perante o Conselho de Segurança, que Teerão vai decidir "o momento, a natureza e a escala da resposta proporcional” ao ataque dos Estados Unidos contra o seu país.
Durante uma reunião de urgência nas Nações Unidas solicitada pelo Irão, Amir Saeid Iravani acusou Washington de lançar uma guerra "sob pretextos absurdos e fabricados", referindo-se aos bombardeamentos norte-americanos contra instalações nucleares iranianas.
O representante do Irão alertou que o seu país se reserva "o pleno e legítimo direito de se defender contra a agressão insolente dos Estados Unidos e do seu peão israelita", sem dirigir, no entanto, nenhuma ameaça concreta.
Referindo-se ao primeiro-ministro israelita, "mais uma vez, o criminoso de guerra procurado [Benjamin] Netanyahu conseguiu manter refém” a política externa norte-americana, “arrastando os Estados Unidos para outra guerra onerosa e injustificada”.
Amir Saeid Iravani prosseguiu acusando Washington de “escolher imprudentemente sacrificar a sua própria segurança para proteger Netanyahu". O diplomata iraniano retratou o seu país como "um membro fundador e amante da paz das Nações Unidas, com cinco mil anos de cultura e civilização", que acaba de ser atacado pelo “único Estado que alguma vez utilizou armas nucleares, matando milhões de pessoas”.
Os bombardeiros furtivos B-2 que lançaram bombas de grande dimensão sobre várias instalações nucleares iranianas regressaram este domingo à base norte-americana no Missouri.
Um jornalista da agência de notícia Associated Press (AP) assistiu à aterragem de sete bombardeiros B-2 Spirit na Base da Força Aérea de Whiteman. A base, a cerca de 73 milhas (117 quilómetros) a sudeste de Kansas City, é a sede da 509.ª Ala de Bombardeiros, a única unidade militar dos Estados Unidos (EUA) que opera os bombardeiros B-2 Spirit.
O primeiro grupo de quatro aeronaves furtivas deu uma volta em torno da base antes de se aproximar de uma pista pelo norte, enquanto um último grupo de três chegou 10 minutos depois.
Entretanto, o presidente dos EUA confirmou o regresso dos bombardeiros furtivos B-2.
O ataque lançado por Israel contra o Irão a 13 de junho, que escalou para um ataque dos EUA contra instalações nucleares iranianas, está a afetar o tráfego aéreo, obrigando milhares de aviões a alterar a suas rotas para evitar o espaço aéreo dos dois países, além do Iraque, Síria e Líbia devido ao lançamento massivo de mísseis e drones entre os dois inimigos em conflito.
Pelo menos três pessoas morreram quando seguiam numa ambulância no centro do Irão, após um ataque de um drone israelita, indicaram as autoridades regionais iranianas.
"A ambulância (...) estava a caminho para transferir um paciente quando foi seriamente danificada por um ataque de drone", informou a agência de notícias ISNA, citando um membro do governo da província de Isfahan.
O Exército israelita confirmou, este domingo, ter atingido "dezenas de alvos militares" no Irão em quatro regiões do país, incluindo pela primeira vez a região central de Yazd, no décimo dia da guerra entre os dois países, marcado por bombardeamentos dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas.
O protesto, que começou em Times Square, no centro de Manhattan, juntou várias centenas de pessoas que erguiam cartazes onde se podia ler: "Queremos dinheiro para as necessidades do povo, não para mais guerras", "Parem a guerra contra o Irão", "Democratas e Republicanos são partidos de guerra" ou "Esmaguem o sionismo e o imperialismo".
Segundo a jornalista Marta Moreira, da agência Lusa, nos cartazes podiam também ler-se ataques diretos ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por ter dado a ordem de ataque contra o Irão na noite de sábado.
Três membros do Conselho de Segurança da ONU, China, Rússia e Paquistão, apresentaram um projeto de resolução pedindo "um cessar-fogo imediato e incondicional" entre o Irão, Israel e os Estados Unidos.
A informação foi divulgada pelo embaixador chinês junto da ONU, Fu Cong, ao Conselho de Segurança, que realizou uma reunião de emergência na sequência dos ataques norte-americanos que visaram instalações nucleares iranianas.
Os três países são atualmente os principais aliados do Irão no Conselho e é altamente improvável que a resolução seja aprovada, dado o poder de veto dos Estados Unidos dentro do órgão.
O grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do regime de Teerão, condenou o ataque "bárbaro e traiçoeiro" norte-americano contra instalações nucleares iranianas e considerou que os Estados Unidos (EUA) são "a maior ameaça à segurança regional".
O Hezbollah sustentou, em comunicado, que os ataques da aviação norte-americana na última madrugada constituem uma violação do direito internacional, da Carta da ONU e das Convenções de Genebra, que "proíbem ataques a instalações nucleares".
Trata-se de "uma escalada absurda com consequências imprevisíveis", alertou o grupo libanês, que pode arrastar a região e o mundo inteiro para uma "espiral desconhecida", a menos que haja "ação internacional de dissuasão".
O diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) disse ao Conselho de Segurança da ONU que “ninguém, nem mesmo a AIEA, está em condições de confirmar os danos subterrâneos” na central nuclear iraniana de Fordow.
"Os ataques armados contra instalações nucleares nunca devem ocorrer (porque) podem levar a fugas radioativas com consequências graves", afirmou o argentino Rafael Grossi, numa reunião de emergência.
Esta reunião foi convocada, a pedido do Irão, horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter confirmado que bombardeiros norte-americanos tinham atacado com bombas anti-bunker as principais centrais nucleares do Irão, incluindo as instalações subterrâneas de Fordow.
Rafael Grossi disse que são agora visíveis “fissuras” na central de Fordow, confirmando a utilização das bombas anti-bunker comunicadas pelos Estados Unidos, mas insistiu que é impossível avaliar os danos na central.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que o seu país “ficou mais perto” dos objetivos que traçou para o Irão, após os bombardeamentos da aviação norte-americana na última madrugada contra instalações nucleares iranianas.
“Já conquistámos muito e, graças ao presidente [norte-americano, Donald] Trump, estamos mais perto de atingir os nossos objetivos", declarou Netanyahu numa conferência de imprensa sobre a ofensiva iniciada por Israel a 13 de junho no Irão, justificada pela criação iminente de uma bomba nuclear, o que é refutado por Teerão.
O primeiro-ministro afirmou que Israel não vai prolongar a operação militar no Irão "para além do necessário", mas também não a vai encerrar antes de atingir os seus objetivos.
"Quando atingirmos [os objetivos], não continuaremos a atividade para além do necessário. Mas também não a encerraremos prematuramente", declarou.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou hoje para um "ciclo de retaliação sem saída", na sequência dos ataques norte-americanos que visaram instalações nucleares iranianas que, segundo frisou, marcaram um "ponto de viragem perigoso" na região.
"Tenho condenado repetidamente qualquer escalada militar no Médio Oriente. Os povos da região não podem ser sujeitos a um novo ciclo de destruição. E, apesar de tudo, corremos o risco de mergulhar num ciclo sem saída de retaliação após retaliação", afirmou numa reunião de emergência a decorrer no Conselho de Segurança da ONU.
O exército israelita anunciou esta noite que estava a realizar ataques contra "locais de infraestruturas militares" em Teerão e no oeste do Irão, no décimo dia da guerra entre os dois países.
"A força aérea israelita está atualmente a atacar locais de infraestruturas militares em Teerão e no oeste do Irão", declarou em comunicado, depois de ter anunciado, durante o dia, que tinha visado "dezenas" de locais militares, incluindo um centro de comando de mísseis de longo alcance.
Segundo a imprensa do Irão pelo menos nove membros da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica do Irão, foram mortos hoje em ataques israelitas no centro do Irão.
Mais de 65 mil israelitas retidos no estrangeiro devido ao encerramento do espaço aéreo desde o início da guerra com o Irão, a 13 de junho, puderam regressar a casa, anunciou hoje a ministra dos Transportes, Miri Regev.
“Até agora, mais de 65 mil israelitas regressaram a casa por via marítima, aérea e terrestre”, de um total de 100 mil a 150 mil pessoas que se encontravam no estrangeiro quando a ofensiva israelita começou, disse Miri Regev.
Depois de uma interrupção hoje de várias horas “na sequência de uma salva de mísseis” disparados do Irão, os voos de repatriamento foram retomados ao início da tarde, disse a ministra.
Um conselheiro do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, considerou hoje que “já não há lugar para os Estados Unidos” no Médio Oriente e ameaçou com ataques às bases usadas pela aviação norte-americana para bombardear instalações nucleares do Irão.
"Qualquer país na região ou em qualquer outro lugar utilizado pelas forças norte-americanas para atacar o Irão será considerado um alvo legítimo para as nossas Forças Armadas", declarou Ali Akbar Velayati, citado pela agência noticiosa oficial IRNA.
O conselheiro de Ali Khamenei considerou que "já não há lugar para os Estados Unidos ou para as suas bases nesta região e no mundo islâmico", após os ataques que visaram o programa nuclear iraniano.
"Os Estados Unidos atacaram o coração do mundo islâmico e devem esperar consequências irreparáveis, porque a República Islâmica não tolera quaisquer insultos ou agressões contra ela", advertiu.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou este domingo a gravidade da situação no Médio Oriente, apelando à contenção e “urgência de retomar a via diplomática” como forma de resolver o conflito.
Os líderes de França, Alemanha e Reino Unido apelaram hoje ao Irão para que evite qualquer ação que possa desestabilizar ainda mais o Médio Oriente, na sequência dos ataques norte-americanos contra instalações nucleares iranianas. O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, também apelou à contenção, à diplomacia e à cooperação internacional.
Numa declaração conjunta, Emmanuel Macron, Friedrich Merz e Keir Starmer apelaram "ao Irão para que se envolva em negociações que conduzam a um acordo que responda a todas as preocupações sobre o seu programa nuclear. Estamos prontos para contribuir para esse objetivo, em coordenação com todas as partes”.
Citados pela agência AFP, o presidente de França, o chanceler alemão e o primeiro-ministro britânico garantem que vão manter esforços diplomáticos conjuntos “para aliviar as tensões e evitar uma escalada ou alastramento do conflito”.
Na sexta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos três países tinham-se reunido com o homólogo iraniano, numa tentativa de relançar o processo negocial, mas a iniciativa foi prontamente desvalorizada por Donald Trump.
Apesar de a França ter manifestado preocupação com os ataques norte-americanos, a declaração conjunta dos três líderes não inclui qualquer juízo crítico sobre essa ação.
Macron, Merz e Starmer defendem que o Irão “nunca poderá possuir uma arma nuclear” e que “não deve continuar a constituir uma ameaça para a segurança regional”. “O nosso objetivo permanece o mesmo. Impedir que o Irão obtenha uma arma nuclear”, concluem.
Pelo menos nove membros da Guarda Revolucionária iraniana foram mortos, este domingo, em ataques israelitas no centro do Irão, noticiaram os meios de comunicação locais, enquanto prosseguiam os combates entre os dois países.
“Na sequência da agressão do bárbaro regime sionista e dos seus mercenários contra dois centros militares na cidade de Yazd, sete membros do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica e dois recrutas foram martirizados”, informou a agência noticiosa Tasnim, citada pela agência francesa AFP.
Uma forte explosão foi ouvida hoje em Bushehr, onde se situa a central nuclear iraniana, mas terá sido dirigido a instalações militares na região, segundo fontes iranianas.
"Uma grande explosão foi ouvida em Bushehr", noticiou o jornal reformista "Shargh", citado pela agência espanhola EFE, que não deu mais informações.
As autoridades políticas de Bushehr indicaram, por seu turno, que houve um ataque dirigido contra "duas instalações militares" na região, e que esse ataque foi repelido.
"A rede de defesa foi imediatamente ativada e, após identificar e intercetar os alvos hostis, eles foram destruídos", disse o vice-governador de Bushehr.
Desde o início da guerra, há dez dias, os ataques israelitas já atingiram mais de 200 locais na capital do Irão, de acordo com declarações do governador da província, Mohammad Sadegh Motamedian.
Segundo Motamedian, mais de 120 unidades residenciais “foram totalmente destruídas”, enquanto outras 500 sofreram “danos”.
Os Estados Unidos ordenaram que o pessoal adicional das suas missões diplomáticas no Iraque e no Líbano deixasse os países, na sequência dos ataques realizados contra instalações nucleares iranianas.
Mais pessoal diplomático deixou o Iraque no sábado e este domingo como parte dos esforços em curso para reduzir o pessoal da embaixada devido às “tensões regionais”, disse um funcionário dos EUA à agência AFP, após uma redução que teve início na semana passada.
No Líbano, a embaixada dos Estados Unidos informou que o Departamento de Estado ordenou a partida dos membros da família e do pessoal não urgente do governo americano.
O secretário de Estado dos EUA considera que “o mundo está hoje mais seguro e estável", após os ataques norte-americanos às instalações nucleares iranianas, e garante a Teerão que a porta para negociar está aberta.
"O mundo está hoje mais seguro e estável do que há 24 horas”, apontou Marco Rubio, acusando o Irão de tentar ganhar tempo fingindo disponibilidade para “negociações falsas” e de tentar "enganar" a administração do presidente Donald Trump.
O Irão afirma estar pronto para se defender com “todos os meios necessários”, após os ataques sem precedentes dos EUA às suas instalações nucleares.
“O Irão está resolutamente determinado a defender a sua soberania nacional, a sua integridade territorial, a sua segurança nacional e o seu povo por todos os meios necessários”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Esmaeil Baqaei, condenando o que descreveu como um “ato de agressão sem noção - perpetrado por um Estado com armas nucleares... contra um país sem armas nucleares”.
De acordo com o Ministério da Saúde do Irão, os ataques dos EUA às instalações nucleares causaram feridos, mas nenhum apresentava sinais de "contaminação radioativa".
"Nenhum dos feridos enviados [para hospitais] após os ataques americanos apresentava sinais de contaminação radioativa", afirmou o porta-voz na rede social X.
Israel anunciou hoje ter atingido “dezenas de alvos militares” em quatro regiões do Irão. "Cerca de 30 caças da Força Aérea israelita atingiram dezenas de alvos militares no Irão", incluindo um "centro de comando de mísseis estratégicos" de longo alcance na área de Yazd (centro), atacada "pela primeira vez", referiu o exército israelita, em comunicado.
Também foram atingidos "lançadores de mísseis" nas regiões de Isfahan (centro), Bushehr (sul) e Ahvaz (sudoeste), acrescentou a mesma fonte.
Entretanto, as equipas de socorro israelitas relataram ter prestado cuidados a 23 pessoas após ataques com mísseis desencadeados pelo Irão em todo o país, incluindo "duas em estado moderado e as outras levemente feridas", disse aos jornalistas Eli Bin, chefe do Magen David Adom (MDA), o equivalente israelita da Cruz Vermelha.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se hoje de emergência, na sequência dos ataques dos EUA contra as instalações nucleares do Irão.
A reunião, agendada para as 15 horas locais (20 horas em Portugal continental), será a terceira desde o início do conflito entre Israel e o Irão.
O Parlamento iraniano recomendou o encerramento do estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico. Segundo a Reuters, o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irão vai tomar a decisão final sobre esta medida, que poderá prejudicar o comércio mundial.
É através do estreito de Ormuz que é feito o transporte de cerca de 20% do petróleo e uma parte significativa do gás natural mundial. O bloqueio pode provocar uma escassez de energia, nomeadamente em alguns países europeus que dependem do petróleo e gás que importam dos países do Golfo.
Com o encerramento do estreito, os preços do petróleo vão disparar a nível mundial, aumentando a inflação e os custos da energia.
O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou hoje que os americanos não estão em guerra com o Irão e que os ataques aéreos serviram apenas para atrasar significativamente o seu programa nuclear.
“Não quero entrar aqui em informações sensíveis, mas sabemos que atrasámos substancialmente o programa nuclear iraniano na noite passada, quer se trate de anos ou mais”, disse à ABC.
“Não estamos em guerra com o Irão - estamos em guerra com o programa nuclear iraniano”, acrescentou. “E penso que o presidente tomou medidas decisivas para destruir esse programa ontem à noite.”
Sete bombardeiros B-2 foram usados, na noite passada, no ataque dos EUA contra três instalações nucleares iranianas. Descrevendo a operação "Midnight Hammer" (Martelo da meia-noite, em português), o presidente do Estado-Maior Conjunto, Dan Caine, disse hoje que o "ataque principal foi composto por sete bombardeiros B-2 Spirit", que voaram 18 horas, desde o continente americano até ao Irão, com múltiplos reabastecimentos aéreos. "Os caças iranianos não voaram e parece que os sistemas de mísseis terra-ar iranianos não nos avistaram durante toda a missão. Mantivemos o elemento surpresa", acrescentou, numa declaração ao país a partir do Pentágono.
De acordo com o porta-voz da Organização de Energia Atómica do Irão, Behrouz Kamalvandi, em declarações à agência noticiosa Tasnim, os conhecimentos do país no domínio nuclear “não podem ser destruídos”, mesmo após os ataques dos EUA este domingo.
“Eles devem saber que esta indústria tem raízes no nosso país e que as raízes desta indústria nacional não podem ser destruídas”, acrescentou o porta-voz, citado pela AFP.
"É claro que sofremos danos, mas esta não é a primeira vez que a indústria sofre danos", realçou Kamalvandi.
O Papa Leão XIV lamentou hoje, no final da oração semanal do Angelus, no Vaticano, as "notícias alarmantes vindas do Médio Oriente" e realçou que "a humanidade clama por paz", pedindo diplomacia para "silenciar as armas".
"Cada membro da comunidade internacional tem a responsabilidade moral de acabar com a tragédia da guerra antes que ela se torne um abismo irreparável", vincou o Papa.
A reivindicação pela paz “é um grito que exige responsabilidade e razão e que não deve ser abafado pelo choque de armas e discursos que incitam o conflito", afirmou Leão XIV, diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro.
"Nenhuma vitória armada pode compensar a dor das mães, o medo das crianças, o futuro roubado. Que a diplomacia silencie as armas. Que as nações construam o seu futuro com obras de paz, não com violência e conflitos sangrentos", acrescentou.
O presidente francês, Emmanuel Macron, "reiterou o seu apelo pela libertação imediata de dois reféns" (dois franceses detidos no Irão), "pela redução da tensão" na região e "pela retomada das negociações diplomáticas", anunciou o gabinete da Presidência francesa.
O chefe da Defesa dos EUA disse, este domingo, em conferência de imprensa a partir do Pentágono, que os ataques ordenados pelo presidente Donald Trump durante a noite "devastaram" o programa nuclear do Irão, pedindo aos líderes iranianos que procurem a paz para evitar novos ataques. A operação, acrescentou Pete Hegseth, "não teve como alvo as tropas iranianas ou o povo iraniano" - de acordo com as autoridades israelitas, a ofensiva de hoje não provocou vítimas mortais.
Falando ao país, o governante norte-americano garantiu também que "esta missão não era, e não tem sido, sobre uma mudança de regime" no Irão. "O presidente autorizou uma operação de precisão para neutralizar as ameaças aos nossos interesses nacionais representadas pelo programa nuclear iraniano e pela autodefesa coletiva de nossas tropas e do nosso aliado Israel", detalhou o secretário da Defesa, repetindo o que já havia dito Donald Trump: "Nenhum país conseguiria fazer isto."
A alta-representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia, Kaja Kallas, pediu hoje aos países envolvidos no conflito no Médio Oriente que regressem às negociações. "O Irão não pode desenvolver uma arma nuclear, isso seria uma ameaça para a segurança internacional. Insto a todas as partes que deem um passo atrás, regressem à mesa das negociações e previnam uma escalada futura", escreveu no X (ex-Twitter), avançando que os líderes dos Negócios Estrangeiros dos países europeus se vão reunir na segunda-feira.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, condenou os ataques dos EUA a instalações nucleares iranianas, reveledadores de que Washington está "por trás" da campanha militar de Israel no país islâmico. "Esta agressão mostrou que os Estados Unidos são o principal fator por trás das ações hostis do regime sionista contra a República Islâmica do Irão", afirmou, citado pela agência de notícias IRNA, acrescentando que Washington agiu perante a "óbvia incapacidade" de Israel.
O responsável máximo pelo Crescente Vermelho do Irão, Pir Hossein Kolivand, disse que os ataques dos EUA às instalações nucleares iranianas não provocaram vítimas mortais. "Felizmente, não tivemos nenhum mártir nos acontecimentos da noite passada da agressão dos EUA contra as instalações nucleares do Irão", disse, citado pela televisão estatal do país.
"Chegou o momento de o Irão se comprometer com uma solução diplomática credível. A mesa de negociações é o único lugar para acabar com esta crise", comentou a presidente da Comissão Europeia numa mensagem publicada nas redes sociais. Von der Leyen acrescentou que “o Irão nunca deverá adquirir" a bomba nuclear e que, "com as tensões no Médio Oriente num novo ponto alto, a estabilidade deve ser a prioridade”. A responsável reforçou que o “respeito pelo direito internacional é fundamental".
O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros reagiu aos apelos da União Europeia e Londres para o Irão retomar o diálogo com os Estados Unidos e Israel, considerando que as duas potências “decidiram fazer explodir" e "reverter" a diplomacia ao atacarem o país. O governante lembrou que o primeiro ataque de Israel, no sábado da semana passada, aconteceu num momento em que as autoridades iranianas estavam a negociar com os EUA e que a ofensiva norte-americana da última noite foi lançada quando Teerão dialogava com países da União Europeia - referindo-se às negociações em Genebra esta semana. “Que conclusões se podem tirar disto?”, questionou Abbas Araqchi.
Vários países árabes condenaram unanimemente o ataque dos Estados Unidos a três instalações nucleares no Irão, que consideraram uma “grave ameaça” para a segurança do Médio Oriente, e defenderam a urgência de conter a situação pela via diplomática.
Iraque
“O ataque a instalações nucleares no Irão representa uma séria ameaça à segurança e à paz no Médio Oriente e expõe a estabilidade regional a graves riscos”, disse o porta-voz do Governo iraquiano, Basem al-Auadi, à agência noticiosa oficial iraquiana INA. O responsável dissse que “as grandes potências e as organizações internacionais devem evitar novas crises no mundo, e não provocá-las”. “O Iraque sublinha que as soluções militares não podem substituir o diálogo e a diplomacia”, acrescentou, apelando para a “calma imediata e à abertura urgente de canais diplomáticos para conter a situação”.
Arábia Saudita
A Arábia Saudita também admitiu “preocupação” com o ataque dos Estados Unidos numa declaração partilhada nas redes sociais pelo seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, na qual apelou para a “contenção, ao desanuviamento e à prevenção da escalada”. A comunidade internacional deve redobrar os seus esforços para chegar a uma solução política nestas circunstâncias extremamente delicadas, defendeu.
Líbano
O presidente do Líbano, Joseph Aoun, rejeitou um novo conflito na zona e advertiu que o bombardeamento das instalações nucleares iranianas “ameaça a segurança e a estabilidade” na região, apelando para “negociações construtivas” para “evitar mais morte e destruição”. "O Líbano, os seus dirigentes, partidos e povo reconhecem hoje, mais do que nunca, que pagou um preço elevado pelas guerras que eclodiram no seu território e na região. Não está disposto a pagar mais e não há qualquer interesse nacional em fazê-lo, tanto mais que o custo destas guerras excedeu e excederá a sua capacidade de suportar", afirmou, referindo-se à situação no país na sequência do conflito entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel.
Omã
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Omã condenou também a “agressão ilegal e exigiu um desanuviamento imediato e completo”, recordando que a Carta das Nações Unidas proíbe a violação da soberania nacional dos Estados e o seu direito legítimo de desenvolver os seus programas nucleares pacíficos, que estão sujeitos à supervisão e ao controlo da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA). “As Convenções de Genebra proíbem ataques a instalações nucleares devido aos riscos de contaminação e radiação”, acrescentou.
Catar
O Catar insistiu igualmente na "necessidade de suspender todas as operações militares e de retomar imediatamente as negociações e os canais diplomáticos para resolver as questões pendentes". "A atual tensão perigosa na região terá repercussões regionais e internacionais desastrosas", advertiu, manifestando "total apoio" aos esforços para resolver a crise.
"O espaço aéreo do Estado de Israel está fechado para entrada e saída devido aos últimos acontecimentos", anunciou, um comunicado, a autoridade aeroportuária israelita, acrescentando que as travessias terrestres com o Egito e a Jordânia estão a operar normalmente.
“O Governo do Iémen condena energicamente a flagrante e bárbara agressão norte-americana contra o Irão”, declarou, em comunicado, o executivo huti, que classificou a administração de Donald Trump como "imprudente", por bombardear três instalações nucleares iranianas. “Não é uma simples violação da soberania, mas uma flagrante declaração de guerra contra o povo irmão do Irão”, apontaram os rebeldes hutis, que acusam os EUA de serem “o patrocinador oficial do terrorismo da entidade sionista [Israel]”.
Declarando “pleno apoio ao povo irmão iraniano”, o Governo huti reafirmou o “compromisso do Iémen com a declaração das Forças Armadas de estaram prontas para atacar barcos e navios de guerra norte-americanos no mar Vermelho”.
O Hamas qualificou o bombardeamento dos EUA às centrais nucleares iranianas uma “flagrante violação” do direito internacional e uma “perigosa escalada” das tensões no Médio Oriente. “Esta agressão brutal constitui uma escalada perigosa, uma obediência cega às agendas da desobediente ocupação sionista, uma violação flagrante do direito internacional e uma ameaça direta à paz e à segurança internacionais”, defendeu o Hamas, numa declaração na sua conta do Telegram.
Para o grupo armado palestiniano, o envolvimento dos EUA neste novo conflito representa “um exemplo da política de imposição da hegemonia através da força”, bem como uma decisão baseada na “lei da selva”, que descreveu como incompatível com todas as normas e convenções internacionais. “Afirmamos a nossa solidariedade para com os nossos irmãos da República Islâmica, os seus dirigentes e o seu povo, e a nossa plena confiança na capacidade do Irão para defender a sua soberania”, acrescenta o Hamas.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, apelou hoje para que o Irão “regresse à mesa das negociações”, na sequência dos ataques dos Estados Unidos contra as instalações nucleares de Teerão. “O Irão nunca deve ser autorizado a desenvolver uma arma nuclear e os Estados Unidos tomaram medidas para mitigar esta ameaça”, afirmou Starmer na X, sublinhando que “a estabilidade na região é uma prioridade”. “Apelamos ao Irão para que regresse à mesa das negociações e encontre uma solução diplomática para pôr fim a esta crise”, acrescentou.
O Secretário do Comércio britânico, Jonathan Reynolds, garantiu hoje, em declarações à Sky News, que o Reino Unido “não esteve envolvido nestes ataques” e que Washington “não pediu” ajuda para esta operação, embora tenha admitido que, "como seria de esperar de um aliado fundamental", o Governo britânico foi informado sobre o ataque com antecedência.
Os Estados Unidos da América entraram, durante a noite, na guerra entre Israel e Irão, ao bombardearem três alvos ligados ao programa nuclear iraniano, entre os quais as instalações de Fordow, uma fortaleza subterrânea numa região montanhosa, Natanz e Esfahan. O presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou a ofensiva, adiantando que a operação foi concluída com sucesso e que as principais instalações de enriquecimento de urânio foram "total e completamente destruídas".
Com a capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, a instalação de Fordow fica localizada a cerca 100 quilómetros a sul de Teerão. Há menos de uma semana, Trump tinha aconselhado os habitantes de Teerão a abandonarem a cidade “de imediato”.
Para o Irão, a central de Fordow é um símbolo de resistência à pressão ocidental, representando o esforço do país em manter o seu programa nuclear apesar da ameaça das sanções internacionais. Construída em segredo e revelada ao Mundo apenas em 2009, a instalação nuclear iraniana de Fordow está incrustada na Cordilheira de Zagros, a uma profundidade de 71 a 91 metros de rocha, sendo imune a qualquer ataque aéreo convencional. Para Israel, trata-se, por isso, de um desafio intransponível. O facto de só os EUA poderem usar a potente bomba GBU-57 confere a Washington uma posição de relevo na gestão do confronto Israel-Irão. Há muito tempo que Israel pediu para ter acesso a estas bombas antibunker, mas o Governo americano nunca o permitiu, numa conjugação de fatores técnicos, estratégicos e políticos. Aliás, os sistemas de lançamento da GBU-57 são tão sigilosos que os Estados Unidos não os partilham nem com os aliados mais próximos.
Leia mais sobre a central de Fordow e a potente bomba GBU-57
O presidente do Conselho Europeu, o português António Costa, está "muito alarmado" com os recentes ataques dos EUA no Irão e pede "a todos que mostrem moderação e respeito pela lei internacional e segurança nuclear", cita a agência de notícias Reuters.
Nos dois dias anteriores à ofensiva norte-americana contra três centrais nucleares iranianas, havia uma "incomum atividade com camiões e veículos" no exterior da instalação de Fordow, de enriquecimento de urânio, de acordo com um analista da empresa de satélites Maxar.
Falando ao país na sequência dos ataques perpetrados no Irão no sábado à noite, Donald Trump elogiou a eficácia da ofensiva e assegurou que esta continuará - e será mais forte - caso o Irão não aceite um acordo de paz com Israel.
"Há pouco tempo, as forças armadas dos Estados Unidos realizaram ataques maciços e de precisão contra as três principais instalações nucleares do regime iraniano: Fordow, Natanz e Esfahan. Toda a gente ouviu estes nomes durante anos enquanto construíam este empreendimento terrivelmente destrutivo", começou por anunciar, adiantando que o objetivo de Washington era "destruir a capacidade iraniana de enriquecimento nuclear e travar a ameaça nuclear representada pelo maior apoiante estatal de terrorismo do mundo".
"Esta noite, posso anunciar ao mundo que os ataques foram um sucesso militar espectacular. As principais instalações de enriquecimento nuclear do Irão foram total e completamente destruídas. Irão, o rufia do Médio Oriente, deve agora acordar a paz. Se não o fizer, os próximos ataques serão muito maiores e muito mais fáceis", ameaçou.
No final do discurso, Trump avisou que "ou haverá paz ou haverá tragédia para o Irão, muito maior do que aquela a que assistimos nos últimos oito dias". "Lembrem-se, ainda há muitos alvos. O desta noite foi o mais difícil de todos, de longe, e talvez o mais letal. Mas se a paz não chegar rapidamente, iremos atrás desses outros alvos com precisão, velocidade e habilidade. A maioria deles pode ser eliminada numa questão de minutos. Não há nenhum exército no mundo que pudesse ter feito o que fizemos esta noite", acrescentou.
O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, tinha alertado na quarta-feira que os ataques dos EUA contra o país islâmico resultariam "em danos irreparáveis para eles".
“Agora, ao completar a cadeia de violações e crimes cometidos pelo regime sionista [de Israel], os Estados Unidos lançaram uma guerra perigosa contra o Irão”, sublinhou o ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano em comunicado. "É agora muito claro para todos que o regime que goza de estatuto de membro permanente do Conselho de Segurança não respeita qualquer princípio ou moralidade e não se coíbe de qualquer ilegalidade ou crime para servir os objetivos de um regime de ocupação genocida", asseverou.
A autoridade iraniana responsável pela segurança nuclear indicaram, depois dos ataques norte-americanos desta noite, que não detetaram "qualquer sinal de contaminação" nas três instalações nucleares visadas. "Não foi detetado qualquer sinal de contaminação, pelo que não existe qualquer perigo para as pessoas que vivem nas imediações das instalações", declarou o Centro Nacional do Sistema de Segurança Nuclear, que faz parte da Organização da Energia Atómica do Irão.
Citando a Sede de Gestão de Crises na província de Qom, onde está localizada a instalação de Fordow, a agência de notícias iraniana IRNA descartou também que haja perigo para a população. E uma autoridade citada pela "Al Jazeera" afirmou ainda que Fordow havia sido evacuada há muito tempo e que "não sofreu danos irreversíveis".
Na mesma linha, a Comissão Saudita de Regulamentação Nuclear e Radiológica anunciou também, numa nota publicada no X (antigo Twitter), que não foram detetados efeitos radioativos na Arábia Saudita ou nos outros Estados do Golfo na sequência do ataque dos Estados Unidos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, agradeceu ao presidente norte-americano pelo que considerou ser um “corajoso” ataque às instalações nucleares iranianas, elogiando-o por ter criado um “ponto de viragem histórico” que, disse, poderá conduzir "a um futuro de prosperidade e paz".
“Agradeço-lhe e o povo de Israel agradece-lhe”, disse Netanyahu numa mensagem de vídeo dirigida a Donald Trump, depois de os Estados Unidos terem anunciado que tinham levado a cabo com sucesso ataques contra três pontos-chave do programa nuclear iraniano: as instalações de Fordow, Isfahan e Natanz. “A sua decisão corajosa de atacar as instalações nucleares do Irão com o poder impressionante e justo dos Estados Unidos vai mudar a história”, acrescentou Netanyahu.
O chefe de Estado israelita acrescentou que “Israel fez algumas coisas verdadeiramente extraordinárias” nesta ofensiva, mas que a ação desta noite contra as instalações nucleares do Irão mostrou que os EUA são "verdadeiramente inigualáveis", ao fazerem "o que nenhum outro país no mundo poderia fazer”. "O presidente Trump e eu costumamos dizer: a paz através da força. Primeiro vem a força, depois vem a paz. E esta noite, o Presidente Trump e os Estados Unidos atuaram com grande força", defendeu, sublinhando "a inabalável aliança" entre EUA e Israel.
Tal como as autoridades iranianas responsáveis pela segurança nuclear, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) informou que, até agora, “não houve aumento nos níveis de radiação" fora das três instalações atacadas esta noite pelos EUA. O organismo de vigilância nuclear da ONU, com sede em Viena, adiantou que fornecerá mais avaliações sobre a situação no Irão à medida que mais informações estejam disponíveis.
O secretário-geral das Nações Unidas manifestou-se hoje “gravemente alarmado com o uso da força pelos Estados Unidos contra o Irão”, avisando que “não há solução militar” para substituir a diplomacia. “Esta perigosa escalada numa região já em crise é uma ameaça direta à paz e à segurança internacionais”, afirmou António Guterres, numa declaração urgente emitida no mesmo momento em que Donald Trump justificava, num discurso à nação, a necessidade dos ataques, horas antes, a três instalações nucleares iranianas.
“Nesta hora perigosa, é fundamental evitar uma espiral de caos”, afirmou Guterres, sublinhando que “há um risco crescente de que este conflito se descontrole rapidamente, com consequências catastróficas para os civis, a região e o mundo”. O secretáiro-geral da ONU apelou a todos os Estados membros para que “respeitem as suas obrigações ao abrigo da carta fundadora da ONU e das outras regras do direito internacional”.