James Cutfield, o capitão do iate Bayesian, que naufragou em Sicília no dia 19 de agosto após ser atingido por uma tromba de água, está a ser investigado pela justiça italiana. Sete pessoas morreram no naufrágio, incluindo o magnata britânico da tecnologia Mike Lynch, proprietário da embarcação.
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As autoridades já tinham interrogado James Cutfield, 51 anos, durante cerca de duas horas, quando foi aberta a investigação para apurar as causas do acidente. Segundo confirmou uma fonte judicial à agência Reuters, o capitão neozelandês está agora a ser oficialmente investigado por homicídio por negligência e naufrágio.
No sábado, os procuradores sicilianos tinham anunciado a abertura de um inquérito por "naufrágio por negligência e homicídios por negligências múltiplas", sem referir a investigação ao capitão.
A bordo do Bayesian seguiam 12 passageiros e 10 membros da tripulação, tendo a guarda-costeira conseguido resgatar com vida 15 pessoas, entre as quais uma criança de apenas um ano de idade. Sete pessoas foram dadas como desaparecidas e entretanto encontradas sem vida. Na sexta-feira foi recuperado o último corpo.
Além do cozinheiro, do proprietário, Mike Lynch, e da filha Hannah, morreram o presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, a esposa Judy, o advogado do empresário Chris Morvillo e a mulher Neda.
O iate encontra-se a uma profundidade de 50 metros ao largo de Porticiello, perto de Palermo, na ilha da Sicília. Afundou-se em poucos minutos ao amanhecer de 19 de agosto, após a passagem de uma tromba de água.
De acordo com a Imprensa britânica, o magnata Mike Lynch, que também era conhecido como "Bill Gates britânico", tinha organizado o cruzeiro para festejar com a sua família, amigos e advogados a sua absolvição, em junho, num processo de fraude nos Estados Unidos, relacionado com a venda da sua empresa de software à Hewlett-Packard em 2011.