Protesto na ESE: "Quem nos diz que não acontecerá a segunda vez?"

Sara Pereira é uma das alunas da Escola Superior de Educação (ESE) do Porto que assume o incómodo com o regresso do professor despedido por comentários sexistas e por dar palmadas nas nádegas - ou “sapatadas no rabo”, como escreveu o Tribunal Central Administrativo do Norte, excluindo a conotação sexual - de alunas do curso de Educação Física. “Colocando-me na posição de alunas que possam vir a ter aulas com esse docente, não me sentiria segura. Se aconteceu uma vez, quem nos diz que não acontecerá a segunda?”, questionou.

A jovem participou, ontem, no minuto de silêncio promovido pela Associação de Estudantes da ESE, para protestar contra o regresso do docente, de 57 anos. Este fora despedido pelo Politécnico do Porto em dezembro de 2023, por, entre outras expressões, ter dito que uma estudante teria mais um ponto na nota por lhe “abrir as pernas”.