Paloma Ruiz Picasso, a mais nova dos quatro filhos de Pablo Picasso, substituiu o irmão Claude como administradora legal do património deixado pelo pintor espanhol, informou, esta quinta-feira, à AFP, o advogado, Jean-Jacques Neuer.
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A nomeação da empresária para administrar os direitos da maior sucessão artística do mundo "é muito importante para o meio artístico", considerou o advogado.
Paloma, de 74 anos, é filha do pintor que morreu em 1973 e da artista francesa François Gilot, que morreu no mês passado.
A Sucessão Picasso pertence integralmente a Claude e Paloma Picasso e aos netos do artista Marina Picasso, Bernard Ruiz-Picasso e Olivier, Diana e Richard Widmaier-Picasso. Esta entidade detém o monopólio dos direitos autorais e de reprodução das obras do artista e administra os direitos de personalidade, moral e de marca.
Entre as suas atribuições está a autenticação de obras e o combate a falsificações através de ações judiciais. Nos últimos anos, conseguiu recuperar 271 desenhos na posse de um ex-eletricista do pintor, que garantiu tê-los recebido de presente da viúva.
Claude Ruiz-Picasso, de 76 anos, que esteve à frente da entidade gestora desde 1989, decidiu reformar-se e transferir a responsabilidade para a irmã, informou o advogado desta última.
Pablo Picasso, criador de obras que marcaram o século XX, como "Guernica" e "As senhoritas de Avignon", continua a desperta fascínio. Museus de todo o Mundo, principalmente de França e Espanha, têm programadas para este ano cerca de 50 exposições da sua obra no quinquagésimo aniversário da sua morte.