Histórico estabelecimento do Porto fatura 12,8 milhões só com as entradas. Espanhóis estão em maioria, seguidos dos americanos. Há dias em que se vendem cinco mil livros.
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Nem em dias de chuva a fila à porta da Livraria Lello, na Rua das Carmelitas, no Porto, se desvanece. Há turistas dos quatro cantos do Mundo que esperam pacientemente para entrar no icónico estabelecimento que hoje celebra 119 anos, com entrada livre das 10 às 18 horas e uma programação especial. Os números não enganam: a Lello recebe, em média, 3500 pessoas por dia, e vende um milhão de livros por ano (no verão, há dias em que são vendidos cinco mil). Só com as entradas - o bilhete de acesso custa 10 euros - a livraria que já foi considerada uma das mais bonitas do Mundo, amealhará 35 mil euros por dia, ou seja, aproximadamente 12,8 milhões por ano.
Questionada sobre a fórmula do sucesso que faz da Lello uma espécie de galinha dos ovos de ouro - sobretudo numa altura em que, no Porto, outras livrarias fecham portas -, Aurora Pedro Pinto responde sem rodeios: "Temos a sorte de ser uma livraria com interesse turístico e isso faz com que, efetivamente, tenhamos criado um modelo que permite que façamos duas coisas importantes: ter a casa cheia e vender livros, que é a nossa missão".