Diretores de escolas receiam perder verbas do PRR para centros tecnológicos
Escolas têm de lançar concursos públicos internacionais e queixam-se de falta de experiência e apoio jurídico. Dirigentes temem ter de devolver verbas caso falhem as metas de execução.
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A criação de 365 centros tecnológicos especializados (CTE), financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), pode estar ameaçada. Ontem cerca de 100 diretores de agrupamentos de todo o país reuniram-se com o presidente da comissão de acompanhamento do PRR. Sem recursos jurídicos para lançar concursos internacionais, receiam falhar prazos e acabar responsabilizados e a ter de devolver milhões de euros. O Governo promete apoiar as escolas.
A reunião foi promovida pela associação nacional de diretores devido às “muitas dúvidas por responder”, explica Filinto Lima. “As escolas não têm nem experiência nem recursos para este tipo de concursos, mas depois vão ser auditadas”, frisa o presidente da ANDAEP. O JN apurou que a comissão de acompanhamento vai aferir junto de cada escola o nível de execução dos CTE.