Dedicação plena dos médicos vale suplemento de 20% sobre salário-base
Proposta do Governo dá extra de 573 euros a médicos em início da carreira, mais 4,5% de atualização salarial. Sindicatos contra 350 horas extra anuais.
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Os médicos que trabalhem no regime de dedicação plena mantêm as 40 horas por semana e vão ganhar um suplemento de 20% sobre a remuneração base, o que para um especialista em início de carreira corresponde a mais 573 euros brutos. A este montante acresce uma atualização salarial imediata de 4,5%, que se repetirá em janeiro de 2024 e janeiro de 2025. Quem não aderir a este regime passa a trabalhar 35 horas semanais e subirá uma posição remuneratória na tabela salarial dos médicos. O que corresponderá a um salto de 107 euros na posição base da carreira.
Esta é, segundo os sindicatos médicos e fontes ligadas ao processo, a proposta de valorização salarial que a tutela avançou na sexta-feira passada, último dia das negociações iniciadas há 14 meses. Mas “o diabo está nos detalhes”, como refere o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), e tanto o SIM como a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) rejeitaram a proposta do ministério de Manuel Pizarro e anunciaram várias greves.