Marcelo aponta novo Governo perto do 10 de Junho. Socialistas preparam futuro interno
A Aliança Democrática reforçou, neste domingo, a força no Parlamento, alcançando 32,1% dos votos e um total de 89 deputados. PS e Chega conseguem 58 deputados, seguidos pela IL com nove. O Livre conseguiu seis e a CDU três. BE, PAN e JPP elegem um deputado cada. Pedro Nuno Santos demitiu-se da liderança do PS.
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Os tradicionais partidos do arco da governação, PSD e PS, já não são suficientes para uma revisão constitucional. A maioria de dois terços, que sempre esteve nas mãos do bloco central, coloca-se agora à Direita. Num sistema em que André Ventura declarou a “morte do bipartidarismo”, o Chega é agora essencial para avançar com uma revisão da Constituição. Mas também a IL entra nesta contabilidade.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, começa esta terça-feira a ouvir os partidos, com vista à indigitação do novo primeiro-ministro. Os primeiros a serem recebidos em Belém são PSD, PS e Chega.
Terminamos aqui o acompanhamento ao minuto das legislativas antecipadas de 18 de maio, desde o dia das eleições, passando pela noite eleitoral até às análises aos resultados no dia seguinte.
Toda a informação sobre o futuro Governo e a próxima liderança do PS continua disponível em jn.pt.
A Esquerda continua a perder votos e bateu no fundo ao conquistar o pior resultado desde que se realizaram as primeiras eleições livres em Portugal. A somar-se à hecatombe do Partido Socialista, o PCP perdeu um deputado e o Bloco de Esquerda só conseguiu eleger Mariana Mortágua. Foi menos meio milhão de votos nestas forças políticas do que há um ano, que representam agora apenas 30% dos 230 deputados. E nem a subida contra a maré do Livre impediu o resultado mais negro. O PSD sozinho tem mais deputados do que estes partidos todos juntos.
A manifestação de votos no Chega é transversal ao país do ponto de vista geográfico, etário, de classe ou género. Os especialistas explicam que o crescimento resulta da desilusão com os partidos tradicionais, conquistando abstencionistas e não só, através do mundo virtual, com causas fraturantes para eles.
O discurso da extrema-direita moderna é sobre o “Estado social que os partidos da Direita dita democrática e o PS foram, através do subfinanciamento, destruindo ao longo do tempo”, atesta Bruno Madeira, historiador e docente da Universidade do Minho, especialista em assuntos da extrema-direita.
A hecatombe eleitoral e a demissão de Pedro Nuno Santos abriram a porta a uma nova liderança no PS e José Luís Carneiro é o primeiro candidato, após assumir a “disponibilidade” para “servir o PS e o país”. Fernando Medina e Alexandra Leitão podem ser a concorrência.
Pedro Nuno Santos deixará de ser secretário-geral do PS já no sábado, após a Comissão Nacional, e será o presidente do partido, Carlos César, a assumir interinamente a liderança socialista, confirmou à Lusa fonte oficial partidária.
A presidente da Nova Direita, Ossanda Líber, admitiu que o resultado nas eleições legislativas do partido é "uma desilusão" e considerou que "o parlamento vai continuar instável". "Do ponto de vista interno do partido, da forma como nós vemos os nossos resultados, é, sem dúvida, uma desilusão", disse a presidente da Nova Direita.
De acordo com o resultado provisório divulgado pelo Ministério da Administração Interna, a ND obteve 0,14%, correspondendo a 8.217 votos, uma descida em relação às últimas eleições legislativas em que registou 0,27%, o equivalente a 16.456 votos. "As pessoas, e compreensivelmente, estão nitidamente a querer uma mudança de regime" acrescenda Ossanda Líber.
Para a presidente do partido, o resultado das eleições, ganhas pela AD - coligação PSD/CDS, "não resolve os problemas das pessoas", considerando que "o parlamento vai continuar instável".
O presidente da República considera que, "à primeira vista", os partidos vão dar condições de governabilidade à AD (PSD/CDS-PP) e disse esperar que haja um novo Governo perto do feriado de 10 de Junho.
Em declarações a televisões, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que há um ano a formação do Governo PSD/CDS-PP cessante "não chegou a um mês", mas assinalou: "Aqui a dúvida é, como há o 10 de Junho, há ali uma série de feriados".
O presidente da República admite repetir audiências aos três maiores partidos, já com os resultados da emigração conhecidos, dando tempo ao PS para definir uma posição em relação à viabilização do Programa do Governo.
"No caso do PS há uma substituição de liderança e portanto é importante que o PS tenha tempo para se perceber qual é o processo, o tempo, o calendário de substituição e o posicionamento em relação ao Governo", afirmou o chefe de Estado em declarações a televisões, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que, "em relação ao Chega há o problema da repercussão ou não dos resultados dos emigrantes na posição relativa de segundo ou terceiro partido".
O candidato presidencial Luís Marques Mendes defendeu que a AD deve governar em diálogo com PS e Chega e apelou aos principais partidos da oposição para que não bloqueiem o programa de Governo na Assembleia da República.
“Eu recomendaria, como já disse, sobretudo num momento em que não se sabe ainda quem lidera a oposição, um diálogo com os dois partidos da oposição. Não se trata de fazer nenhum bloco central, não se trata de levar para o Governo, mas é o diálogo parlamentar normal na Assembleia da República”, afirmou Marques Mendes à margem de uma visita à exposição “Cartazes Sem Censura”, no CCB, Lisboa.
Questionado sobre se o diálogo deve exigir acordos escritos entre os partidos para evitar moções de censura ou chumbos de orçamentos, Marques Mendes respondeu que isso não é necessário, apenas um compromisso dos partidos para “evitar bloqueios, impasses e crises”.
“Se não se fizer isto, as crises podem surgir e depois todos sabemos como se resolvem: com a 'bomba atómica'. Eu queria dizer de uma forma muito clara, o país precisa de paz, não precisa de guerra, nem precisa de bombas atómicas”, acrescentou.
A CGTP-IN considerou que a “viragem à direita” determinada pelas eleições legislativas de domingo “é negativa” e “não responde aos interesses do país”, exigindo uma mobilização acrescida em defesa dos salários e dos direitos dos trabalhadores.
“É fundamental a intensificação da organização e mobilização dos trabalhadores na defesa dos seus interesses e direitos, pela melhoria das suas condições de vida, para a implementação de uma política que promova e garanta o aumento geral e significativo dos salários e a subida das pensões, o trabalho com direitos e o fim da precariedade, a redução do horário de trabalho e a sua regulação, o direito de contratação coletiva e da atividade sindical, mais e melhores serviços públicos”, refere a central sindical em comunicado.
Segundo sustenta, “será com esta força e determinação que os trabalhadores darão resposta a ataques aos direitos e abrirão caminho para a construção de um país mais justo”.
Para a CGTP, impõe-se uma “resposta efetiva” aos problemas com que os trabalhadores, as suas famílias e a população em geral estão confrontados, “fruto de décadas de política de direita”, nomeadamente baixos salários e pensões, precariedade, bloqueios à contratação coletiva, degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos serviços públicos e dificuldade do acesso à habitação.
A freguesia de Marvila, localizada na zona oriental de Lisboa, com 35.463 habitantes, de acordo com dados do Censo 2021, foi a única na capital onde o Chega venceu nas eleições legislativas de domingo.
Liderada por José António Videira, eleito pelo PS, a freguesia de Marvila viu os seus eleitores, dos 32.380 inscritos, votarem no Chega, que ficou em primeiro, com 31,09% (6.103 votos), seguido do PS com 29,80% (5.849) e da AD (coligação PSD/CDS-PP) com 17,28 % (3.391). Uma diferença de 254 votos entre a primeira e segunda força mais votada.
Em declarações à Lusa, José António Videira considerou que o resultado obtido na sua freguesia, bem como no país, demonstra que as “pessoas estão fartas deste sistema, de ir às urnas”, considerando tratar-se de “um voto de protesto”.
“Há que fazer uma reflexão, que será longa”, reconheceu o autarca, considerando que as eleições legislativas e autárquicas são “completamente distintas”, pelo que os resultados podem não ser sequer idênticos.
A incapacidade de o PS se afirmar como oposição ao Governo da AD, após oito anos de executivo socialista, e a falta de carisma e de uma "liderança forte" castigaram Pedro Nuno Santos, segundo politólogos ouvidos pela Lusa.
O PS alcançou este domingo o terceiro pior resultado da sua história em legislativas, ficando quase empatado com o Chega, o que levou o seu líder, Pedro Nuno Santos, a apresentar a demissão um ano e meio após a sua eleição.
"Há razões estruturais e conjunturais para a queda do PS", afirma o politólogo António Costa Pinto, sublinhando que estes últimos prendem-se com "os oito anos de governação socialista" e com "o novo secretário-geral".
Entre os partidos sem assento parlamentar apenas o JPP conseguiu eleger um deputado, e apenas dois outros partidos registaram um crescimento nas votações para as legislativas, com os restantes a descerem face às últimas legislativas.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), destacou hoje a “vitória claríssima da AD”, coligação PSD/CDS-PP, nas eleições legislativas de domingo e considerou que o crescimento do Chega é resultado do “afastamento das pessoas da política”.
“Preocupa-me o afastamento das pessoas da política, que é refletido pela subida, neste caso, de um partido da extrema-direita [Chega] e, portanto, essa subida desse partido da extrema-direita deve fazer-nos refletir sobre porque é que aconteceu, porque é que há este afastamento das pessoas em relação à política?”, disse Carlos Moedas à agência Lusa, à margem da cerimónia dos 630 anos do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.
Apesar da preocupação manifestada, o autarca do PSD afirmou que o resultado das eleições legislativas de domingo “foi claro”: “As pessoas querem este Governo [PSD/CDS-PP] e, sobretudo, querem este primeiro-ministro [Luís Montenegro (PSD)] e, portanto, é uma vitória claríssima da AD”.
“Neste momento, eu penso que os portugueses olharam para a estabilidade, quiseram estabilidade e quiseram este primeiro-ministro, e bem, e, portanto, é uma grande vitória para a AD dentro daquilo que é hoje o contexto político, com o crescimento dos extremos, mas, neste caso, da extrema-direita e, portanto, agora o país pode ter essa estabilidade”, declarou o social-democrata Carlos Moedas.
Cerca de 12% dos votos dos emigrantes portugueses chegaram a Portugal até sexta-feira, estando prevista para 28 de maio a sua contagem, que poderá desempatar o PS e o Chega.
Segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, até à sexta-feira foram rececionadas em Portugal 192.600 cartas com os boletins de voto dos portugueses residentes no estrangeiro. Trata-se de 12,2% dos 1.578.890 eleitores inscritos para as eleições de domingo, um pouco menos do que os 12,95% registados nas eleições de 2024 no período homólogo.
A maior parte das cartas com os votos dos eleitores portugueses residentes no estrangeiro e que já estão em Portugal foi enviada da Europa (85,73%), seguindo-se a América (11,56%), Ásia e Oceânia (2,08%) e África (0,63%).
Além do voto postal, estão inscritos para votar presencialmente 5.832 eleitores: 845 na Europa, 1.375 em África, 3.001 na América e 611 na Ásia e Oceânia.
As escolhas dos eleitores portugueses residentes no estrangeiro vão continuar a chegar a Portugal e os votos serão contados a 28 de maio, no décimo dia posterior às eleições de domingo. Os resultados, que poderão ser conhecidos nesse mesmo dia, irão resolver o empate entre o PS e o Chega, que disputam o segundo lugar das legislativas - ganhas pela Coligação AD (PSD-CDS) -, tendo cada um deles conseguido 58 mandatos.
A Presidência da República revelou, nesta manhã, que Marcelo Rebelo de Sousa vai ouvir PSD, PS e Chega na terça-feira.
20 de maio, 11 horas – Partido Social Democrata
20 de maio, 15 horas – Partido Socialista
20 de maio, 17 horas – Chega
A Comissão Nacional do PS para aprovar o calendário eleitoral interno, depois do anúncio da demissão de Pedro Nuno Santos da liderança, foi convocada para sábado, em Lisboa, também para analisar os resultados das legislativas.
De acordo com a convocatória, a que a agência Lusa teve acesso, o presidente do PS, Carlos César, refere que depois do anúncio desta noite de Pedro Nuno Santos, após a pesada derrota do PS, convoca os membros da Comissão Nacional para esta reunião, que decorrerá sábado de manhã, em Lisboa, em local ainda a designar.
O primeiro-ministro de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, felicitou hoje o presidente do PSD e líder do Governo de Portugal, Luís Montenegro, pela vitória nas eleições legislativas nacionais de domingo.
"Continuemos a trabalhar juntos pelo futuro da Península Ibérica e por uma Europa mais unida e próspera", escreveu Sánchez na rede social X, depois de dar os parabéns a Montenegro pela vitória.
A presidente da Comissão Europeia considerou hoje que a vitória da coligação PSD/CDS-PP nas eleições legislativas de domingo é uma “excelentes notícia para Portugal” e felicitou o presidente social-democrata, Luís Montenegro.
“Querido Luís Montenegro, parabéns pela vitória eleitoral! É uma excelente notícia para Portugal e para a Europa, que só pode beneficiar de continuidade e estabilidade”, escreveu Ursula von der Leyen, nas redes sociais.
A presidente do executivo comunitário, que faz parte da mesma família europeia que Luís Montenegro, o Partido Popular Europeu, acrescentou que conseguiu “alcançar muito trabalho benéfico” com o presidente do PSD: “Há muito mais pela frente.”
A presidente do Parlamento Europeu também congratulou hoje Luís Montenegro, defendendo que é “ótimo para Portugal”.
“Parabéns Luís Montenegro! É ótimo que Portugal e a Europa continuem a beneficiar da tua liderança e compromisso, garantindo soluções, determinação e estabilidade”, escreveu Roberta Metsola, nas redes sociais.
Os líderes dos partidos de extrema-direita Vox, Santiago Abascal, e União Nacional, Marine Le Pen, cumprimentaram o presidente do Chega, André Ventura, pelos resultados nas eleições antecipadas de domingo.
“Endereço ao meu amigo André Ventura as minhas mais calorosas felicitações pela sua tenacidade, determinação e comprometimento, que lhe permitiram construir um movimento patriótico poderoso e popular”, escreveu a líder do partido francês União Nacional, Marine Le Pen, na rede social X.
Na mesma rede social, também o líder do Vox, Santiago Abascal, felicitou André Ventura pelo resultado obtido nas eleições legislativas antecipadas de domingo em Portugal, salientando a quebra no bipartidarismo.
“As forças patrióticas e conservadoras crescem em todas as nações europeias, apesar dos cordões sanitários e da hegemonia mediática dos partidos globalistas. Parabéns a todos e em especial ao meu querido amigo André Ventura, que deu tudo de si, literalmente, e foi recompensado com o segundo lugar, rompendo a fraude do bipartidarismo em Portugal”, defendeu Abascal.
Com a derrota do PS nas eleições deste domingo e demissão de Pedro Nuno Santos, começam as movimentações no interior do partido para encontrar um novo líder e o JN sabe que José Luís Carneiro estará disponível para concorrer à sucessão.
São seis os sub-30 que vão sentar-se nas bancadas de São Bento na próxima legislatura. Grande parte repete a presença e o Chega é o mais representado. Houve também quem não tivesse conseguido a reeleição. E quem a possa ainda obter por via indireta.
Apelidado de “enfant terrible” do Governo de António Costa, Pedro Nuno Santos nunca escondeu a aproximação à ala esquerda do PS. Mesmo fora do partido, foi claro quanto ao seu posicionamento político. Sai da liderança do partido, com um dos piores resultados do PS numas legislativas.
Em 2020, disse, em entrevista à RTP, que caso o seu partido não apoiasse qualquer candidato presidencial nas eleições de 2021, votaria num candidato do BE ou do PCP. "Eu nunca apoiarei um candidato da direita”, afirmou.
Conhecido pela frontalidade, ousadia e até impulsividade nas ações, Pedro Nuno Santos admitiu, em novembro de 2023, na apresentação da sua candidatura à liderança do PS, que os portugueses conheciam bem as suas “qualidades, defeitos, erros e cicatrizes”.
Numa liderança em crescendo, o advogado que se mostrou confiante desde o início na reeleição como primeiro-ministro saiu reforçado, mesmo após a polémica com a Spinumviva.
Mais de duas décadas após ter entrado na Assembleia da República pela primeira vez, com 29 anos, o antigo líder parlamentar do PSD chegou à “cadeira de sonho” e assumiu o comando do país durante 11 meses, até à queda do Governo, provocada por aquela que se tornou na empresa mais conhecida dos portugueses: a Spinumviva. Cercado por dúvidas acerca da sua idoneidade, Luís Montenegro refutou as críticas que o acusaram de confundir a vida familiar e profissional, insistiu que esclareceu tudo o que havia para esclarecer e até arriscou atitudes de alguma altivez ao desvalorizar a necessidade de dar mais explicações. “Às vezes, tenho mais que fazer do que estar a responder-vos diariamente”, atirou no Parlamento, na segunda das duas moções de censura que enfrentou.
Partido terá eleições internas perante uma das maiores derrotas eleitorais. “Estarei cá para dizer o que penso”, disse secretário-geral
As sondagens à boca das urnas feitas no domingo para as eleições legislativas coincidiram entre si e com o resultado, que colocou a AD em primeiro e PS e Chega muito próximos no segundo e terceiro lugares.
Com todas as freguesias já apuradas - faltam os votos da emigração que deverão ser conhecidos a 28 de maio -, a AD conseguiu 32,7% dos votos, tendo as sondagens feitas à boca das urnas e conhecidas pelas 19 horas de hoje dado um intervalo para a coligação PSD/CDS entre 29% e 36,9%.
As principais sondagens feitas para a RTP, SIC, CNN e NOW coincidiram, com intervalos muito semelhantes, e deram logo à partida a vitória à coligação da AD, o que veio a verificar-se.
O PS conseguiu 23,38% do total de votos e as sondagens deram logo à partida um intervalo entre os 21% e os 26%, colocando o Chega muito próximo dos socialistas com um intervalo entre os 19,5 % e os 26,6%. A proximidade veio a confirmar-se, tendo o partido de André Ventura conseguido 22,56% dos votos. Estes dois partidos acabaram por eleger o mesmo número de deputados - 58.
Em relação aos restantes grupos parlamentares, as sondagens coincidiram também com os resultados. A Iniciativa Liberal, que elegeu nove deputados, conseguiu 5,53% dos votos e as sondagens apontavam para um intervalo entre os 3,3% e os 8%.
Para o Livre, as quatro sondagens já apontavam para uma subida, com um intervalo entre os 1,9% e os 6,5%. No fim da noite, o Livre conseguiu 4,2% dos votos, com a eleição de seis deputados.
Já a CDU conseguiu 3,03%, elegendo três deputados, e as sondagens à boca das urnas davam um intervalo entre os 1,3% e 4,4%.
As percentagens mais baixas ficaram reservadas para os partidos que conseguiram eleger apenas um deputado - Bloco de Esquerda, PAN e JPP. O Bloco, que conseguiu 2% do total de votos, aparecia nas sondagens com um intervalo entre 0,5% e 4,1%. O PAN conseguiu 1,36% dos votos, mantendo a deputada única que tinha no Parlamento e as sondagens apontavam para um intervalo entre 0,3% e 2,5%.
Já o JPP, que conseguiu eleger um deputado com 0,34% dos votos, aparecia nas sondagens com uma percentagem de votos situada entre os 0,0% e 1,0%.
O presidente da Alternativa Democrática Nacional, Bruno Fialho, considerou que o principal objetivo, eleger um deputado, não foi cumprido, mas destacou que, ao obter mais de 50 mil votos, o partido terá acesso à subvenção pública. “Infelizmente não alcançámos o objetivo principal, que era o de eleger um deputado”, disse Bruno Fialho, em declarações à agência Lusa, assinalando contudo que ultrapassou o limiar dos 50 mil votos, o que permite aceder à subvenção pública a que têm direito os partidos para o financiamento político.
O presidente do ADN considerou que o resultado da noite eleitoral “desfaz todas as dúvidas acerca da ideia de que os votos no ADN eram por engano”, numa alusão a eventual confusão entre a designação do partido, ADN, e a designação da coligação AD (PSD/CDS-PP).
O país assistiu a umas eleições sem precedentes, em que a Esquerda saiu arrasada e Pedro Nuno Santos anunciou que deixa a liderança socialista. O PS ficou empatado nos 58 deputados com o Chega, que poderá consagrar-se como segunda força do Parlamento se voltar a ter vantagem na hora de somar os círculos da emigração. André Ventura já reclamou este título e fará a vida difícil à AD após Luís Montenegro ter reforçado a votação, mas longe da maioria necessária, mesmo com a IL. Já o líder socialista vai pedir eleições diretas para “não ser um estorvo” ao PS e a um hipotético cenário de bloco central. Também o BE assumiu a pesada derrota e só o Livre contrariou o descalabro.
O presidente do Nós, Cidadãos!, Joaquim Afonso, considerou que o resultado das eleições legislativas de domingo demonstram que os portugueses “estão cansados do PSD e do PS” e optaram por um “voto de protesto”, reforçando o Chega. “Este resultado só causa perplexidade em quem não queria ver o que estava a acontecer. Os portugueses estão cansados e fizeram um voto de protesto”, afirmou à agência Lusa Joaquim Afonso.
Relativamente ao resultado do partido, que obteve 2771 votos (0,05%), de acordo com os resultados provisórios divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), o líder do Nós, Cidadãos! sublinhou que “foi melhor” do que nas eleições legislativas de 2024. “Tivemos mais votos do que no ano passado e isto com um investimento zero”, apontou, lamentando que não haja igualdade de oportunidades para todos os partidos.
O copresidente do Volt, Duarte Costa, considerou que o partido teve um resultado positivo nas eleições de domingo e manifestou preocupação com o crescimento de "forças antidemocráticas".
Em declarações à agência Lusa, Duarte Costa afirmou que esta foi “uma noite de notícias preocupantes para a democracia portuguesa” referindo-se ao resultado histórico do Chega obteve 22,56% dos votos e 58 mandatos, faltando ainda apurar os círculos eleitorais da emigração.
O copresidente do Volt considerou que o crescimento do partido foi positivo apesar de ser “pequeníssimo" - o partido teve mais 174 votos em relação às legislativas de 2024. "Nos tempos, e a história assim o ensina, nos tempos em que há um crescimento de forças antidemocráticas e onde a democracia e a liberdade se arriscam, estão em maior risco, é fundamental nós estarmos unidos, termos uma comunidade, pertencermos a um grupo e estar num partido como o Volt”, disse.
De acordo com os resultados provisórios divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), o Volt obteve 10.998 votos (0,18%), subindo de votação em relação às legislativas de 2024, em que obteve 10.824 votos.
Vários meios de comunicação social internacionais destacam os resultados das eleições legislativas portuguesas de domingo assinalando a nova vitória da AD sem maioria absoluta e o empate entre Chega e PS.
Nos jornais espanhóis, destaca-se a vitória do conservador Montenegro e o “forte avanço dos ultras do Chega”, como escreve o "El País", que acrescenta o “recuo histórico” do PS, que provocou a demissão do seu secretário-geral, Pedro Nuno Santos. O "El Mundo" destaca o empate no número de deputados eleitos (58) entre socialistas e os “ultras do Chega”.
Pelo Reino Unido, o "The Guardian" nota como o incumbente Luís Montenegro voltou a comemorar vitória, mas “aquém da maioria” e como a “extrema-direita regista ganhos recorde”.
O "Liberation" francês escolhe a expressão ‘ric-rac’ para escrever que na eleição do terceiro parlamento em três anos a coligação de direita cessante volta a ganhar, mas sem maioria.
O italiano "La Repubblica" informa que houve “vitória do centro-direita” e que a “ultra direita voa, socialistas caem”.
Em português do Brasil, a "Folha de São Paulo" avança que “Portugal reelege premiê e vê ultra direita igualar cadeiras socialistas em derrocada da esquerda”, tal como o "Estadão" também noticia a vitória, destacando que não há maioria do vencedor.
A falta de maioria e o empate entre Chega e PS também é destaque na edição europeia do "Politico", tal como o britânico "The Guardian" e a cadeia "AlJazeera", que acrescenta como a eleição foi dominada por questões como a habitação e a imigração.
A presidente do Reagir, Incluir, Reciclar, Márcia Henriques, admitiu, em reação aos resultados eleitorais de domingo, que o partido ficou “aquém do expectável” e lamentou os efeitos do "voto útil". “Acabámos de ser todos penalizados pelo voto útil e pelo voto descontinuamente que acabou por ser todo refletido no Chega”, referiu Márcia Henriques.
Em declarações à Agência Lusa, Márcia Henriques afirmou que o partido irá reunir-se e fazer uma análise do que poderá ser melhorado e “mudar a mensagem” a ser passada para os portugueses nas próximas eleições.
De acordo com os resultados provisórios divulgados pelo Ministério da Administração Interna, o RIR obteve 13.550 votos (0.23%), diminuindo em relação às legislativas de 2024, em que conquistou 26.092 votos (0,42%).
Um Portugal politicamente partido em três, uma Direita reforçada no Parlamento e uma Esquerda a viver um pesadelo. Quem foram, afinal, os vencedores e os vencidos da noite eleitoral? Escolhemos alguns.
Líder termina a noite a assegurar ao país que votos dos emigrantes vão permitir ao Chega ultrapassar os socialistas no número de deputados: “acabou o bipartidarismo”
O resultado desastroso de Pedro Nuno Santos – é a segunda derrota em pouco mais de um ano, e bem mais pesada do que a de 10 de março de 2024, com o partido a distanciar-se da AD e a ombrear com o Chega – ditou a demissão do secretário-geral do PS.
Em março do ano passado, Pedro Nuno Santos reagiu à derrota com um discurso no Hotel Altis, em Lisboa, em que afirmou que iria tentar “recuperar os [votos dos] portugueses descontentes com o PS”; ontem, no mesmo local, reconheceu que não o conseguiu. Os socialistas vão agora ser chamados a escolher outro líder, e a pergunta é: quem se seguirá ao secretário-geral que esteve apenas um ano e meio à frente do partido?
A ansiada estabilidade governativa que o presidente da República disse ser importante para o futuro do país não ficou garantida com as eleições legislativas antecipadas. Luís Montenegro e a AD venceram e chegam ao novo Parlamento com mais deputados, sem que tal assegure uma maioria. Mesmo com os eleitos da Iniciativa Liberal, a soma não chega a 100 e é insuficiente para dominar as votações parlamentares. É no Chega que reside a grande incógnita, sobretudo se irá ser oposição frontal, enquanto o futuro do PS, e o posicionamento perante um novo Governo, é igualmente um assunto ainda por clarificar.
No discurso de vitória, Luís Montenegro começou por cumprimentar a "liberdade, a responsabilidade cívica, a bravura e a inteligência" dos eleitores portugueses, bem como "todos os democratas que, de boa fé, se entregaram ao povo para cuidarem do que é de todos". Saudou a "família de sangue" e a "família política", pela força e pela solidariedade e puxou dos galões. "O povo falou, exerceu o seu poder soberano e aprovou de forma inequívoca a AD, o Governo e o primeiro-ministro. Nestas eleições antecipadas, que não foram pedidas pelas pessoas, os políticos decidiram perguntar ao povo que programa e que primeiro-ministro queriam. A resposta é clara. O programa que querem é o da AD e o primeiro-ministro é o atual", asseverou, prosseguindo dizendo que "todos devem ser capazes de pôr o interesse nacional acima de qualquer outro interesse".
"Os portugueses não querem mais eleições antecipadas, querem uma legislatura de quatro anos e que todos o percebam e respeitem. Ao Governo e ao primeiro-ministro, caberá cumprir o programa apresentado, cumprir os compromissos e estar à altura do voto de confiança. Às oposições caberá ouvir e respeitar a vontade popular, honrando os seus compromissos e as suas propostas, espírito de convivência na diversidade e convergência na salvaguarda do interece nacional. O povo quer este Governo e não quer outro", reiterou. E acrescentou, sob fortes aplausos: "O povo quer que este Governo e este primeiro-ministro respeitem e dialoguem com as oposições. Mas também quer que as oposições respeitem e dialoguem com este Governo e este primeiro-ministro."
O primeiro-ministro falou ainda dos desafios humanitários, geopolíticos e sociais que a Europa e o Mundo estão a enfrentar "num período de incerteza", prometeu criar mais riqueza e prosperidade, continuando a apostar na juventude - que quer "manter e reter" e com a qual conta para poder criar mais riqueza e distribui-la de forma mais justa. Destacou os trabalhadores da administração pública, o combate à criminalidade grave e corrupção, o reforço das forças de segurança e as Forças Armadas, e os pensionistas e reformados.
Quase a terminar o discurso, Montenegro resgatou uma ideia de Papa Francisco: "Vamos ser o Governo para todos, todos, todos!"
A noite no quartel-general da CDU, em Lisboa, começou com silêncio e até alguma estupefação face às primeiras projeções, mas terminou com o ânimo e a força de quem, apesar de ter perdido um deputado, se mostra preparado para “assumir o caminho de resistência e da luta contra o retrocesso”.
Paulo Raimundo surgiu no palco com a voz rouca de quem nesta campanha afirmou a CDU “como uma grande força de coragem, seriedade e confiança”. Confrontado com um resultado, que, em termos de votos, ficou aquém do anterior, considerou que o mesmo “não reflete nem a expressão de apoio e reconhecimento que a campanha mostrou, nem o que a situação do país exigia”.
A Assembleia da República vai voltar a ter dez partidos, como em 2019, número recorde, um dos quais estreante, o Juntos Pelo Povo (JPP), que conseguiu nas legislativas de domingo um eleito pelo círculo da Madeira.
Segundo os dados divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PSD elegeu no total 87 deputados pelas coligações AD no continente e na Madeira e PSD/CDS-PP/PPM nos Açores, e o CDS-PP dois.
Quando estão ainda por atribuir quatro mandatos pela emigração, o PS e o Chega têm o mesmo número de eleitos, 58, seguindo-se a IL com nove e o Livre com seis.
O PCP conseguiu três eleitos pela CDU (PCP/PEV), enquanto o seu parceiro de coligação, o PEV, voltou a ficar fora do parlamento.
O BE um e PAN elegeram um deputado cada um, assim como o JPP: três partidos com deputados únicos, sem grupo parlamentar.
O número de partidos com assento parlamentar subiu em 2015, de seis para sete, com a entrada do PAN na Assembleia da República, e depois de sete para dez, em 2019, quando Chega, IL e Livre elegeram pela primeira vez.
Em 2022, o número de partidos desceu, com as saídas do PEV e do CDS-PP, que voltou ao parlamento nas eleições seguintes, de 2024, em coligação com o PSD, que agora se repetiu, sem o PPM.
O presidente do Conselho Europeu e antigo primeiro-ministro António Costa felicitou Luís Montenegro pela vitória da AD nas eleições de domingo e prometeu trabalhar "em estreita colaboração" com próximo Governo.
Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), o socialista e antigo primeiro-ministro António Costa disse ter felicitado Luís Montenegro "pela sua vitória eleitoral". "Irei trabalhar em estreita colaboração com o próximo Governo de Portugal para tornar a Europa mais forte, mais próspera e mais autónoma", acrescentou o presidente do Conselho Europeu, sublinhando, que, apesar dos "tempos difíceis", está confiante de que "tal como no passado, a União Europeia vai cumprir os seus objetivos e sair mais forte".
Se as primeiras projeções colocavam o Livre na sexta posição, com o avançar da noite o partido fundado por Rui Tavares em 2014 haveria de ascender a 5.ª força política nacional, com 4,20% dos votos e seis deputados eleitos – três por Lisboa, dois pelo Porto e um por Setúbal –, em 2024 ficou na 7.ª posição. Tavares, que foi reeleito pelo círculo eleitoral de Lisboa, mostrou-se indignado com a ascensão da extrema-direita nestas legislativas e assegurou que o partido vai criar um movimento nacional para “conquistar espaço à Direita radicalizada”.
"Tivemos uma grande noite", afirmou o presidente do Chega depois de ser recebido em festa na sede do partido, que alcançou 58 deputados esta noite, os mesmos conquistados nas urnas pelo Partido Socialista ( PS), num momento em que ainda falta saber os mandatos atribuídos nos círculos da emigração.
André Ventura, que se apresentou em palco com a mão levantada em jeito de V (Vitória), começou por dirigir-se às empresas de sondagens, afirmando que falharam e que "tentaram mandar abaixo um partido político", mesmo com os sinais que afirmou ter recebido da rua de que havia um crescimento do partido, que em 2024 conquistou 50 deputados, superando em muito os 12 conquistados em 2022. "Digo-o para que o futuro seja menos condicionado pelas empresas que só querem levar ao colo dois partidos", pedindo responsabilidades às mesmas.
"Com as indicações que temos até ao momento, podemos assegurar ao país algo que ainda não acontecia desde o 25 de Abril de 1974, o Chega tornou-se o segundo maior partido", afirmou, lembrando que faltam apurar os círculos da Europa e Fora da Europa. Com os militantes a gritarem "Já pássamos", André Ventura proclamou "o fim do bipartidarismo", garantindo que "nada ficará igual em Portugal".
"Fomos atacados e excluídos", afirmou, dizendo que não vai atrás de ninguém, mas que vai "atrás de todos para exigir contas", sem especificar, no entanto, a quem se referia.
O presidente do partido de direita radical destacou as vitórias conseguidas em distritos tipicamente de esquerda para afirmar que o Chega "varreu o país, que não é um partido de uma região em concreto, sendo antes "o futuro do Governo".
"O Chega matou o partido do Álvaro Cunhal", "varreu o Bloco de Esquerda com uma pinta", disse ainda André Ventura, falando diretamente para o PS prometeu "eles ainda não viram nada". "A mama vai mesmo acabar", sentenciou.
Referindo as mensagens recebidas pelos diferentes líderes europeus de direita a felicitar o resultado alcançado, Ventura agradeceu "aos que se sentiram traídos, aos que se sentiram abandonados, estamos quase a atingir o ponto em que podemos governar Portugal. Não conseguimos a transformação enquanto não liderarmos o Governo".
O ADN manteve nas legislativas de domingo a posição de maior das forças partidárias sem assento parlamentar, com um total de 78.914 votos, quatro vezes mais que o JPP, que elegeu pela Madeira.
O ADN tinha obtido 100.051 votos em 2024 e nas eleições de hoje, mesmo com o mediatismo da cabeça de lista por Lisboa, Joana Amaral Dias, perdeu 22 mil votos no domingo, mas mesmo assim quase seis vezes mais do que o segundo partido que não conseguiu chegar ao Parlamento, o RIR.
O JPP obteve 20.126 votos, mas a quase totalidade deste resultado foi obtido na Madeira, conseguindo, graças a isso, eleger por aquele círculo eleitoral.
A seguir ao JPP, seguiu-se o Volt (10.998 votos, quase o mesmo que em 2024), depois o PCTP/MRPP, com 10.858 votos (menos quatro mil que em 2024) e depois o Ergue-te (extrema-direita), com 8806 votos, mais três mil que há um ano.
Nas eleições de domingo, concorreu mais uma força, o PLS, que obteve 6336 votos, ficando em sétimo lugar entre os partidos sem assento parlamentar.
O próximo parlamento português terá o mesmo número de deputadas do que as eleitas nas legislativas do ano passado, e vão ocupar 76 dos 226 mandatos atribuídos nas eleições de domingo.
As eleitas representam 33,6% dos deputados, faltando ainda conhecer os quatro mandatos pela emigração, aos quais concorreram várias cabeças-de-lista mulheres, entre as quais a candidata do PS pelo círculo da Europa, Maria Emília Ribeiro.
De acordo com os mandatos já atribuídos, a AD elegeu 28 mulheres, o PS 21, o Chega 17, a IL três e o Livre outras três. PCP, BE e PAN elegerem uma deputada cada um e, nos Açores, a coligação PPD/PSD.CDS-PP.PPM também elegeu uma deputada.
De acordo com os resultados das eleições legislativas de domingo, a AD elegeu 86 deputados, o PS 58, o Chega 58, a IL nove, o Livre seis, o PCP três, o Bloco de Esquerda um e o PAN um.
Nos Açores, a coligação PPD/PSD.CDS-PP.PPM elegeu três deputados e na Madeira o JPP um deputado.
Cinco jovens estudantes, com idades compreendidas entre os 16 e os 22 anos, do Movimento Estudantil pelo Fim ao Fóssil 2030, que se manifestavam em frente ao hotel onde decorre a noite eleitoral da AD, foram retirados por agentes da PSP. "Vergonha, saiam daqui", gritaram alguns militantes do PSD, aplaudindo as detenções. Os jovens foram algemados no exterior do quartel-general da coligação e levados para a esquadra por um forte dispositivo policial, onde foram identificados.
O presidente do partido Ergue-te, Rui Fonseca e Castro, considerou, este domingo, que o partido sofreu uma derrota nas eleições de domingo, face à subida "pouco expressiva" registada. “Os resultados ficaram muito aquém daquilo que nós esperávamos. Nessa medida considero que foi uma derrota, embora tenha havido uma subida pouco expressiva em termos de número de votos, mas estávamos à espera de muito melhor”, disse à agência Lusa Rui Fonseca e Castro.
De acordo com os resultados provisórios divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), o partido Ergue-te obteve 8806 votos (0,15%), subindo de votação em relação às legislativas de 2024, em que obteve 5730 votos.
A taxa de abstenção nas eleições legislativas de domingo deverá situar-se nos 35,62%, a mais baixa em 30 anos, quando em outubro de 1995 ficou nos 33,70%. Estes valores não incluem ainda os eleitores residentes no estrangeiro, cuja participação e escolhas serão conhecidos a 28 de maio.
Depois de agradecer a todos os camaradas e a todas as pessoas que estiveram ao lado do Partido Socialista durante uma campanha "alegre e entusiasmada", em "tempos duros para a Esquerda", Pedro Nuno Santos disse que não lhe cabe ser "o suporte deste Governo". E apontou três razões para que esse papel também não deva caber ao PS. "Em primeiro lugar, Luís Montenegro não tem a idoneidade necessária para o cargo de primeiro-ministro e as eleições não alteraram essa realidade. Em segundo lugar, lidera um Govenro que falhou em vários níveis no ultimo ano. E em terceiro lugar, tem um programa que vai contra os valores do Partido Socialista. Estas são mais do que razões suficientes para que o PS não dê suporte a um Governo liderado por Luís Montenegro", reiterou.
Falando sobre o crescimento da extrema-direita, que volta a subir nestas eleições, Pedro Nuno Santos disse que se tornou "mais violenta, mais agressiva e mais mentirosa" e que esta "deve ser combatida com coragem, sem complacência, olhos nos olhos, esteja ela no poder ou a influenciar quem está no poder". Também
Assegurando ter sentido o partido unido e sempre consigo durante o período em que esteve à frente do partido, Pedro Nuno Santos assumiu a responsabilidade do resultado desta noite e, a rematar o discurso, apresentou a demissão. "Não conseguimos ganhar estas eleições. O povo português falou com clareza. Pedi eleições internas, às quais não serei candidato", declarou, visivelmente consternado e emocionado, sob forte apoio da comitiva socialista. E terminou citando o fundador do partido: "Como disse Mário Soares, só é vencido quem desiste de lutar e eu não desisti de lutar!"
O PAN perdeu mais de 38 mil eleitores face a 2024, caindo de 118 mil para 80 mil, mas conseguiu reeleger Inês Sousa Real para a Assembleia da República, com 1,36% dos votos em território nacional, abaixo dos 1,93% do ano passado.
A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, foi eleita por Lisboa, como há um ano, e praticamente em cima da meta. “Esta eleição, contra todos os que anunciavam a nossa saída do Parlamento, é sem dúvida muito importante para as causas que defendemos e devemos orgulhar-nos”, disse a deputada do partido Pessoas-Animais-Natureza. “A causa animal, os direitos da mulher e da inclusão continuam no Parlamento”, acrescentou.
A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda assumiu, este domingo, a "grande derrota" do partido mas não tenciona sair da liderança. Mariana Mortágua antecipa que mantém moção à próxima Convenção Nacional e diz que vai reconstruir a Esquerda para combater a extrema-direita.
O líder da Iniciativa Liberal acredita ter lutado até agora para alcançar a confiança dos portugueses, orgulhando-se da trajetória do partido até aqui e a acreditar que fez “uma campanha pela positiva quando outros optaram pelo ataque pessoal”.
“Dissemos que íamos crescer e de facto crescemos, em percentagem, em número de votos, e recuperámos o quarto deputado em Lisboa”, disse Rui Rocha, no primeiro comunicado ao país depois do lugar alcançado nas legislativas.
“Como sempre dissemos estaríamos disponíveis para uma solução de governo e de uma solução para o país, mas aquilo que vemos é que com estes resultados as maiorias estão constituídas, mas temos de dizer aos portugueses que têm aqui um partido de confiança que os vai defender”, afirmou o líder da IL. "Desta vez liberal, no futuro será liberal e cá estaremos para acelerar Portugal. Estamos disponíveis para as conversas dos próximos dias, com a confiança de sermos nós próprios, não vamos em populismos, não vamos oferecer tudo a todos, não vamos trair a confiança dos que hoje votaram em nós”.
Rui Rocha promete “ética, rigor e transparência, com energia renovada, maior representação no Parlamento”, com a certeza de que está à frente do partido que “quer dar mais aos portugueses”.
A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, foi eleita por Lisboa, como há um ano, e praticamente em cima da meta. “Esta eleição, contra todos os que anunciavam a nossa saída do Parlamento, é sem dúvida muito importante para as causas que defendemos e devemos orgulhar-nos”, disse a deputada do partido Pessoas-Animais-Natureza. “A causa animal, os direitos da mulher e a inclusão continuam no Parlamento”, acrescentou.
O PAN perdeu mais de 37 mil eleitores face a 2024, mas conseguiu reeleger Inês de Sousa Real para a Assembleia da República, com 1,36% dos votos em território nacional, quatro centésimas acima do ADN, que ficou com 78914 boletins e 1,34%.
Explosão de alegria no quartel-general da Iniciativa Liberal, com o anúncio do nono deputado, o que garante mais um do que nas eleições de 2024. A noite começou a meio gás, mas os liberais percebem agora que registam uma subida de votos e pelo menos mais um deputado, o que significa que este será o seu melhor resultado de sempre, depois dos 4,91 em 2022 e dos 4,94 em 2024.
“Nesta campanha, afirmámos a CDU como uma grande força de coragem seriedade e confiança”, frisa Paulo Raimundo, de voz rouca, agradecendo a todos os que se esforçaram na coligação, em particular a juventude, “que deu a esta campanha uma expressão de grande dinâmica e audácia que deu furtos no presente e vai dar frutos no futuro”.
O secretário-geral da CDU considerou que o resultado “não reflete nem a expressão de apoio e reconhecimento que a campanha mostrou, nem o que a situação do pais exigia como uma CDU mais reforçada”. E que foi “um resultado inseparável de fatores objetivos e subjetivos em que pesaram a difusão de elementos de preconceito a recorrente falsificação e menorização da CDU e das sua propostas”, mas que, mesmo assim, “tudo indica”, permitiu manter o mesmo número de deputados.
Paulo Raimundo frisou que “cada voto conta e nenhum voto será desperdiçado ou traído”, podendo “os trabalhadores e o povo e a juventude” contar com a CDU para dar respostas aos problemas que se colocam na vida de todos e “defender a liberdade, a democracia, a Constituição da República e a paz”.
Para o secretário-geral da CDU, o resultado da AD foi obtido “pela instrumentalização da ideia de estabilidade governativa a partir de uma política que promove todos os dias a instabilidade na vida de cada um” e a “vitimização, associada à falta de credibilidade do PS, que não só não assumiu uma perspetiva de caminhos distintos da AD, como, antecipadamente, se mostrou disponível para viabilizar um seu Governo”.
Já o resultado do Chega, prosseguiu, “é inseparável dos meios financeiros, mediáticos e outros que hoje estão colocado à promoção de um serviço de valores reacionários e antidemocráticos”. Paulo Raimundo terminou garantindo que este “é o tempo de combate, é o tempo de democratas e patriotas assumirem o caminho de resistência e da luta contra o retrocesso”.
"O Livre vai apresentar o máximo de listas progressistas para disputar no terreno a alternativa radicalizada que temos no nosso país", afirmou o porta-voz do Livre, que aludiu ao movimento internacional de direita que tem vindo a ganhar dimensão em vários países europeus. Rui Tavares prometeu ainda reforçar a luta antifascista, ecologista e progressista, "a partir de Portugal e para o Mundo". O deputado falou ainda da necessidade de ter um candidato a presidente da República que respeite o compromisso "com o Estado de direito, social e ambiental". Com seis deputados eleitos, o líder do Livre falou daquilo que será uma jornada dura, mas sabendo que "há futuro e o futuro é livre".
Subindo ao palco usando um e keffiyeh (tradicional lenço palestiniano), a dirigente do Bloco de Esquerda assumiu a derrota do partido, mas reiterou a presença bloquista no panorama político nacional. "Esta foi a campanha nacional das nossas vidas", começou por dizer, perante o que considera ser uma viragem à Direita no mundo, na Europa e em Portugal. Uma viragem que leva consigo a "esperança" de muita gente e acarreta uma "ideologia de medo e ódio". "Não escolhemos os tempos em que calhámos viver", atirou.
"Identificámos esse perigo desde o início destas eleições e foi por isso que quisemos trazer toda a força do BE", acrescentou a deputada, que foi hoje eleita por Lisboa, a propósito da entrada na campanha de três históricos do partido, Francisco Louçã, Luís Fazenda e Fernando Rosas. "O Bloco de Esquerda tem uma grande derrota esta noite e é importante assumirmos essa derrota com toda a frontalidade. É o primeiro passo para fazermos uma reflexão conjunta para aprendermos e construimos o partido para futuro", assumiu, deixando, ainda assim, uma certeza ao país. "Quero dar uma garantia a toda à Esquerda em Portugal: p Bloco de Esquerda está aqui e vamos todos ficar aqui", asseverou.
Rui Tavares agradeceu aos mais de 200 mil portugueses que votaram no Livre. "Nunca se arrependerão do vosso voto", apontou o porta-voz do partido, prometendo ir a todos os cantos do país falar com os portugueses. "Não achamos normal ter um país em que a direita se radicalizou, a extrema-direita em crescendo e a esquerda a decrescer". Sendo a exceção à esquerda, Rui Tavares pediu aos militantes que oiçam as pessoas que lhe são próximas e que lhes digam que "Portugal é mais do que isto".
Na sede da AD, o presidente do CDS foi o primeiro dos dois líderes da coligação a discursar, afirmando que, com o resultado eleitoral apurado, "fez-se justiça à AD". "A AD voltou a vencer as eleições, reforçando o resultado de há um ano em percentagem, em votos e em mandatos. Deste modo, foi também reforçada, não apenas este aspeto mensurável, foi também reforçada a legitimidade e a credibilidade deste projeto político, do Governo, e principalmente do seu líder, Luís Montenegro", afirmou Nuno Melo.
O presidente do CDS defendeu ainda que "ficou "demonstrado que a crise política, que foi criada pelas oposições, era totalmente desnecessária", e que resultou numa "pesada derrota" para o PS, "que deu causa" às eleições antecipadas. "Que lhes siva de lição", atirou Melo.
Por fim, o líder centrista agradeceu "profundamente e sinceramente" aos eleitores que tornaram possível a vitória da AD, garantindo que a coligação vai cumprir o desígnio lançado por Pedro Passos Coelho. "Estamos aqui para governar, para resolver os problemas dos portugueses, com competência, com profundo sentido de missão e com um profundo espírito reformista".
Numa sala a rebentar pelas costuras, centenas de militantes da AD aguardam pela chegada dos líderes da coligação, Luís Montenegro e Nuno Melo, que será o primeiro a falar. Enquanto a hora não chega, os apoiantes ouvem os discursos dos restantes líderes partidários.
Mariana Mortágua é a única eleita, até ao momento, do Bloco de Esquerda.
O Chega conseguiu quatro deputados por Faro, seguido pela AD, que obteve três mandatos. O PS conseguiu dois.
O Chega elegeu o 51.º deputado, ultrapassando o número de parlamentares eleitos na anterior legislatura.
Com 44,39% dos votos, a coligação PSD/CDS venceu as eleições legislativas no distrito de Vila Real, elegendo Ana Paula Martins (ministra da Saúde), Fernando Queiroga e Amílcar Almeida, que já era deputado na anterior legislatura. O PS apenas conseguiu um mandato, perdendo um lugar em relação às anteriores eleições, passando de 29% dos votos para 24,5 %. Quem vai para o Parlamento é Rui Santos, ex-presidente da Câmara de Vila Real e histórico do partido em Trás-os-Montes. Pelo Chega, Maria Manuel Tender, que já tinha sido eleita em 2024, reforçou a votação do partido de André Ventura, passando de 17%, no ano passado, para 19%.
A CDU elegeu os seus primeiros dois deputados: pelas 22.40 horas, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, foi eleito por Lisboa e, poucos minutos depois, Paula Santos por Setúbal.
João Torres, vice-presidente do grupo parlamentar do PS, à RTP3: “Mais do que uma reflexão, o PS tem de fazer um exame de consciência. Mas acho que todas as forças partidárias devem fazer esse exame”
Nos Açores, apesar de ter baixado a votação, de 39,8% no ano passado para 36,56%, a coligação PSD/CDS obteve mais um mandato: elegeu Paulo Moniz, Francisco Pimentel e Maria Menezes. O PS, que tinha conseguido dois mandatos com 28,1%, ficou agora com 23,6%, perdendo um lugar no Parlamento, onde se irá sentar Francisco César. O Chega aumentou a votação passando de 15,7%, obtido por Miguel Arruda em 2024, para 22,85%, elegendo Francisco Lima.
A CDU falhou a eleição de Bernardino Soares no distrito de Beja, uma das apostas do partido para estas eleições.
Mariana Vieira da Silva, deputada do PS e antiga ministra da Costa, à Rádio Renascença: “É uma derrota muito pesada. O PS tem de se concentrar nos motivos e refletir. Não foi o PS que provocou as eleições, mesmo que vá ser prejudicado”
A AD - Coligação PSD/CDS venceu no distrito de Viana do Castelo nas eleições legislativas deste domingo, com 39,57% dos votos e três deputados eleitos, quando estão apuradas as 208 freguesias.
Segundo os resultados provisórios oficiais da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o Chega foi a segunda força política no distrito com 22,97% dos votos e um deputado eleito e o PS ficou em terceiro com 21,72% dos votos e também um deputado.
A AD venceu as eleições no circuito eleitoral de Viana do Castelo e elegeu três deputados, mais um que nas eleições anteriores e que foi retirado ao Partido Socialista que passa a um eleito. O Chega foi a segunda força política mais votada e manteve um deputado, tal como tinha acontecido nas últimas eleições.
Com contagem concluída nos dez municípios do Alto Minho, a AD conquistou 39,57% dos votos, o Chega 22,97% e o PS 21,72%.
A AD venceu em todos os municípios, com destaque para os de tradição socialista (e com maioria na câmara), Viana do Castelo (AD 34,68%, PS 23,18% e Chega 23,09 %), Paredes de Coura (AD 35,28%, PS 29,24% e Chega 20,68%), Caminha (AD 35,19%, PS 25,72% e Chega 22,15%) e Melgaço (AD 42,45%, PS 30,56% e Chega 15,15%).
Em Vila Nova de Cerveira, um concelho também gerido atualmente pelo PS, a AD venceu com 33,63% e o Chega foi a segunda força mais votada, com 29,13%. O PS teve 24,15% dos votos.
Em Valença, também com câmara PS, a AD e o Chega ficaram a cerca de três pontos um do outro, respetivamente 35,41% e 32,70%. O PS contou 20,38% dos votos.
Em Arcos de Valdevez (PSD), AD 48,91%, PS 19,98% e Chega 19,69%; Ponte da Barca (PSD) AD 42,76%, PS 23,65% e Chega 20,57%; Monção (PSD) AD 43,02%, Chega 22,78% e PS 20,35%.
Em Ponte de Lima, bastião do CDS, a AD teve 46,99% dos votos, o Chega 22,95% e o PS 15,45%.
Pelo circulo eleitoral de Viana do Castelo, são eleitos cinco deputados desde 2024. Até agora a AD detinha 2, o PS 2 e o Chega 1.
Aguiar-Branco é cabeça de lista da AD, seguido de João Esteves, que deixou a câmara de Arcos de Valdevez para se candidatar e, em número três, Manuela Carvalho.
Marina Gonçalves liderou a lista do PS, com José Maria Costa em número 2. E o Chega candidatou Eduardo Teixeira, deputado na anterior legislatura.
Atento aos resultados, Pacheco de Amorim acredita que o Chega estará, "naturalmente, disponível para uma coligação", desde que a AD aceite "as reformas estruturantes" que o país precisa para deixar de crescer "0,3% ao ano".
"Se Luís Montenegro quiser governar sozinho, faz mal. Estaremos aqui daqui a um ano e três meses", afirma o vice-presidente da Assembleia da República aos jornalistas. Alinhado com o líder, afirma que o bipartidarismo, agora quebrado pelo Chega, era "um sistema mortal para o país".
A confirmarem-se os resultados, sublinha, a AD reforça o número de deputados no Parlamento mas ainda fica "longa da maioria, mesmo com a famosa IL". Por isso, considera, resta a Luís Montenegro "fazer uma coligação com o PS, com o Chega ou daqui a um ano e três meses voltamos a ter eleições. Parece-me óbvio".
Sobre o possível desaire do PS, admite que os socialistas "não vão perdoar a Pedro Nuno Santos". "Imagino que vão escolher um líder mais moderado, como José Luís Carneiro" que pode até negociar um "bloco central", mas esse cenário, insiste, "será um pântano".
O primeiro deputado do Livre eleito nestas legislativas é Jorge Pinto, pelo Porto.
Quase duas horas depois do anúncio das projeções, ouviram-se os primeiros gritos de "LIberal, Liberal" no quartel-general da IL, em Lisboa, quando foram anunciados os nomes de Rui Rocha e Carlos Guimarães Pinto como deputados eleitos.
Aos poucos, os militantes começam a mostrar-se mais animados, porque, mesmo que os resultados não apontem para a possibilidade de uma coligação pós-eleitoral com a AD para chegar a uma maioria parlamentar, olhando para os valores até agora apurados, o partido surge com mais votos que nas últimas eleições e é mesmo muito provável que obtenha o seu melhor resultado de sempre em legislativas.
A AD venceu as eleições no distrito de Coimbra, com quatro deputados eleitos. O PS conseguiu três mandatos e o Chega dois.
O PS venceu no distrito de Évora nas eleições legislativas de hoje, com 27,81% dos votos e 1 deputados eleitos, quando estão apuradas as 69 freguesias.
A AD - Coligação PSD/CDS venceu no distrito de Castelo Branco nas eleições legislativas de hoje, com 32,30% dos votos e dois deputados eleitos, quando estão apuradas as 120 freguesias.
Segundo os resultados provisórios oficiais da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PS foi a segunda força política no distrito com 28,59% dos votos e um deputado eleito e o Chega ficou em terceiro com 23,36% dos votos e também um deputado.
A AD - Coligação PSD/CDS venceu no distrito de Viseu nas eleições legislativas deste domingo, com 42,73% dos votos e quatro deputados eleitos, quando estão apuradas as 277 freguesias.
A coligação AD venceu as eleições na Madeira com 41,3% dos votos e elegeu Pedro Emanuel Coelho, Vânia Jesus e Paulo Neves. O Chega, que surgiu em segunda posição com 20% dos votos, vai ter Francisco Gomes na Assembleia. Pelo PS, que perdeu um deputado em relação às legislativas do ano passado, será deputado Francisco Gomes, com 13,46%. Pela primeira vez, o JPP conseguiu um mandato e elegeu Filipe Sousa, com 12,32%.
A AD - Coligação PSD/CDS venceu as eleições legislativas de hoje no distrito de Bragança, com 43,74% dos votos e dois deputados eleitos, quando estão apuradas as 226 freguesias.
Segundo os resultados provisórios oficiais da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PS elegeu também um deputado, mantendo-se assim a distribuição de assentos parlamentares neste círculo eleitoral em relação às legislativas de 2024.
Numa altura em que continuam a apurar-se resultados, o ambiente é de descontração na sede da AD. Pelas diferentes salas, centenas de militantes e apoiantes do PSD e do CDS conversam tranquilamente, mas surpreendidos com os indicadores que colocam o Chega à frente do PS.
O país libertou-se de "uma amarra de 50 anos", disse André Ventura à entrada no hotel Marriott. A noite ainda está no início, mas a confirmarem-se as projeções, nomeadamente o segundo lugar do Chega, será "uma grande vitória".
"Um partido que quebra os dois grandes partidos da governação só pode significar que o Chega é hoje a grande alternativa", afirmou. Os militantes receberam-no com cânticos: "Ventura chegou, o sistema abalou, Luís vai lá trabalhar para o Ventura poder governar!" ou "Pouco importa se eles falam bem ou mal, queremos o Ventura a mandar em Portugal".
Abatido, Ventura repetiu o argumento já defendido por Pedro Pinto: a confirmar-se as projeções o Chega quebra o bipartidarismo e assume-se como alternativa. Interpelado se irá falar com Luís Montenegro sobre o próximo governo, sublinhou que saiu da missa direto para o hotel e que ainda não tinha analisado resultados.
"É uma vitória do país, não é minha, o país conseguiu desamarra-se de 50 anos disto", insistiu.
A sala, já cheia de militantes, voltou a festejar a vitória do Chega, anunciada nas televisões, no distrito de Beja.
Cerca de uma hora e meia depois da divulgação das sondagens à boca das urnas que dão um resultado desolador para o Partido Socialista, a direção do partido ainda não reagiu aos prováveis resultados nas eleições deste domingo. Pedro Nuno Santos já foi eleito pelo círculo de Aveiro.
Naquela que foi a primeira reação da AD às projeções, Hugo Soares - entretanto já eleito pelo círculo eleitoral de Braga -, reagiu perante a multidão de militantes, afirmando que a AD “saiu reforçadíssima deste ato eleitoral”.
O secretário-geral do PSD considerou que a “vitória eleitoral reforçadíssima” da coligação PSD/CDS prova que o país “reforçou a confiança no Governo de Portugal e no chefe do Governo, o Dr. Luís Montenegro”. “Os portugueses tiveram uma firma convicção neste ato eleitoral: avaliar o Governo, reforçar a confiança no chefe do Governo e escolher, de forma inequívoca, a AD para continuar a governar os destinos de Portugal”, sublinhou o também líder da bancada laranja, sem fazer qualquer referência aos indicadores que abrem a possibilidade de o Chega ficar em 2.º lugar.
O número dois da lista do PAN por Lisboa, António Morgado Valente, disse hoje que o partido está confiante de que terá uma “boa representatividade” no parlamento, e salientou que as primeiras projeções das televisões já falharam no passado.
Numa reação, no quartel-general do partido para a noite eleitoral, num hotel em Lisboa, às primeiras projeções dos resultados eleitorais divulgadas pelas televisões, o candidato do PAN disse não querer “falar antes do tempo mas que garantiu que o partido aguarda “sereno, tranquilo e confiante” o fim da contagem dos votos.
“Já o ano passado as sondagens não se refletiram naquilo que foi o final dos resultados e portanto vamos aguardar, serenos, com tranquilidade, ver quais são os resultados que no final vão ser efetivos e qual será o resultado do PAN. Relativamente a outros resultados, vamos ver também o que é que nos reserva esta noite”, acrescentou o membro do PAN.
António Morgado Valente disse que o partido está confiante de terá “bons resultados” e “uma boa representatividade na Assembleia da República”.
Isabel Soares, mandatária do PS para as legislativas, afirmou ao JN que o partido deve refletir sobre os resultados das eleições: "Tenho uma imensa preocupação sobre a subida da extrema-direita, direita não democrática. É algo que me assusta muitíssimo. É o que está a verificar em toda a Europa e agora chegou aqui a Portugal, 50 anos depois do 25 de Abril, acho que isto é dramático e temos que refletir sobre isto". "Acho que o PS deve refletir sobre o que falhou na sua mensagem", acrescentou.
O presidente do PSD e atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, foi o primeiro líder partidário a ser eleito nas eleições legislativas antecipadas de hoje, pela lista da coligação AD (PSD/CDS-PP), no círculo eleitoral de Aveiro.
A noite eleitoral da Iniciativa Liberal vive um ambiente bem diferente do que aquele que aconteceu nas eleições de 2024, onde era notória a satisfação dos presentes com o resultado desse escrutínio, que deu ao partido cerca de 5% dos votos e a eleição de oito deputados.
Neste domingo, no quartel-general, instalado no Palácio de Xabregas, em Lisboa, o ambiente é tudo menos de entusiasmo. Ao contrário do que estava previsto, nenhum representante da direção veio ainda comentar as projeções e os militantes estão espalhados pelo espaço, conversando em pequenos grupos, ouvindo, aqui e ali, os comentários nas televisões, mas sobretudo a olharem para os telemóveis a fazer contas de cabeça sobre o possível resultado final. A noite prevê-se longa e sem euforias.
A CDU “resiste apesar de todos os maus augúrios”, considera João Oliveira. O eurodeputado comunista subiu ao palco do Sana Metropolitan para uma primeira reação às projeções. João Oliveira sublinhou “a alteração de sentido negativo” da composição do Parlamento. Porém, realçou que “ainda há muito em aberto” e que os portugueses podem contar com a CDU para apontar “um caminho alternativo”.
O dirigente bloquista Jorge Costa antecipou hoje que o partido vai ter uma “noite e tempos difíceis” pela frente, falando numa “vitória da direita em toda a linha”, após serem conhecidas as primeiras projeções de resultados para as legislativas.
“Temos uma noite difícil pela frente e tempos difíceis pela frente. As projeções apontam para uma vitória da direita em toda a linha. O somatório dos votos do Partido Socialista e dos partidos à esquerda nunca foi tão pequeno em eleições legislativas”, considerou Jorge Costa, dirigente do ‘núcleo duro’ do partido.
O bloquista defendeu que “a luta por questões essenciais da igualdade, do acesso à habitação, do direito dos trabalhadores por turnos, das questões da oposição à guerra e em defesa da paz” foram “o centro” da campanha bloquista.
“Uma campanha militante, porta a porta, olhos nos olhos, que é como o Bloco de Esquerda vai continuar a intervir neste cenário difícil. Vamos esperar pelos resultados finais”, finalizou.
Seis minutos depois das primeiras projeções Pedro Pinto afirma que a noite "vai ser longa", mas os resultados apontam para um "resultado histórico", com o partido a reforçar a percentagem e a poder aumentar a bancada de 50 deputados.
"Ainda não sabemos se vamos ficar em segundo ou terceiro lugar, aquilo que sabemos é que o sistema já está a tremer", afirmou o líder parlamentar, defendendo para gaudio dos militantes na sala que "o Chega quebrou definitivamente o bipartidarismo em Portugal e assume-se como alternativa de Governo".
A contagem para divulgação das projeções nas televisões, foi entoada como se de uma passagem de ano se tratasse, e ouviram-se gritos de alegria: "Na próxima ganhamos!".
"O Chega é essencial para uma maioria de Governo", insistiu Pedro Pinto. Sobre o cenário pós-eleitoral e viabilização de um governo estável, o líder parlamentar defendeu que há "muito tempo para conversar e que a AD também tem que refletir sobre o resultado do Chega".
A coordenadora do BE declarou-se "super tranquila", ao chegar à Casa do Alentejo, um local "tão simbólico" que foi escolhido pelo BE para passar a noite eleitoral. "É um bom estado de espírito. Estou super tranquila e contente. Fizemos uma grande campanha, uma boa campanha", garantiu.
O socialista Sérgio Sousa Pinto afirmou que se o PS não acabar com a atual direção, a direção acaba com o partido, face às projeções dos resultados eleitorais que dão vitória à AD e aproximam o Chega do PS.
Em declarações na TVI/CNN, enquanto comentador da noite eleitoral, o deputado disse que estes resultados são “uma calamidade” que “obriga o PS a tomar decisões”.
“A magnitude do desastre é a única notícia da noite”, afirmou, comentando as projeções dos resultados eleitorais divulgadas pelas televisões que dão vitória à AD nas eleições legislativas ao obter entre 29% e 36,9%, seguindo-se o PS e o Chega a discutirem o segundo lugar. “O partido vai ter de encarar as razões desta tragédia”, referiu, escusando-se a responder se defendia a demissão de Pedro Nuno Santos.
Contudo, observou que o futuro do PS está em causa e que se o partido não acabar com esta direção, esta direção acaba com o partido.
A ministra que recebeu as críticas mais duras durante os 11 meses do Governo da AD já foi eleita. Ana Paula Martins foi cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Vila Real.
Os bloquistas presentes no local escolhido pelo partido para acompanhar os resultados da noite eleitoral das legislativas entoaram hoje “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais”, após serem conhecidas as primeiras projeções das televisões.
Na Casa do Alentejo, em Lisboa, os bloquistas ouviram sentados nas mesas onde estão a jantar as primeiras projeções das televisões, em três ecrãs diferentes dispostos pelo salão. Os primeiros minutos foram de silêncio e chegaram a surgir algumas expressões de desalento entre os presentes, onde se encontrava também a coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua.
Pouco depois, os bloquistas entoaram “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais”, várias vezes. A confirmarem-se os valores das primeiras projeções, o BE pode diminuir a sua representação parlamentar.
António Leitão Amaro, cabeça de lista da AD pelo círculo eleitoral de Viseu, foi o primeiro deputado a ser eleito, de acordo com os resultados do Ministério da Administração Interna.
Às 20 horas em ponto, a sala onde se reúnem centenas de apoiantes da AD irrompeu num gigante estrondo de aplausos e gritos de felicidade. "Vitória, vitória, vitória", celebraram os militantes, abraçando-se em euforia.
As projeções das sondagens à boca das urnas foram recebidas em clima de serenidade na sede da IL. Os apoiantes presentes não expressaram reação ao anúncio e muitos concentraram-se apenas nos telemóveis em busca de mais informações
"Gostaríamos de cumprimentar todos os portugueses que participaram nestas eleições. O PS está nas eleições para ganhar. Ainda há portugueses a votar nos Açores", disse Pedro Vaz, do Partido Socialista, numa reação aos números da abstenção, ainda que não os tenha comentado.
A 20 minutos da divulgação das sondagens à boca da urna, a sala do Altis ainda se encontra vazia.
Na sede eleitoral do Chega "respira-se confiança". Acreditando nas sondagens à boca das urnas que dão o partido colado ao PS, o eurodeputado António Tânger Corrêa crê que o "não é não" de Luís Montenegro vai cair. "Sou contra cordões sanitários. É totalmente antidemocrático. Vai cair mais cedo ou mais tarde", afirma ao JN à chegada ao hotel Marriott.
O eurodeputado considera que a recusa da AD em negociar com o Chega traduz "o medo da ascenção do partido e dos patriotas. É uma questão de poder e de medo de perda de poder", explica. A confirmar-se as projeções, defende, será demonstrativo de que os eleitores querem que o Chega tenha "uma palavra a dizer na condução política do país". Percebem "que temos as melhores sugestões de gestão" para o país, frisa.
Com a divulgação das sondagens à boca das urnas, fez-se silêncio no Hotel Altis, em Lisboa, onde os militantes se juntaram para acompanhar a noite eleitoral. Há um ambiente de apreensão e desânimo.
As sondagens à boca da urna da RTP, SIC e TVI apontam no mesmo sentido, dando a vitória nas eleições deste domingo à AD, de Luís Montenegro. O Partido Socialista fica em segundo lugar, mas com o Chega a subir e até a poder ultrapassar os socialistas.
RTP/Católica
AD 31,5%
PS 23,5%
Chega 22%
IL 5,5%
Livre 4,5%
CDU 3%
BE 2%
PAN 1,5%
SIC/GFK
AD 32,5%
PS 23,7%
Chega 22%
IL 5,8%
Livre 4,9%
CDU 2,7%
BE 2,3%
PAN 1,5%
TVI/Pitagórica
AD 32,1%
PS 22,4%
Chega 22,5%
IL 6,5%
Livre 4,7%
CDU 2,8%
BE 2,6%
PAN 1,5%
Acompanhado pela mulher e pelos dois filhos, Luís Montenegro foi recebido com uma salva de palmas no átrio do Hotel Epic Sana Marquês. Aos jornalistas, o presidente do PSD teceu poucas palavras, dizendo apenas estar "muito tranquilo e confiante". "Eu falarei mais logo, como sabem", afirmou, antes de se despedir.
Margarida Balseiro Lopes, cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Leiria, comentou há instantes as projeções da abstenção, considerando que estão "em linha" com a participação das últimas eleições, em 2024, "o que coloca esta participação eleitoral a um nível bom, na medida em que é inferior àquela que se vinha a passar nos últimos 20 anos”.
Depois de agradecer aos portugueses, pela "maturidade democrática", e a todos os que tornaram o "ato eleitoral possível", a ministra da Juventude e da Modernização afirmou que a AD está com "muita confiança e muita serenidade a aguardar os resultados eleitorais".
Como quatro portugueses na costa leste dos EUA vivem as eleições legislativas em Portugal, com o coração perto da terra e a política ao longe.
A dirigente do BE Andreia Galvão saudou, este domingo, uma "tendência para a redução da abstenção" e adiantou que o partido aguarda os resultados “com muita serenidade”. “Parece verificar-se uma tendência para a redução da abstenção. Nós valorizamos que haja 50 anos de voto livre, universal, 50 anos em que as mulheres puderam votar pela primeira vez, isso é a força da democracia”, salientou Andreia Galvão.
O mandatário da coligação AD (PSD/CDS) em Braga, João Granja, apresentou, esta tarde, queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) contra a Junta de Freguesia de S. Vitor e o seu presidente, Ricardo Silva, por “violação do dever de imparcialidade”.
A violação, diz, consistiu na publicação no site institucional da Junta de um apelo ao voto, "ilustrado por uma foto do eleitor António Braga, que é quadro do Partido Socialista, foi deputado à Assembleia da República em diversos mandatos e membro de governos socialistas e é candidato publicamente assumido à Presidência da Câmara de Braga nas próximas eleições autárquicas, já com dezenas cartazes seus espalhados por todo o concelho”.
O socialista, diz ainda a AD, votou hoje na mesa 3 da freguesia de S. Victor e aproveitou uma foto similar que publicou no seu Facebook: “O presidente da Junta de Freguesia de S. Víctor, Ricardo Silva, tem mais de 11 anos de desempenho desta função, fez parte dos órgãos diretivos da ANAFRE, e sabe bem que não pode, nem deve, proceder desta forma.”
Pede, por isso, que a Comissão Nacional de Eleições “determine a imediata remoção da fotografia do site institucional da Junta de Freguesia de S. Víctor, e aplique, em função da gravidade da situação descrita e provada, as respetivas contraordenações e demais disposições legais aplicáveis”.
Contactado pelo JN, o autarca visado – eleito como independente – disse desconhecer a queixa, pelo que aguarda serenamente a decisão da CNE. Apesar disso, sublinha que o socialista retratado na foto não é candidato às eleições legislativas e, de resto, nela não consta nenhum símbolo partidário, sendo visíveis pessoas de outros partidos: “Não percebo porque é que há celeuma! Quem tem medo de fantasmas, talvez venha a encontrar um!”
Apesar da queixa da AD ser "muito urgente", a CNE ainda não se pronunciou sobre ela.
A CDU, através de Margarida Botelho, mostrou-se confiante num “reforço” da votação e culpa a “falta de resposta que as pessoas sentem aos problemas da sua vida” pelo aumento da abstenção. Numa declaração, à porta da sede do PCP, em Lisboa, a militante comunista salientou que a CDU procurou fazer “uma campanha de esclarecimento, de abordagem dos principais problemas do país e do mundo e do quotidiano da vida das pessoas” e mostrou-se confiante que isso se irá refletir “no reforço da CDU”.
Alexandra Leitão, líder parlamentar do PS, diz não estar desanimada e afirmou que "as sondagens tendem a subestimar o PS", garantindo que acredita numa vitória dos socialistas. Sobre uma possível demissão de Pedro Nuno Santos, disse que é um cenário que o partido não pode fazer.
O Chega avalia as projeções que dão uma abstenção entre os 34 e 47% "com bastante satisfação". No hotel Marriott, que serve de sede para a noite eleitoral, Rui Paulo Sousa sublinhou que a participação "demonstra que os portugueses viram estas eleições com bastante preocupação e votaram".
"O ideal seria que todos votassem, mas se continuarmos com a tendência dos últimos anos e chegarmos aos 20% é um valor que dignifica as instituições e que demonstra que os portugueses estão cada b«vez mais preocupados e empenhados", afirmou o deputado.
André Ventura, que votou por volta do meio dia, apelou ao voto, defendendo que é "a saúda da democracia que hoje está em causa". O líder do partido, que na segunda semana de campanha foi hospitalizado por duas vezes, deve chegar ao hotel pouco depois das 20 horas. Depois de votar, Ventura terá passado a tarde em casa, a descansar, e às 19 e 15 horas foi à missa na igreja de São Nicolau.
Pedro Nuno Santos chegou há instantes ao hotel Altis, em Lisboa, onde a comitiva socialista vai passar a noite eleitoral.
O líder parlamentar do PSD chegou por volta das 17.45 horas ao Hotel Epic Sana Marquês, em Lisboa, local escolhido para a noite eleitoral da AD. À chegada, Hugo Soares não prestou declarações aos jornalistas.
RTP/Universidade Católica - entre 36% e 42%
SIC/GFK Metris - entre 34,7% e 39,7%
TVI/CNN: entre 41,5% e 47,7%
À chegada ao Hotel Altis, Pedro Nuno Santos, líder do PS, disse estar a aguardar pelos resultados do escrutínio deste domingo, garantindo não estar nervoso: "Não estou nervoso, estou expectante", afirmou aos jornalistas a quem disse já ter "algumas coisas pensadas" para dizer.
Já o presidente do PS, Carlos César, disse estar "muito sereno".
Joaquim Miranda Sarmento e Pedro Reis, ministros das Finanças e da Economia, mostraram-se "serenos" à chegada da sede da coligação PSD-CDS, porque "o povo português decide sempre bem". "A nós compete-nos olhar para os resultados sem qualquer dramatismo", afirmou Miranda Sarmento, cabeça de lista da AD pelo círculo eleitoral de Lisboa.
O presidente do PSD arrancou há instantes da sede nacional do partido, em direção ao Hotel Epic Sana Marquês, local escolhido para a noite eleitoral da AD. Dentro de 10 minutos, deverá chegar à sede da coligação.
António Mendonça Mendes, à entrada do hotel Altis, afirma aos jornalistas que é preciso "aguardar pelos resultados com serenidade".
O Bloco de Esquerda vai acompanhar a noite eleitoral no restaurante "Casa do Alentejo", em Lisboa, onde ainda não existem movimentações de apoiantes ou de dirigentes do partido, que tentou fazer uma campanha diferente, sem arruadas ou visitas a feiras.
Nuno Melo, presidente do CDS-PP, reconhece que a noite será longa, mas mostrou-se confiante na vitória da coligação da AD. "O nosso apelo foi um apelo a que as pessoas votassem. Agora, neste momento é muito cedo para tudo. Nós temos obviamente uma expectativa que tem a ver com aquilo que fomos colhendo na rua, da adesão das pessoas, mas é muito cedo para fazer uma avaliação", afirmou, na chegada à sede da AD.
O presidente do CDS-PP garantiu que "tendo em conta as palavras de alento, de apoio", acredita que "a AD vai crescer". Sobre a necessidade de se juntar à Iniciativa Liberal para garantir a tão pedida estabilidade, Nuno Melo afirmou que "gostava muito que a AD vencesse, dependendo de si, não tendo de depender dos outros".
A afluência às urnas até às 16 horas foi de 48,28%. À mesma hora, em 2024, a afluência tinha sido de 51,96%.
Às 12 horas, a afluência estava acima do valor das legislativas de 2024.
Deputados do PS, como Maria Begonha e Pedro Coimbra, começam a chegar ao Hotel Altis, em Lisboa.
Na noite de todas as decisões, os dois principais partidos vão assistir aos resultados eleitorais separados por 1,7 quilómetros. A coligação PSD-CDS está no Epic Sana Marquês, junto ao Marquês de Pombal, e o Partido Socialista no Hotel Altis, na Avenida da Liberdade, uma distância de 20 minutos a pé.
Cerca de 25,56% dos eleitores inscritos nas eleições legislativas deste domingo votaram até às 12 horas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI).
Esta percentagem é superior à das últimas legislativas, realizadas em 10 de março de 2024, quando a afluência média às urnas à mesma hora se estimava em 25,21%% dos eleitores.
O antigo Chefe do Estado-Maior da Armada já votou, em Lisboa, e mostrou-se disponível para prestar declarações aos jornalistas, destacando a importância do direito ao voto.
No entanto, questionado em relação à notícia do Expresso que dá conta de que o candidato à Presidência da República teria assumido que o momento de anúncio da candidatura, em plena campanha eleitoral, foi um "erro de cálculo", Gouveia e Melo não quis responder e abandonou o local.
O presidente do Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, votou hoje numa escola básica do Funchal, manifestando a expectativa de que o país "desencalhe” deste contexto de instabilidade e “sobressalto político”.
“A expectativa é que o país desencalhe, a gente está com um país encalhado, […] com este sobressalto político. Eu acho que é necessário as democracias terem sistemas eleitorais que garantam estabilidade porque esta instabilidade constante desgasta o regime, desgasta os partidos”, afirmou Miguel Albuquerque.
Miguel Albuquerque defendeu que deve ser constituído um sistema eleitoral que tenha “uma maior ligação aos eleitores” e que “seja favorável à constituição de maiorias de governo”. “Se não, estamos sempre neste sobressalto constante e nunca conseguimos ter um quadro de legislatura que é importante para o país, para os desafios que enfrenta”, argumentou.
“Neste momento, parece que vivemos numa bolha, desligados do que se passa, da geopolítica mundial e da geopolítica europeia e as coisas estão a mudar muito rapidamente e nós andamos entretidos nestas campanhas a dizer que vamos dar mais dois cêntimos a este e distribuir mais dinheiro ou menos dinheiro. Isto não tem nenhum sentido”, apontou Miguel Albuquerque.
O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, manifestou esperança numa “forte mobilização” dos eleitores no ato eleitoral que promova a “governabilidade do país”. Bolieiro, que votou na freguesia da Fajã de Baixo, em Ponta Delgada, apelou a uma “forte mobilização no interesse do país” e que haja uma “decisão pela governabilidade”.
“O país precisa de Governo. É bom para as pessoas, para a economia e para a solidariedade que o Estado assegure uma capacidade de governação para além da mera gestão para o desenvolvimento de Portugal”, afirmou o líder do executivo açoriano, aos jornalistas.
O chefe do executivo açoriano, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, apontou que os Açores “também precisam de um Governo estável no país porque também ajuda à estabilidade nos Açores”.
Foi uma manhã com boa afluência às urnas em Barcelos. As eleições legislativas no concelho estão a decorrer sem incidentes e dentro da normalidade.
Na maior freguesia do concelho, Arcozelo, com mais de 11 mil inscritos, desde as 8 horas, que a população começou a votar nas 11 salas de voto que a EB2/3 Gonçalo Nunes acolheu.
O trânsito na avenida João Duarte antevia salas de voto cheias e a muita participação neste ao eleitoral. Uns com o passo apressado e outros a aproveitar a oportunidade para colocar a conversa em dia, todos acabavam por exercer o seu direito de voto. Barcelos tem mais de cem mil inscritos e, nas legislativas de 2024, mais de 60 mil foram às urnas.
O ex-presidente da República Cavaco Silva defendeu este domingo que votar é um dever, que na situação que se vive no mundo Portugal precisa de estabilidade para resolver “graves problemas” e exigiu competência a todos os governantes.
“Cabe hoje aos eleitores decidir em consciência quem consideram mais capaz para liderar o governo de Portugal. Faço votos para que os portugueses em geral não deixem de cumprir o seu direito de votar”, afirmou Cavaco Silva.
O ex-Presidente da República disse ainda que na situação internacional “muito complexa, muito incerta, muito exigente aos governantes”, votar “não é apenas um direito, é um dever” e por isso, espera que uma “grande maioria” vote hoje.
Cavaco Silva falava aos jornalistas à saída da Escola Josefa D’Óbidos, em Lisboa, depois de “cumprir o dever” de votar, pelas 12:00, e adiantou que vai acompanhar os resultados eleitorais em casa, em família. “Portugal precisa de estabilidade. Eu não vejo, por muito que tenho analisado e estudado, como poderá resolver os graves problemas que tem à sua frente sem estabilidade política”, considerou.
O líder do Chega, André Ventura, comentou este domingo ao final da manhã o caso de agressão ao autarca socialista Miguel Coelho, pedindo aos militantes que se manifestem "pelo voto, com calma". "Temos todos de cumprir as regras e dar o exemplo", frisou.
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O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, já votou, em Telheiras, Lisboa, apelando à mobilização dos portugueses: "Não deixemos para os outros a decisão do futuro que nós queremos", frisou. recordando que o direito ao voto livre foi "uma das maiores conquistas" do povo.
Acompanhado do filho, frisou que este é também "um dia em que se ensina a democracia", desafiando os eleitores a exercerem o seu papel na "construção de um Portugal mais justo e mais livre".
Pedro Nuno Santos fez ainda referência a um episódio violento numa mesa de voto, a envolver o militante Miguel Coelho, pedindo que o direito ao voto seja exercido com respeito pelas escolhas individuais.
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A coordenadora do Bloco de Esquerda já votou, em Lisboa, e também apelou à mobilização dos portugueses, recordando que "estes são os 50 anos do voto livre no país".
"Daí ser tão importante votar", referiu, pedindo aos eleitores que apostem nas propostas que resolvem os problemas da sua vida.
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Inês de Sousa Real votou em Lisboa poucos minutos depois das 11.30 horas. "Saiam de casa, venham votar. A democracia conta com todos e com cada um de nós", referiu, destacando que este domingo "é um dia muito importante para a democracia".
Além disso, a líder do PAN sublinhou que "é importante combatermos a abstenção".
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O socialista Miguel Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, afirmou este domingo ter sido agredido e "atirado ao chão" por alguém que gritou "vota Chega".
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Este domingo, alguns eleitores estão a deslocar-se erradamente a mesas de voto que não correspondem aos seus locais de recenseamento, confusão motivada pelo facto de, nas últimas europeias, ter sido possível votar em qualquer lugar.
Rui Tavares votou em Lisboa e fez o mesmo apelo à mobilização dos portugueses no ato eleitoral. "Venham votar, é para o bem de todos nós, é um dever que temos com o nosso país", referiu.
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O presidente da IL votou esta manhã em Braga e afirmou que o número recorde de inscritos no voto antecipado "é um excelente sinal" nestas eleições.
"Precisamos de lideranças de confiança para o país", referiu Rui Rocha, mostrando-se confiante de que "hoje vai ser um bom dia para Portugal".
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Paulo Raimundo, líder do PCP, votou poucos minutos depois das 9.30 horas em Alhos Vedros, na Moita. Foi o primeiro líder partidário a votar nestas eleições legislativas antecipadas.
Em declarações aos jornalistas, Paulo Raimundo defendeu que o partido contribuiu "para que a vida das pessoas estivesse na campanha eleitoral", sendo esse "um bom motivo" para que os eleitores participem no ato eleitoral. O candidato não quis falar sobre eventuais resultados, sublinhando que "prognósticos só depois do jogo".
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O líder da AD já votou em Espinho, referindo que a sua primeira expectativa é que haja "uma boa taxa de participação" nas legislativas. "É importante que os portugueses sintam a responsabilidade de decidir o seu futuro", referiu aos jornalistas, destacando que é preciso condições para que o país tenha "esperança e estabilidade”.
Questionado em relação às declarações de ontem do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse apenas que, este domingo, apenas quer "enaltecer a democracia".
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As eleições legislativas estão a decorrer com normalidade, apenas com algumas queixas relativas a atrasos no início da votação presencial, devido à necessidade de lançar em urna os votos antecipados, disse à Lusa fonte da Comissão Nacional de Eleições.
“Neste momento não temos informação nenhuma de boicotes, está tudo a correr na normalidade. Há pequenos incidentes pontuais, mas normais nas eleições”, afirmou o porta-voz da CNE, André Wemans.
A taxa de abstenção baixou nas duas últimas eleições legislativas, depois da tendência de subida durante décadas, tendo alcançado em 2019 o valor mais elevado desde 1975 ao atingir os 51,43%.
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A soma das votações nos partidos de esquerda parlamentar nunca baixou dos 37,9% nas eleições gerais realizadas desde o 25 de Abril de 1974, enquanto os da direita tiveram o seu pior resultado em 1975, ficando-se pelos 34%.
Nas 18 eleições gerais realizadas desde o 25 de Abril de 1974, incluindo as da Constituinte em 1975, a esquerda alcançou uma maior percentagem de votos por 12 vezes e a direita apenas em seis. O PS formou governo em 10 das 12 vezes em que a esquerda chegou à frente, tendo o PSD governado oito, duas delas com maioria de sinal contrário: no primeiro governo da AD, em 1979, e na primeira vitória de Cavaco Silva, em 1985.
A direita alcançou um dos seus melhores resultados nas legislativas de 2024, se nessa soma incluirmos os votos do partido populista de extrema direita Chega. Obteve, em conjunto, 51,8% dos votos e 138 deputados, um resultado apenas superado pela soma de toda a direita nos tempos das maiorias absolutas do PSD de Cavaco Silva em 1987 (54,6% e 152 deputados) e em 1991 (56,7 % e 141 deputados, incluindo um do extinto PSN), embora no primeiro destes sufrágios o parlamento elegesse 250 representantes, passando a partir de 1991 a eleger 230.
Bom dia!
Mais de 10 milhões de eleitores são, este domingo, chamados às urnas para eleger os 230 deputados à Assembleia da República na próxima legislatura. As mesas de voto já estão abertas, encerrando às 19 horas. Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar nestas eleições legislativas antecipadas 10,8 milhões de eleitores.
No passado domingo, mais de 314 mil eleitores dos 333.347 inscritos para o voto antecipado exerceram o seu direito, correspondendo a uma afluência de 94,45%, segundo o balanço enviado à Lusa pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.
Este número supera o registado nas eleições legislativas de 2024, onde foi registada uma taxa de participação de 93,8% no voto antecipado em mobilidade.