Principais produtos ficaram mais caros, em média, 35% nos últimos três anos, mas o vencimento mais baixo só cresceu 23%. Ovos, azeite e leite lideram a inflação.
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O preço dos produtos alimentares básicos subiu, em média, 35% desde 2022. O aumento está acima do verificado no salário mínimo nacional, que cresceu 23,4% no mesmo período. Segundo o Observatório de Preços Agroalimentar, o custo dos ovos duplicou e foi o que registou a maior inflação.
A escalada de preços generalizada decorrente do início da guerra na Ucrânia, no início de 2022, parece ter estabilizado, mas os produtos do supermercado não recuaram para os valores daquele ano. Segundo o Observatório, o cabaz de 38 alimentos básicos passou a custar 149,39 euros, em maio deste ano. São mais 38,56 euros (34,8%) do que em janeiro de 2022.
Neste período de três anos, o salário mínimo aumentou 23,4%, de 705 euros brutos para 870 euros. Segundo o INE, o salário médio cresceu 20,8%: de 1262 euros, em março de 2022, para 1525 euros, em março deste ano. Ainda de acordo com o INE, a inflação acumulada excluindo habitação foi de 15,9% no mesmo período. Ou seja, os preços do supermercado subiram acima dos salários e do restante custo de vida.
Na lista analisada pelo Observatório, os ovos de tamanho médio foram o produto que mais inflacionou e a escalada de preços é recente. Em março, meia dúzia custava 1,51 euros, em média, o que é o dobro dos 0,76 euros que a mesma quantidade custava em janeiro de 2022. Os ovos de tamanho grande vêm em segundo na lista, com uma inflação média de 92,9%.