Associação Comercial pede a ministra para travar "clima de medo" no Porto
O presidente da Associação Comercial do Porto apela à ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, para tomar medidas que travem o "clima de medo", que se tornou "manifestamente insustentável", na cidade. Numa carta, enviada segunda-feira, pede mais policiamento de rua e o alargamento da videovigilância.
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"A Associação Comercial do Porto acompanha com preocupação a crescente vaga de insegurança existente na cidade do Porto", começa por escrever Nuno Botelho, considerando "manifestamente insustentável" o "clima de insegurança e medo generalizado". Uma posição, aliás, que também tem vindo a ser manifestada pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que ontem tinha marcada uma reunião com a ministra da Administração Interna, adiada devido às negociações salariais que estão a ser mantidas com as forças de segurança.
Em causa, situações como a "delinquência associada ao tráfico e consumo de droga" ou a "confrontação entre diferentes comunidades que teve o episódio da agressão a emigrantes magrebinos, no passado de maio". Na missiva, Nuno Botelho aponta ainda "casos recorrentes de furtos a viaturas e a estabelecimentos comerciais; o ruído e a desordem provocados em zonas de diversão noturna", além do "aumento exponencial do número de pessoas e condição de sem-abrigo e que têm a mendicidade como último recurso de sobrevivência".