Ator David Corenswet substitui Henry Cavill no papel do super-herói e a modelo e atriz portuguesa diverte-se como a má da fita. O filme chega esta quinta-feira aos cinemas, com realização de James Gunn.
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Para variar dos filmes da Marvel, nada melhor que o reavivar na tela de um dos grandes heróis da DC Comics e do imaginário norte-americano, Superman. Criado pelo argumentista Jerry Siegel e pelo desenhador Joe Shuster, a personagem surgiu pela primeira vez no número 1 da revista Action Comics, a 18 de abril de 1938.
Nascido no planeta Krypton, foi enviado pelos pais para a Terra, antes da sua destruição, sendo descoberto e adotado por uma família de camponeses do Kansas, que lhe dão o nome de Clark Kent. Educado para usar os seus superpoderes para defender a justiça, é já como Superman que abandona regularmente a sua personalidade tímida e o seu posto de jornalista no Daily Planet para executar o Bem e defender-nos do Mal…
O cinema não podia deixar de lado a personagem e foram já vários os atores a quem a personagem conferiu popularidade, como George Reeves, protagonista do primeiro filme baseado na banda desenhada e de uma popular série de televisão que durou entre 1952 e 1958, o malogrado Christopher Reeve, que deu corpo ao herói em quatro ocasiões, ou o mais recente Henry Cavill, que cruzaria a personagem com outros heróis do universo da DC.
A inesperada partida de Cavill é colmatada na versão de 2025, intitulada apenas “Superman” e que chega aos nossos ecrãs esta quinta-feira, dois dias antes da estreia nos Estados Unidos, pelo relativamente desconhecido David Corenswet, que ontem completou 32 anos. Pelas primeiras reações obtidas nas sessões especiais já realizadas, Corenswet convenceu de imediato os fãs do homem de aço.
Lufada de ar fresco
Mas o grande “herói” desta verdadeira renovação da personagem é o realizador e argumentista James Gunn, um dos novos magos de Hollywood, autor do filme de culto “Esquadrão suicida” e sobretudo da trilogia “Os guardiões do Universo”.
E é graças a ele que o novo “Superman” é uma verdadeira lufada de ar fresco no cinema de super-heróis, misturando em doses perfeitas ação, fantasia e humor, sem esquecer a relação de Clark Kent com Lois Lane (a atriz Rachel Brosnahan), vilões daqueles que adoramos odiar e personagens novas e inesperadas no seu universo.
De forma inteligente, James Gunn escapou à tentação de ter de explicar de novo as origens de Superman. O nosso herói tem agora de enfrentar uma certa antipatia por parte da opinião pública, depois de, forçado pela sua boa vontade, ter tentado acabar com uma guerra num país estrangeiro, sem consultar o governo norte-americano. Quem quiser ver no filme mais do que um imenso divertimento, pode começar a apresentar os seus argumentos geopolíticos.
Sara, a loira das selfies
Quem não pode faltar num filme da série “Superman” é o supervilão, Lex Luthor, com Nicholas Hoult a oferecer-nos uma figura que já foi comparada a Elon Musk. A discussão promete.
Mas é aqui que entra Sara Sampaio. A portuense, prestes a festejar o seu 34.º aniversário, já fez história como uma das modelos mais populares da Victoria’s Secret, mas sempre ambicionou uma carreira de atriz. Fez os filmes portugueses “Carga” e “Sombra”, ambos de Bruno Gascon, entrou num vídeo de Kanye West e teve algumas participações em filmes em língua inglesa, mas a sua presença em “Superman” está longe de passar despercebida e poderá lançá-la numa verdadeira carreira internacional.
Sara Sampaio representa a personagem de Eve Teschmacher, a amiga, assistente e confidente de Lex Luthor, uma influencer loira que passa o tempo a fazer selfies. A personagem não existe, aliás, no universo das bandas desenhadas de Superman, tendo surgido antes na versão de cinema de 1978, a primeira de Christopher Reeve e então interpretada pela popular Valerie Perrine.
É também à personagem criada por Sara Sampaio que se devem alguns momentos bem humorados, num filme recheado de ação, efeitos especiais e muitas surpresas, para desvendar a partir de agora nos cinemas de todo o país.