Ministro italiano apresentou demissão devido a caso de adultério mas Meloni não aceitou
O ministro da Cultura de Itália, Gennaro Sangiuliano, alvo de revelações sobre um relacionamento extraconjugal, anunciou, esta quarta-feira, que apresentou a demissão à primeira-ministra Giorgia Meloni, que não a aceitou.
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"A primeira coisa que disse [a Meloni] foi que estava disposto a renunciar (...) Ela disse-me para continuar", declarou Sangiuliano numa longa entrevista na noite desta quarta-feira no canal RAI, a televisão pública italiana, na qual fez confissões sobre Maria Rosaria Boccia, jovem que inundou as redes sociais com relatos sobre o seu relacionamento com o ministro.
"Tornou-se um relacionamento sentimental" em maio passado, reconheceu, dizendo que o terminou "no final de julho, início de agosto".
Maria Rosaria Boccia publicou nas redes sociais, no final de agosto, a sua suposta nomeação como conselheira do ministro da Cultura para grandes eventos, o que o ministro negou.
Boccia respondeu, publicando fotografias dela em companhia do ministro em muitos eventos públicos, e-mails, cartões de embarque, entre outros, reproduzidos pela imprensa italiana.
Na entrevista, o ministro, um homem casado, afirmou, com documentos em mãos, que pagou pessoalmente todos os custos relacionados com as diversas viagens de Boccia em sua companhia e que nenhum cêntimo de dinheiro público foi gasto.
"A primeira pessoa a quem devo pedir desculpas, e que é uma pessoa excecional, é a minha mulher", disse.
O ministro também pediu desculpas a Giorgia Meloni "pelo constrangimento" que causou "ao governo".
Alguns opositores políticos pediram a renúncia de Sangiuliano.