O gabinete de segurança de Israel recomenda que o governo israelita “aprove o esboço proposto” do acordo de cessar-fogo.
Corpo do artigo
“Após ter examinado todos os aspetos políticos, de segurança e humanitários do acordo proposto, e considerando que este apoia a realização dos objetivos de guerra”, o gabinete de segurança “recomendou que o governo aprove este projeto”, refere um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
O acordo deve agora ser votado pelo Conselho de Ministros. A reunião para essa votação está marcada para as 15.30 horas (13.30 horas em Portugal continental), segundo os meios de comunicação israelitas.
“Este é um passo vital para o cumprimento do mais alto pacto entre o Estado e os seus cidadãos. Não há maior dever moral, humano, judaico e israelita. Temos de trazer todos os nossos reféns de volta a casa”, escreveu o presidente de Israel, Isaac Herzog, num post no X.
“Não tenho ilusões - o acordo trará consigo grandes desafios e momentos dolorosos e agonizantes que teremos de ultrapassar e enfrentar juntos”, acrescentou.
O acordo, anunciado na quarta-feira pelos mediadores Estados Unidos e Catar, ficou suspenso depois de Israel ter acusado o Hamas de recuar em algumas das medidas e de vários ministros da coligação governamental israelita terem ameaçado demitir-se se as tréguas fossem concretizadas.
Alcançado após meses de negociações indiretas, o acordo será dividido em três fases.
A primeira durará 42 dias e certificará o fim das hostilidades, a retirada das tropas israelitas da fronteira e a troca de 33 reféns por prisioneiros palestinianos.
A segunda fase envolverá a distribuição de ajuda humanitária “segura e eficaz” a grande parte da Faixa de Gaza e a realização de reparações em instalações de saúde, além do envio para o enclave de mantimentos e combustível.
Os pormenores sobre a segunda e terceira etapas do acordo serão divulgados assim que a primeira fase for certificada.
Israel lançou a sua ofensiva contra Gaza após os ataques realizados a 7 de outubro de 2023 que fizeram quase 1200 mortos e cerca de 250 reféns.
Desde então, mais de 46.700 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, de acordo com as autoridades do enclave, controladas pelo Hamas.
Também foram mortas mais de 850 pessoas pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.