
Já presente em 36 países, o braço robótico que está a mudar a forma como se realizam cirurgias de substituição articular chega a terras lusas. Por agora, é possível encontrá-lo no Porto.
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Todos os dias, a tecnologia ajuda a salvar a vida de milhares de pessoas. Nos hospitais, as máquinas estão por todo lado e a evolução é uma constante. E isto é notório em todas as áreas sendo que, este ano, chega ao Hospital de Santa Maria - Porto, um aparelho pronto para mudar a forma como se realizam cirurgias ortopédicas.
Dá pelo nome de Mako e trata-se de um “braço robótico que vai permitir efetuar substituições articulares da anca e do joelho com maior segurança e precisão na colocação dos implantes”, explica Rui Pinto, ortopedista e Diretor Clínico do Hospital de Santa Maria – Porto. O profissional adianta que “os doentes vão ter menos perdas de sangue, menos dor e uma recuperação mais rápida”, quando comparando com a realização de uma artroplastia manual.
Além disto, vários estudos clínicos demonstraram que os pacientes sentiram menor dor no pós-operatório e menor necessidade de analgésicos, em comparação com a cirurgia de substituição articular tradicional. Assim, explica Salvador Cerqueiro, Iberia Managing Director da Skymedical, empresa que traz a tecnologia para Portugal, diminui-se também “a taxa de cirurgias de revisão e o impacto que estas têm na vida dos pacientes”.
Estudos clínicos feitos em países que já utilizam o Mako demonstraram que os pacientes sentiram menor dor no pós-operatório e menor necessidade de analgésicos
No fundo, o Mako vai alterar a maneira como há décadas se realizam cirurgias ortopédicas. Através de uma TAC do doente, o aparelho faz um modelo 3D da sua articulação, o que permite uma medicina personalizada. E a tecnologia que utiliza, a Accustop, garante que o braço robótico não ultrapassa as margens de ação definidas pelo cirurgião, protegendo assim todas as estruturas fundamentais da articulação.
“Podemos estabelecer uma comparação com o seguinte: todos nós já viajamos utilizando como referência um mapa em papel e conseguimos chegar ao destino, mas, em termos atuais, todos utilizam navegação por GPS, disponibilizada em qualquer telemóvel, sendo também mais seguro, preciso e rápido”, simplifica Rui Pinto.
A sua entrada em Portugal foi feita através do Hospital de Santa Maria - Porto – ao qual Rui Pinto acredita que trará “muitos doentes a procurar esta tecnologia para a realização das suas cirurgias” –, a 6 de fevereiro.
Ao todo, já existem mais de 1.600 aparelhos MAKO em 36 países, tendo sido realizadas mais de 1,2 milhões de cirurgias e publicados cerca de 350 estudos independentes. E agora que chegou ao nosso país, está prestes a revolucionar o mundo da cirurgia ortopédica.


