A ex-primeira-dama Melania Trump revela que apoia o direito ao aborto “livre de qualquer intervenção ou pressão governamental” no seu próximo livro de memórias, de acordo com excertos do livro divugados pelo jornal britânico "The Guardian".
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“É imperativo garantir que as mulheres têm autonomia na decisão da sua preferência de ter filhos, com base nas suas próprias convicções, livres de qualquer intervenção ou pressão do governo”, escreve a mulher do candidato republicano, citada pelo jornal. “Porque é que alguém, para além da própria mulher, deveria ter o poder de determinar o que ela faz com o seu próprio corpo? O direito fundamental da mulher à liberdade individual, à sua própria vida, concede-lhe a autoridade para interromper a gravidez, se assim o entender. Restringir o direito de uma mulher escolher interromper uma gravidez indesejada é o mesmo que negar-lhe o controlo sobre o seu próprio corpo. Carreguei essa crença comigo durante toda a minha vida adulta".
Estas declarações são divulgadas em plena campanha eleitoral, na qual o candidato republicano concorre numa plataforma antiaborto. Ao mesmo tempo, Trump disse, esta semana, que vetaria a proibição federal do aborto se fosse reeleito “porque cabe aos estados decidir com base na vontade dos seus eleitores”.
Por sua vez, JD Vance, escolhido por Donald Trump para vice-presidente, indicou que apoiaria uma proibição nacional do aborto.
Além da questão do aborto, Melania Trump escreve no livro que discordou do marido em algumas políticas de imigração.
O livro de memórias de Melania Trump, que detalha a infância da ex-primeira-dama e a sua relação com o ex-presidente Donald Trump, vai ser publicado na próxima terça-feira nos Estados Unidos.