Já há falências nos pequenos transportadores. Táxis dizem que só sobrevivem à custa de jornadas de trabalho desumanas.
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Com os combustíveis em preços historicamente altos, o setor dos transportes - táxis, transportes coletivos de passageiros e transportadores de mercadorias - está a atravessar dificuldades. Os problemas afetam também outras empresas e instituições que pelo tipo de atividades que desenvolvem são obrigadas a ter diariamente viaturas na estrada, como é o caso dos bombeiros. Numa altura em que o gasóleo - o combustível mais usado para trabalhar - subiu quase 30% nos últimos quatro meses, as queixas relativamente à fiscalidade e à falta de sensibilidade do Governo são transversais.
“Estamos a atravessar grandes dificuldades. Já tivemos empresas a fechar a porta”, queixa-se Sónia Valente, presidente da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), especialmente vocacionada para representar as pequenas empresa do setor. “Nesta situação, temos um Governo a assobiar para o lado. Nem sequer disponibiliza agenda para conversar connosco”, reclama. A responsável lembra que o aumento dos combustíveis “vem numa altura em que está tudo a subir, Euribor, alimentação, habitação e isso para os pequenos empresários é muito significativo”.