A Universidade de La Rioja, em Espanha, abriu uma investigação por comentários sexistas e machistas feitos num grupo de WhatsApp de estudantes.
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O grupo onde foram feitos os comentários conta com quase 200 estudantes do primeiro e segundo anos do curso de Educação Primária destinado a organizar as "novatadas", um evento semelhante à praxe, que está proíbido pela reitoria, segundo a rádio espanhola "Cadena Ser".
Os alunos mais velhos mandavam imagens retiradas das redes sociais das novas alunas para comentar o seu aspeto físico. "Todas muito ****, há que tirar-lhes as cuecas", são alguns dos comentários que originaram a tomada de posição por parte do reitor, Juan Carlos Ayala, para condenar as mensagens "degradantes" e anunciar a abertura da investigação, que pode culminar em "suspensões entre dois meses a três anos".
As informações recolhidas pela rádio espanhola dão ainda conta de comentários homofóbicos proferidos depois de uma aluna enviar uma foto de um novo aluno. "Diz-lhe que não aceitam maricas", respondeu um dos alunos.
A vice-reitora Mariam Martínez Calvo, em declarações à Cadena Ser, mostrou-se preocupada com a "normalização deste tipo de linguagem, que neste caso acontece com alunos que mais tarde vão ser professores".
O dirigente da instituição garante que, "se os comentários deste chat constituírem um crime", irá entregar o caso às autoridades.