Mais de 40 artistas passam pela quarta edição do festival Kalorama, entre esta quinta-feira e sábado. Pet Shop Boys encabeçam o cartaz da primeira noite.
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De bandas consagradas e históricas, como os Pet Shop Boys, a icónicas e de culto – The Flaming Lips talvez o melhor exemplo –, passando por antecipadas estreias, como a do italiano Damiano David (que já por cá tinha estado, mas não a solo), se compõe a mescla do cartaz do Meo Kalorama 2025, que arranca esta quinta-feira, no Parque da Bela Vista, em Lisboa.
Entre 19 e 21 de junho, vão passar pelo recinto, e pela quarta edição do festival, mais de 40 artistas, com um lineup onde se misturam sonoridades, do rock ao pop, sem esquecer o trip-hop, r&b, clubbing pop, reggaeton, dance. Juntam-se gerações, nacionalidades, estilos, num alinhamento também assente nos “pilares da diversidade, representatividade e inclusão”, como destaca a organização.
Pet Shop Boys e The Flaming Lips (quinta-feira), FKA Twigs (sexta-feira) e Damiano David (sábado), encabeçam um programa que conta com nomes como Father John Misty, Azealia Banks, Róisín Murphy, Scissor Sisters ou Sevdaliza; os portugueses BRANKO, Cara de Espelho, Best Youth, Yakuza, entre outros; e ainda o Palco Panorama Lisboa, que este ano se assume como um dos destaques do festival: inteiramente dedicado à música eletrónica, por ele vão passar artistas como 2manydjs, Helena Hauff, Anish Kumar e Olof Dreijer, DJ e produtor sueco que é também metade do duo de culto, The Knife – é já esta quinta-feira.
“Always on my mind”
Neste dia de estreia, passam pelo recinto alguns dos nomes mais fortes deste ano: às 22.45 horas chegam ao palco MEO os Pet Shop Boys, dupla inglesa de synth-pop formada em Londres em 1981 por Neil Tennant e Chris Lowe, detentora do recorde de duo de maior sucesso na história da música do Reino Unido, mais de 100 milhões de discos vendidos. A banda chega a Portugal com a sua "Dreamworld tour", a sua primeira de grandes êxitos que inclui passagem garantida por "West End girls", "Always on my mind", "It's a sin".
Com as portas do recinto a abrirem todos os dias pelas 16 horas (e a fecharem às 3h), neste dia de lançamento é o projeto Kriativu Jam, com a curadoria de Chelas é o Sítio, que faz soar os primeiros acordes no recinto (17h, Panorama Lisboa), enquanto o palco principal arranca com o português David Bruno, seguindo-se o muito adorado por cá profeta musical Father John Misty (com temas novos a apresentar). Depois dos Pet Shop Boys, entram ainda os The Flaming Lips, a apresentar o álbum de culto “Yoshimi battles the pink robots”, de 2002: um espetáculo que, a avaliar pelas passagens anteriores, tem tanto de génio como de louco.
Ao Palco San Miguel rumam Capital da Bulgária (17.40h), o supergrupo português Cara de Espelho, e ainda Sevdaliza, compositora e ativista iraniana-holandesa que promete, com o seu exotismo e cruzamento de sonoridades, o êxito “Alibi” ainda a rodar, ser um dos pontos fortes da noite. L’Impératice fecha a noite no palco secundário.
Cuidados com o calor
Nos restantes dias do evento, concertos a não deixar de sondar serão Azealia Banks, Scissor Sisters, Model/Actriz, Maquina, Boy Arsher e Róisin Murphy (sexta-feira); e a estreia de Noga Erez, a aclamada cantora britânica Jorja Smith ou o duo australiano Royel Otis, no sábado. O último dia fecha então com Damiano David, músico italiano conhecido pelos Måneskin mas que se estreia a solo com um disco, também de estreia e a ferver, “Funny little fears”: é às 1.55 horas da última noite, uma escolha de horários, tal como a dos outros cabeças de cartaz, que tem levantado algumas críticas nas redes sociais.
Conhecido, nas suas primeiras edições, como o “festival de fim de época”, a ocorrer em setembro, quando a febre festivaleira e a canícula já tendiam a acalmar, este ano o Kalorama surpreendeu a anunciar a edição para junho, tentando acompanhar os movimentos das bandas. Para os três dias deste ano, fazendo jus ao nome, previsão é de calor (sobretudo no primeiro dia) e a organização aconselha roupa fresca, leve e confortável, lembrando que existem bebedouros no Parque da Bela Vista que poderão ser utilizados gratuitamente.
É também recomendado o uso de transportes públicos, como metro e autocarro, existindo várias parcerias e descontos que podem ser aproveitados, tal como o serviço gratuito de shuttles da Via Verde.
De resto, importa lembrar que, este ano, apenas o passe de três dias precisa de ser trocado por pulseira: para o fazer, os festivaleiros devem dirigir-se ao Welcome Center, na entrada do recinto. Os portadores de bilhetes diário têm entrada direta no recinto, com apresentação do bilhete digital. Na Bela Vista, voltará a ser adotado o método de pagamento Cashless e reforçada a aposta nas acessibilidades, sustentabilidade e reciclagem.
O bilhete diário tem o custo de 55€ e o passe geral continua à venda por 105€. O Pack Friends, que permite a um grupo de amigos comprar seis bilhetes pelo preço de cinco, continua também disponível.