Mãe e tia de aluno acusadas de agredir e injuriar professoras e funcionárias de escola em Braga
O Tribunal Criminal de Braga está a julgar duas mulheres acusadas pelo Ministério Público de, em junho de 2022, terem injuriado e agredido duas professoras e uma auxiliar de educação na Escola EB 2/3 de Lamaçães, em Braga. Mas as arguidas estão ausentes do tribunal por, alegadamente, estarem a trabalhar em Espanha.
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As duas arguidas, Micaela e Vanessa G., irmãs entre si, de 43 e de 40 anos, estão a ser julgadas pelos crimes de ofensa à integridade física simples, injúria agravada e dano qualificado.
A acusação diz que as duas mulheres, que não compareceram no início do julgamento, por estarem a trabalhar em Espanha, terão ido à Escola a 2 de junho de 2022, pelas 16.45 horas, após o filho da primeira, aluno no estabelecimento, ter telefonado à mãe a queixar-se de que a docente de TIC ( Tecnologias de Informação e Comunicação) não o deixava ir à casa de banho.
A progenitora chamou a irmã e as duas foram à Escola, onde, depois de forçarem o portão – causando um dano à Câmara Municipal de 968 euros -, dirigiram-se, aos gritos, à funcionária, dizendo: “onde está a p... da professora?".
A assistente operacional ainda apelou à calma, tentando evitar que entrassem na zona das salas de aula, o que acabou por ser feito pela coordenadora da Escola, que acorreu ao local e fechou a porta de acesso ao interior. A docente, que foi empurrada, disse-lhes que ia chamar a PSP, tendo uma das arguidas, respondido: “Chama, chama, que eu sei que tens filhos!”. Além de a ameaçar, também a insultou e deu pontapés numa porta de vidro.
Com o acesso bloqueado, as duas dirigiram-se à sala de professores, ocasião em que a diretora de turma do aluno apareceu, tendo sido insultada de "vaca e p... " e levado empurrões no peito e pontapés nas pernas.
A mãe do aluno ainda pegou num vaso de grandes dimensões para o atirar à professora, mas foi impedida de o fazer por outro docente.
Entretanto, uma patrulha da PSP chegou à Escola e acabou com os desacatos.