O presidente das Freguesias de Campo e Sobrado negou hoje à Lusa culpas no incêndio de segunda-feira, em Valongo, pelo qual foi constituído arguido pela Polícia Judiciária pelo uso de uma roçadora de disco, proibida quando há alerta vermelho.
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Em causa está um incêndio na segunda-feira de manhã, no acesso à zona industrial de Campo, alegadamente provocado pelo facto de dois funcionários da autarquia estarem a limpar as ruas com roçadoras de disco, que terão gerado faíscas, ao contrário do recurso ao fio sintético, aconselhado pelas autoridades em períodos de risco de incêndio, tal como avançou o JN.
"Fui constituído arguido pela PJ na qualidade de presidente de junta", começou por argumentar o autarca, explicando que "em nenhum momento" ordenou ao funcionário da junta para "meter um disco na roçadora".
Segundo Alfredo Sousa, foi o facto de "haver uns tojos na rua que fez o funcionário recorrer ao disco", situação que provocou o incêndio, tendo o alerta, segundo os Bombeiros de Valongo, sido dado às 9:45.
Os funcionários, continuou, após terem sido detidos e conduzidos à esquadra, por indicação da Polícia Judiciária foram depois transportados às instalações da PJ, no Porto, onde foram ouvidos.
"O procurador optou por nos constituir aos três como arguidos", precisou o autarca, insistindo que o planeamento dos trabalhos de limpeza não é da sua competência na autarquia.
Alfredo Sousa confirmou que a roçadora foi apreendida e referiu que o incêndio, apesar da proximidade da zona industrial, queimou apenas mato.