Ficou em prisão preventiva o homem que, a 14 de novembro, foi baleado por um procurador da República, no decurso de uma operação de vigilância da GNR, quando tentava assaltar com uma ourivesaria, em Valença, juntamente com mais quatro suspeitos, já presos preventivamente.
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O indivíduo, estrangeiro, foi internado nos cuidados intensivos do Hospital de Viana e, ontem, foi ouvido em primeiro interrogatório judicial. O juiz aplicou a medida de coação de prisão preventiva. O seu estado de saúde está a evoluir positivamente e, segundo apurou ainda o JN, está aberta a possibilidade de vir a transferido para o Hospital Prisional de Caxias.
No dia seguinte ao assalto, o Procurador-Geral da República (PGR) determinou a instauração de um processo de averiguações para aferir "a relevância disciplinar" da atuação do magistrado que, "em circunstancias que estão a ser investigadas", atingiu a tiro o suspeito.
Após o disparo, o magistrado "encetou de imediato os necessários cuidados para reverter a situação de paragem cardiorrespiratória do suspeito, enquanto se aguardava pela chegada do INEM", acrescentou, na altura, a PGR.
Os suspeitos têm "todos nacionalidade estrangeira" e tinham "como 'modus operandi' deslocarem-se a território nacional, em particular na zona Norte do país, para a prática de crimes de furto, com especial incidência a ourivesarias".
"Ao contrário do habitual", acrescentou a PGR, os suspeitos "irromperam pelo estabelecimento adentro em horário de funcionamento, tendo consigo armas de fogo e, imediatamente, agrediram com violência os proprietários".