O incêndio que deflagrou esta segunda-feira à tarde no concelho de Aljustrel, distrito de Beja, continua com duas frentes ativas, tendo as chamas consumido cerca de mil hectares, revelaram a proteção civil e a câmara municipal.
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O presidente da Câmara de Aljustrel, Carlos Teles, explicou, em conferência de imprensa, que o incêndio deflagrou na freguesia de Messejana, tendo “atingido grandes dimensões”, apesar de “ainda estar só confinado ao concelho de Aljustrel”.
O autarca acrescentou que o fogo já consumiu “cerca de mil hectares” e continua com duas frentes ativas, “uma zona de eucaliptal, que levanta mais preocupação, e outra de pasto”, ambas próximas da localidade de Carregueiro.
Esta situação levou ao corte do trânsito da Estrada Nacional (EN) 2, no troço entre Aljustrel e Castro Verde, e da Estrada Municipal (EM) 394, entre as localidades de Carregueiro e Entradas, no concelho de Castro Verde.
“Não vamos ainda reabrir estas vias, principalmente a EN2, porque é nessa zona que está o setor que nos está a dar mais trabalho”, disse o comandante sub-regional do Baixo Alentejo da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Carlos Pica, também presente na conferência de imprensa.
De acordo com este responsável, o incêndio poderá ficar dominado “na entrada da noite, princípio da madrugada”, apesar de as condições climatéricas não estarem a “ajudar muito”.
O incêndio no concelho de Aljustrel obrigou à retirada de pessoas, por parte da GNR, de três residências em dois montes perto do Carregueiro, tendo ainda causado danos materiais num casão de apoio agrícola.
No combate às chamas acabaram por ser assistidos sete bombeiros devido exaustão e inalação de fumos, dois dos quais foram transportados para o hospital de Beja e outro para o Serviço de Urgência Básico de Castro Verde.
O incêndio, cujo alerta foi dado às 13.09 horas, deflagrou numa área florestal no Monte do Cerro, na zona de Messejana, no concelho de Aljustrel, e chegou a mobilizar seis helicópteros.
Às 20.40 horas, segundo a página da ANEPC, consultada pela Lusa, o fogo mobilizava 259 operacionais, auxiliados por 92 viaturas e quatro meios aéreos.
Além de bombeiros de várias corporações da região, o combate às chamas tem tido o apoio de diversas entidades, como a Cruz Vermelha, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), serviços municipais de proteção civil de Aljustrel e Castro Verde, juntas de freguesia, GNR, Afocelca, sapadores florestais de Ourique e força especial de proteção civil.