Invadiram a casa do casal, agrediram-nos, cortaram o cabelo à avó e raptaram os dois netos que tinha a sua guarda. Entre os nove arguidos, todos familiares, estão dois filhos da agredida, incluindo a mãe dos meninos que os queria entregar ao patriarca. Foram agora todos acusados pelo Ministério Público de Gondomar.
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A vítima tinha-se separado do patriarca da família, com quem vivia desde os 13 anos. Em 2020, o Tribunal de Família e Menores decidiu confiar-lhe a guarda dos dois netos. O clã nunca aceitou a perda dos menores, nem o novo relacionamento amoroso da mulher com alguém fora da comunidade cigana. Após várias tentativas, conseguiram finalmente localizar a morada dela e dos netos.
Segundo a acusação, a família, liderada pelo patriarca e ex-companheiro da vítima, delineou um plano para recuperar os netos e forçar a mulher a retomar o relacionamento. Na manhã de 6 de fevereiro, montaram uma espera à porta da casa do casal. Quando viram o companheiro da vítima a sair, atacaram-no. Apontaram-lhe armas de fogo e facas, ameaçaram-no, agrediram-no e obrigaram-no a voltar a entrar na residência, onde continuaram a agredi-lo, causando-lhe múltiplos ferimentos.