A guerra entrou na terceira semana e Israel anunciou o aumento dos bombardeamentos na Faixa de Gaza. Segundo o Hamas, durante a madrugada, os ataques israelitas destruíram 40 casas e mataram 55 pessoas. Apesar das dificuldades, mais 17 camiões com ajuda humanitária entraram este domingo no enclave.
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Presidente francês, Emmanuel Macron, vai a Telavive na terça-feira para se encontrar com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje o Palácio do Eliseu.
A visita do presidente francês ocorre mais de duas semanas após os ataques do grupo palestiniano Hamas em território israelita, que fizeram mais de 1.400 mortos, incluindo 30 cidadãos franceses.
Além disso, sete cidadãos franceses continuam desaparecidos: uma jovem tem o estatuto de refém e "para os outros seis há uma presunção de que são reféns, mas não há certeza", segundo Emmanuel Macron.
Desde o início do conflito envolvendo Israel e o Hamas, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já estiveram em Israel.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, concordaram neste domingo que a Faixa de Gaza deve continuar a receber "um fluxo contínuo" de ajuda humanitária, anunciou a Casa Branca.
Depois que um segundo comboio de camiões ter entrado em Gaza a partir do Egito, Biden e Netanyahu afirmaram, após uma conversa telefónica, que “haverá, a partir de agora, um fluxo contínuo para Gaza dessa assistência crucial” para a população palestiniana, ressaltou a Presidência americana.
O ministro libanês das Relações Exteriores, Abdullah Bou Habib, disse hoje que o grupo xiita "Hezbollah não entrará imediatamente" na guerra contra Israel, lembrando que "o Hamas pode resistir durante meses".
"O Hezbollah não entrará imediatamente na guerra quando a invasão terrestre tiver lugar. O Hamas diz que pode resistir durante meses e que não haverá reação do Hezbollah ou de qualquer organização regional no início da invasão", disse o ministro, numa entrevista à rede independente MTV Líbano.
Afirmando que "a primeira posição do Hezbollah", caso a situação não piore, é "a não-intervenção", o responsável esclareceu que o governo libanês "não tem qualquer controlo sobre eles", embora "haja sempre diálogo".
"Ouvimos o que os israelitas dizem todos os dias sobre o Líbano. O Hezbollah não diz nada. Claro que há palavras dos seus líderes, mas o Sr. Hassan [Nasrallah] ainda não disse nada. Não creio que ele queira a guerra", afirmou.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu hoje que se o grupo xiita libanês Hezbollah entrar em guerra contra Israel em apoio ao movimento islamita palestiniano Hamas "cometerá o pior erro da sua vida" e "terá saudades" do conflito de 2006.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou este domingo que o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chefe de Governo dos Países Baixos, Mark Rutte, vão deslocar-se a Israel na próxima semana, avança a Reuters.
Os dois líderes chegarão "na segunda e na terça-feira" e vão encontrar-se com Netanyahu.
O presidente e o chanceler da Alemanha expressaram este domingo condenação e vergonha pelo aumento do antissemitismo no seu país desde o início das novas hostilidades no Médio Oriente, enquanto milhares de pessoas se reuniram em Berlim em apoio a Israel.
Na capital alemã, milhares de pessoas reuniram-se numa manifestação convocada para mostrar oposição ao antissemitismo e o apoio a Israel, levando bandeiras israelitas ou cartazes com fotos de algumas pessoas dadas como desaparecidas ou mantidas como reféns pelo movimento islamita Hamas.
A concentração, organizada por uma ampla união de organizações, ocorre num momento em que os incidentes antissemitas têm aumentado na Alemanha, após a violenta escalada da guerra em Gaza entre o movimento islamita Hamas e Israel.
Os organizadores estimaram que mais de 20 mil pessoas participaram na manifestação, enquanto a polícia calculou o número em metade.
"É insuportável que os judeus vivam novamente com medo hoje no nosso país", disse o Presidente Frank-Walter Steinmeier aos manifestantes reunidos em frente às Portas de Brandemburgo, em Berlim.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, disse este domingo que a guerra na Faixa de Gaza deverá ser "a última" neste território palestiniano, porque depois "não haverá mais Hamas".
"Esta deve ser a última guerra em Gaza. Pela simples razão de que não haverá mais Hamas", disse Gallant, dirigindo-se a soldados israelitas numa base da Força Aérea em Telavive, de acordo com um comunicado do seu Ministério.
"Levará um mês, dois meses, três meses e no final não haverá mais Hamas. Antes que o Hamas encontre os nossos blindados e a nossa infantaria, experimentará as bombas da Força Aérea. E, na minha opinião, vocês sabem como fazer isso de maneira letal, precisa e qualitativa, como provaram até agora", declarou.
O porta-voz militar do Egito afirmou este domingo que um número não especificado de guardas de fronteira sofreu "ferimentos leves" devido a "fragmentos de um projétil disparado acidentalmente por um tanque israelita", avança a AFP.
O Exército israelita afirmou este domingo que um dos seus tanques disparou acidentalmente, tendo atingido um posto egípcio perto da fronteira com Gaza, noticia a BBC. A explosão ocorreu depois de o segundo comboio de camiões com ajuda humanitária ter passado o corredor de Rafah.
Os Estados Unidos alertaram contra os perigos de qualquer "escalada" no Oriente Médio na sequência da guerra entre Israel e Hamas, disse o secretário de Defesa Lloyd Austin, este domingo, horas depois de o Pentágono ter aumentado o nível de prontidão militar na região.
"Se algum grupo ou país está a tentar alargar este conflito e tirar partido desta situação infeliz a que assistimos, o nosso conselho é: não o façam", disse Austin, à ABC News. "Mantemos o direito de nos defendermos e não hesitaremos em tomar as medidas adequadas", acrescentou.
Os Estados Unidos têm visto uma "perspetiva de uma escalada significativa de ataques” às tropas norte-americanas na região, disse Austin, acrescentando que as forças armadas americanas estavam a preparar-se para "a capacidade de responder".
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A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) disse este domingo que morreram mais 12 funcionários da entidade nos últimos ataques israelitas ao enclave, elevando o total para 29 desde o início da ofensiva.
"Estamos em choque e de luto. Foi agora confirmado que 29 dos nossos camaradas em Gaza foram mortos desde 7 de outubro. Metade destes colegas eram professores da UNRWA. Como agência, estamos devastados e choramos com as famílias", disse a agência, na rede social X (antigo Twitter).
Segundo avança a Reuters, foi ouvida uma explosão perto da passagem de Rafah, no Egíto, depois de um segundo comboio com ajuda humanitária ter passado para a Faixa de Gaza.
Um jornalista da AFP viu seis camiões a partir de armazéns no cruzamento de Rafah, no Egito, e a entrar em Gaza. Um funcionário palestiniano naquele posto fronteiriço confirmou que os veículos transportavam combustível, este domingo.
A transferência vem na sequência de um aviso das Nações Unidas de que os hospitais e outros serviços vitais no território palestiniano correm o risco de fechar sem o fornecimento de combustível.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, avisou, este domingo, o grupo xiita libanês Hezbollah que "cometeria o erro da sua vida" se decidisse entrar em guerra contra Israel.
"Faremos com que se arrependam da segunda guerra do Líbano [em 2006]... atacaremos com um poder que não podem imaginar e que será devastador para o Estado do Líbano", declarou Netanyahu durante uma visita às tropas israelitas no norte do país.
Setenta por cento da população de Gaza está deslocada e metade das suas casas estão total ou parcialmente destruídas pelos bombardeamentos israelitas, após 16 dias de guerra entre Israel e o grupo extremista islâmico Hamas.
Segundo o gabinete de imprensa do Governo de Gaza, o número de deslocados atinge 1,4 milhões de pessoas, de um total de 2,3 milhões, e cerca de metade destas pessoas estão abrigadas em 217 centros de acolhimento, enquanto as restantes foram acolhidas por familiares, amigos ou conhecidos.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, adiou uma visita a Portugal que estava prevista para o início de novembro, informou este domingo o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa.
De acordo com uma nota divulgada na página oficial de Belém, "o presidente da República falou esta manhã ao telefone com o seu congénere israelita, Isaac Herzog, a pedido deste".
"O presidente de Israel queria explicar o adiamento da visita a Portugal (que estava prevista para início de novembro), bem como informar o presidente português da posição do seu país sobre a situação atual", refere a nota.
De acordo com o mesmo texto, o presidente de Israel "agradeceu a condenação imediata dos ataques terroristas por Portugal".
A grave falta de combustível na faixa de Gaza está a comprometer o funcionamento das incubadoras para mais de 120 recém-nascidos prematuros, segundo um cálculo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Depois de mais de duas semanas de guerra entre o movimento islamita Hamas, que controla a faixa de Gaza, e Israel, os hospitais no território palestiniano enfrentam uma grave escassez de bens para cuidar dos milhares de feridos, alertam as organizações humanitárias.
"Atualmente, temos mais de 120 recém-nascidos em incubadoras, incluindo 70 sob ventilação mecânica e, claro, é com eles que estamos particularmente preocupados", disse à agência France Presse (AFP) em Jerusalém o porta-voz da UNICEF, Jonathan Crickx.
O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, vai ao Irão para participar em conversações na segunda-feira, indicou uma porta-voz, sem detalhar o programa da visita ou os interlocutores.
"Confirmamos as conversações de Lavrov previstas para segunda-feira em Teerão", afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, citada pelas agências russas Tass e Ria.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisou hoje os Estados Unidos e Israel que a situação "pode tornar-se incontrolável" no Médio Oriente se não puserem "imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza".
"Hoje, a região é como um barril de pólvora (...). Gostaria de alertar os Estados Unidos e o regime fantoche israelita que se não puserem imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza, tudo é possível a qualquer momento e a região pode tornar-se incontrolável", afirmou Hossein Amir-Abdollahian, numa declaração em Teerão com a sua homóloga sul-africana, Naledi Pandor.
Pelo menos 55 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza na noite de sábado e durante esta madrugada, após Israel ter anunciado a intensificação dos bombardeamentos, anunciou o governo do Hamas. Mais de 30 casas foram destruídas, informa um comunicado do governo do movimento islamita palestiniano no poder.
O grupo extremista Hamas ofereceu-se, este domingo, para libertar mais duas reféns israelitas, Nurit Yitzhak e Yovheved Lifshitz, "seguindo os mesmos passos que os dois reféns americanos", avança uma declaração no canal Telegram do movimento islamita.
Abu Obeida, porta-voz das Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, disse que já tinha proposto a libertação das duas reféns "por razões humanitárias imperiosas e sem pedir nada em troca", mas que "Israel recusou-se a recebê-las".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já negou a acusação, qualificando-a de "propaganda mentirosa".
Israel tem comandos em Gaza, há vários dias. Estas tropas especiais fazem operações contra militantes islamitas e procuram os reféns, disse o jornalista da SIC e Israel, Henrique Cymerman, citando fonte militar do exército israelita. Enquanto duram essas operações, a operação terrestre não deve avançar, adiantou.
Pelo menos 4651 pessoas morreram na Faixa de Gaza desde que Israel iniciou os bombardeios contra o enclave palestino após o ataque letal do Hamas em território israelita, a 7 de outubro, informou neste domingo o ministério da Saúde do movimento islamista.
Entre as vítimas fatais estão 1873 crianças, segundo o ministério, que também citou 14.245 pessoas feridas.
Camiões com ajuda atravessaram a passagem fronteiriça de Rafah, no domingo, do Egipto para a Faixa de Gaza, sitiada e fortemente bombardeada, informaram os correspondentes da AFP no local. Depois de 20 camiões no sábado, hoje 17 veículos atravessaram a fronteira com ajuda humanitária.
As Nações Unidas estimam que são necessários cerca de 100 camiões por dia para satisfazer as necessidades de Gaza.
O major-general Filipe Arnaut Moreira admite que o conflito entre Israel e a Palestina pode ser irresolúvel e que só será possível abrandá-lo para que a violência seja localizada e contida.
"Não tenho nenhuma esperança que seja possível encontrar uma solução para este conflito. Aquilo que tenho esperança é que seja possível reduzir as labaredas e manter este conflito num nível de violência relativamente localizado e contido", disse o militar e analista em entrevista à agência Lusa a propósito do lançamento do livro "O Domínio do Poder".
O Papa Francisco lamentou, este domingo, a "grave situação humanitária" na Faixa de Gaza, devido aos confrontos entre Israel e o grupo islamita Hamas, e denunciou o bombardeamento do hospital anglicano e de uma igreja ortodoxa.
"Mais uma vez o meu pensamento está com o que está a acontecer em Israel e na Palestina. Estou muito preocupado e magoado, a minha oração e a minha proximidade são para todos aqueles que sofrem: reféns, vítimas, feridos e suas famílias", declarou, após rezar o Angelus da janela do Palácio Apostólico, no Vaticano.
O líder da Igreja Católica denunciou "a grave situação humanitária em Gaza" e lamentou a destruição do hospital al Ahli, da Igreja Anglicana, e da Igreja Ortodoxa de São Porfírio, onde foram mortos pelo menos 18 palestinianos cristãos.
A Índia entregou 38,5 toneladas de material médico e de socorro na região egípcia do Sinai para palestinianos na Faixa de Gaza, anunciou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano.
Um avião Boeing C-17 da Força Aérea indiana "transportando cerca de 6,5 toneladas de ajuda médica e 32 toneladas de materiais de socorro para o povo da Palestina descolou em direção ao aeroporto egípcio de El Arish", especificou Arindam Bagchi.
A Índia condenou o grupo islamita Hamas pelo "ataque terrorista" contra Israel desencadeado em 07 de outubro, mas reiterou a sua posição de longa data a favor de um estado palestiniano independente.
O exército israelita acredita que 212 pessoas estão a ser mantidas como reféns pelo Hamas em Gaza, corrigindo para cima a estimativa de 210 apresentada ontem.
Na sexta-feira, duas reféns americanas - mãe e filha Judith e Natalie Raanan - foram as primeiras a ser libertadas.
Os serviços de saúde da Faixa de Gaza detetaram casos de varicela, sarna e diarreia causados por falta de higiene e de água potável, alertou hoje o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU.
No seu relatório diário sobre a situação em Gaza, a ONU teme que estes casos aumentem, caso a eletricidade não regresse à faixa, completamente cortada por Israel nos últimos 11 dias, ou não chegue mais combustível para alimentar geradores.
O relatório alerta para o facto de alguns palestinianos serem obrigados a consumir água salgada de poços agrícolas, o que pode provocar surtos de cólera e apresenta riscos para a saúde, como um possível aumento dos níveis de hipertensão, especialmente em bebés, mulheres grávidas e pessoas com problemas renais.
O exército israelita disse ter atacado um "complexo terrorista" em Jenin, na Cisjordânia, que alegadamente escondia uma célula do Hamas numa mesquita.
O exército israelita acusou, este domingo, o Hezbollah de procurar uma escalada militar na zona fronteiriça, correndo o risco de arrastar o Líbano para uma guerra, após novas trocas de tiros entre Israel e o grupo xiita.
"O Hezbollah está a agredir e a arrastar o Líbano para uma guerra da qual não ganhará nada, mas na qual se arrisca a perder muito", advertiu o porta-voz do exército israelita, Jonathan Cornicus, na rede social X (antigo Twitter).
Bom dia, bem vindo ao acompanhamento em direito do conflito entre o Hamas e Israel. A guerra entra na terceira semana, enquanto no Mundo se espalham manifestações a favor da Palestina e também pela paz. Alguas lembram os mortos e os reféns israelitas. Sábado ficou marcado pela entrada de ajuda humanitária no enclave, considerada manifestamente insuficiente.
Ataques israelitas aos dois principais aeroportos da Síria, em Damasco e Alepo, causaram um morto e levaram à desativação das infraestruturas aeroportuárias, informou a imprensa estatal, que cita uma fonte militar.
"Por volta das 5.25 horas (3.25 em Portugal continental), o inimigo israelita efetuou um ataque aéreo contra os aeroportos internacionais de Damasco e Alepo, causando a morte de um funcionário do aeroporto de Damasco e ferindo outro", disse a fonte militar, citada pela agência oficial síria Sana.
"Os danos materiais causados nas pistas dos aeroportos colocaram-nos fora de serviço", disse a mesma fonte.

