Greve impediu João de chegar a Modivas: "É um pouco frustrante perder um dia de trabalho"
Os maquinistas estão em greve, nesta sexta-feira, por considerarem "insultuosas" as declarações do ministro da Presidência sobre a alegada relação entre os acidentes ferroviários e o consumo de álcool. Em Campanhã, muitos trabalhadores viram os comboios e os metros suprimidos e foram obrigados a faltar ao trabalho.
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Diariamente, João Cruz perde quase 2.30 horas de casa ao trabalho. Vive em Vila Meã, no concelho de Amarante, e é pedreiro numa obra em Modivas, em Vila do Conde. O dia arrancou com a rotina habitual, mas quando chegou a Campanhã, no Porto, para apanhar o metro, foi confrontado pela greve dos maquinistas. "Já falei com um colega de trabalho e a opção que tenho hoje é voltar para casa. Porque apanhar um Uber sai mais caro do que perder o dia de trabalho", lamenta. Às 8 horas, a solução é esperar no cais pelo próximo comboio e regressar a casa.
"É um pouco frustrante. Eu levantei-me no mesmo horário, no horário do costume, e fui supreendido pela greve. Tenho de voltar para casa". No caso de Marta Gomes, empregada doméstica no Marco de Canaveses, o dia de trabalho ainda não está perdido, mas já vai começar atrasado. "Quando cheguei vi que o meu comboio tinha sido suprimido. Agora vou ver a que horas tenho o próximo".