As associações de produtores acreditam que o período legal de limpeza de terrenos deve ser prolongado. Até ao início de abril, a GNR sinalizou mais de nove mil proprietários. A fiscalização começa a 1 de maio.
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A maioria dos proprietários e produtores está a cumprir com a obrigação legal de limpar os terrenos como forma de prevenção aos incêndios rurais, cujo prazo legal termina hoje. No entanto, as condições climatéricas que se fazem sentir até agora, de um ano anormal de períodos chuva e neve seguidos de sol e temperaturas quentes, estão a condicionar os trabalhos no período fixado e podem até fazer com que os espaços limpos estejam em incumprimento na altura da fiscalização. As associações de produtores florestais defendem a prorrogação do prazo. Este ano, até 14 de abril, a GNR sinalizou 9586 proprietários por todo o país, no âmbito da operação Floresta Segura. A fiscalização decorrerá durante o mês de maio.
“Os combustíveis ainda estão muito verdes. Este ano é muito cedo para começar as limpezas. Quem já está a cumprir a lei agora, daqui a dois ou três meses pode já estar fora”, salientou, ao JN, Luís Damas, presidente da Federação Florestal (Fnapf), representante das associações de proprietários e produtores florestais a nível nacional. O responsável defende que o prazo para a limpeza das faixas de combustível não deveria ter “uma data rigorosa”, mas sim ter em conta o ano hidrológico e climático.