GNR garante a segurança de 346 idosos através de teleassistência com botão ao peito
Programa foi implementado pela primeira vez em 2020, em vários concelhos da Guarda. Atualmente, está implementado em seis distritos, sendo que a adesão depende dos municípios.
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Mais de 300 idosos, que vivem sozinhos ou isolados, são monitorizados diariamente pela GNR de modo a garantir uma maior segurança e uma resposta mais rápida dos meios de socorro. O programa de teleassistência – eGuard – já está implementado em vários concelhos de seis distritos: Guarda, Braga, Bragança, Leiria, Viseu e Castelo Branco.
Além de ser um país com uma grande fatia de população envelhecida, Portugal tem mais de 42 mil idosos a viver sozinhos ou isolados. Para garantir uma maior segurança desta população e uma resposta mais célere e rápida dos meios de socorro, a GNR desenvolveu o Sistema de Teleassistência a Pessoas Vulneráveis, mais conhecido por eGuard, que permite monitorizar os mais velhos à distância. O programa foi implementado pela primeira vez em 2020 e, atualmente, apoia 346 idosos, como é o caso de Anunciação Simões, que vive sozinha no concelho de Tondela (ler reportagem aqui ou abaixo).
É através de um pequeno aparelho, que deve ser usado ao pescoço, que os idosos pedem ajuda. Basta carregar no botão vermelho do aparelho e o alarme soa na sala de situação dos comandos territoriais. Depois, o que se segue é uma chamada, como se fosse feita através do telefone, mas a partir do aparelho. Realizada a “triagem”, são acionados os meios de socorro necessários. O dispositivo tem outras particularidades que fazem do aparelho uma “mais-valia”, explica o Major Tiago Domingos Dinis, do Comando Territorial de Viseu. “Se houver alguma queda, [o aparelho] automaticamente faz uma chamada para a nossa sala de situação e, se ninguém [nos] responder, mandamos os meios de socorro”, explica.
Local exato
O aparelho tem, ainda, um sistema de georreferenciação, através do qual a GNR consegue “saber o local exato onde a pessoa se encontra”, o que “pode ser muito importante em casos de desorientação de algum idoso, que possa estar perdido”, afirma o Tiago Domingos Dinis.
Os militares realizam visitas aos idosos, alturas em que aproveitam para lhes dar conselhos e fazer companhia. “São criados laços de amizade entre os idosos e as equipas. Quando nos veem a chegar, nota-se perfeitamente a alegria deles e a melhoria do sentimento de segurança”, conta o major.
A Guarda, um dos distritos com mais pessoas a viverem sozinhas ou isoladas, foi pioneira na monitorização, tendo o programa sido instalado, em primeiro lugar, em 10 dos seus concelhos. Seguiram-se outras localidades nos distritos de Braga, Bragança e Viseu. E, mais recentemente, o programa chegou a Castelo Branco. A implementação do programa depende da vontade de cada município, que fica responsável pela sinalização dos idosos.