O refém israelita de nacionalidade portuguesa Dror Or, detido na Faixa de Gaza desde os ataques do Hamas de 7 de outubro, foi declarado morto, anunciaram, esta sexta-feira, as autoridades israelitas e os familiares.
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"Foi agora confirmado que Dror Or, raptado pelo Hamas em 7 de outubro, foi assassinado e o seu corpo está detido em Gaza", declarou o Governo israelita na sua conta oficial no X, acrescentando que Alma, Noam e o seu irmão Yahli são agora órfãos.
Dror Or, de 49 anos, foi morto e o seu corpo está retido na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, indicaram, por seu lado, em comunicado as autoridades do kibbutz Be'eri, onde vivia e cujos habitantes foram dos mais afetados pelo ataque do movimento islamita palestiniano Hamas contra o território israelita.
A mulher Dror Or foi morta no ataque, enquanto dois dos seus três filhos, de 17 e 13 anos, foram raptados e depois libertados no âmbito de um acordo de tréguas entre Israel e o Hamas no final de novembro.
A Lusa contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros português para obter mais pormenores e aguarda por uma resposta.
O anúncio da morte de Dror Or surge num momento em que os países mediadores - Catar, Estados Unidos e Egito - aguardam a resposta do Hamas a uma nova proposta de tréguas combinada com a libertação dos reféns.
"Só a libertação de todos os reféns - os vivos para que possam recuperar, os mortos para que possam ser enterrados - garantirá o renascimento e o futuro do nosso povo", afirma o Fórum das Famílias dos Reféns.
"O governo israelita deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para trazer de volta Dror" e os "outros reféns assassinados, para que possam ser enterrados com honra em Israel", acrescentou a associação.
A notícia da morte do cidadão com nacionalidade portuguesa foi avançada pelo jornal The Guardian.
No final de novembro, uma trégua de uma semana permitiu a libertação de 105 reféns, incluindo 80 israelitas e cidadãos de dupla nacionalidade, que foram trocados por 240 palestinianos detidos por Israel.