O presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Pedro Sobral, morreu este sábado de manhã, na zona de Belém, em Lisboa, depois de a bicicleta em que seguia ser abalroada por um automóvel. O condutor deste fugiu sem prestar assistência à vítima. Veio a comparecer na PSP apenas quatro horas depois.
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Constituído arguido, deixou a esquadra sem qualquer medida de coação privativa da liberdade. "O condutor ter-se-á ausentado do local, depois do acidente, onde ficou o velocípede, com o seu condutor em estado grave. Foi acionada a PSP e a viatura médica de emergência rápida, que, quando chegou ao local, efetuou manobras de reanimação, mas o óbito acabou por ser declarado no local", explicou ao JN o porta-voz da PSP, Sérgio Soares, sobre o acidente registado às 7.30 horas, na Avenida da Índia, junto à Cordoaria Nacional, no sentido Alcântara - Algés.
Segundo a mesma fonte, o condutor foi, pelas 11.20 horas, à Divisão de Trânsito da PSP no Lumiar, acompanhado de um advogado, e confessou-se. Ainda foi submetido a teste de alcoolemia, cujo resultado não foi divulgado. Constituído arguido, foi sujeito apenas a termo de identidade e residência. Poderão estar em causa crimes de homicídio por negligência, cuja pena pode ir até cinco anos de cadeia, e omissão de auxílio, punível com prisão até dois anos ou multa até 240 dias.
No mesmo carro seguiam quatro passageiros, que, em momento posterior ao condutor, também compareceram na esquadra e prestaram declarações. Não foram constituídos arguidos. "Houve ainda testemunhas oculares que se deslocaram a uma esquadra da PSP, em Cascais, e foram transportadas para a Divisão de Trânsito para serem ouvidas", acrescentou o porta-voz da Polícia, informando, ainda, que o carro e a bicicleta foram apreendidos, para análise pericial.