Viveram-se momentos de “muito pânico”, na manhã desta segunda-feira, em Oliveira de Azeméis, com as chamas a consumirem uma habitação na freguesia de Macinhata da Seixa e a colocarem em perigo muitas outras. Os moradores falam em ambiente de “terror” e “inferno”.
Corpo do artigo
“Vivemos uma situação de terror”, contou ao JN Ana Paula Tavares, secretária da União de Freguesias de Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba-Ul, Ul, Macinhata da Seixa e Madail. Ainda a recompor-se do susto, dizque, apesar de se estarem a viver, pelas 12.20 horas, “momentos mais tranquilos”, a situação foi “muito aflitiva e complicada” ao início da manhã.
“Neste momento está mais ou menos controlado, depois de ter ardido muito de volta das casas”. “Ainda arde no cimo da freguesia e há muitas faúlhas que podem provocar reacendimentos e que são um perigo”, referiu.
Recorda que durante a manhã uma casa ficou destruída pelas chamas, devendo estar assegurado o realojamento da família, constituída por quatro pessoas. “A senhora tem familiares e, se for necessário, temos também a assistência social”.
Ana Paula Tavares, que vive também em Macinhata da Seixa, diz que os bombeiros “têm sido incansáveis, mas não podem chegar a todo o lado”. “Há uma verdadeira impotência perante o fogo e foi o pânico geral”.
Sobre o Centro de Dia, que inclui o Lar de Idosos, evacuado esta manhã, afirma que a retirada das pessoas “não foi por causa do perigo iminente”, “mas para evitar que as pessoas pudessem entrar em pânico”, explicou.