Festival acontece dias 26, 27 e 28 de dezembro, este ano num novo local também emergente: o BOTA, em Lisboa. Surma está entre os convidados.
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Nem o inverno nem o Natal – e respetivas comezainas, correrias e viagens – afastam a música ao vivo. Na sua sexta edição, o Festival Emergente volta a dar palco a algumas das bandas ou projetos portugueses que procuram um lugar ao sol. Durante três dias, a partir desta quinta-feira e até sábado, o BOTA em Lisboa apresenta grandes concertos com sonoridades diversas, bem como convidados especiais.
Na sua 6ª edição, o Emergente 2024 apresenta oito projetos, selecionados na open call: Bea Bandeirinha, Catarina Carvalho Gomes, Francisco Fontes, Hal Still Echoes, IBSXJAUR, Líquen, Pato Bernardo e Ya Sin, que se juntam aos artistas convidados Surma, Maria Reis, Baleia Baleia Baleia e Agressive Girls.
Segundo avança o diretor do evento, Carlos Gomes, ao JN, além da mudança de local este ano há também como novidade a 1ª Tour Emergente: a banda vencedora do prémio “Melhor Concerto” e, sempre que possível, a do prémio “Melhor Projeto Musical”, passa a correr o país de Norte a Sul, entre de março a maio, numa tour por pelo menos 10 espaços ou festivais.
“O Emergente tem provado querer todos os anos acrescentar algo, ou fazer algo diferente. A verdade é que nunca houve duas edições iguais”, começa por explicar Carlos Gomes. Daí, a mudança de local: “este ano pensámos no BOTA, porque é um espaço emergente, até mais do que o festival: tem quatro anos. E porque tem dado palco a muita da música nova que se faz em Portugal”, adianta.
O diretor destaca também a tour que começa a acontecer para a banda vencedora do melhor concerto, e fá-lo por diversos motivos: “é algo que nos parece muito interessante, porque uma banda aparecer com os seus primeiros temas e poder logo fazer uma tour sem estar dependente de um agenciamento ou de fazer todo esse rol de contactos com salas, é um grande passo”, frisa.
É também uma oportunidade para dar continuidade temporal ao longo do ano ao Emergente; enquanto se leva a nova música portuguesa a mais locais e se descentraliza o próprio festival.
A qualidade da música nacional Segundo a organização, o Emergente faz jus à sua missão de apoiar a nova geração da música portuguesa, oferecendo a cada ano a máxima visibilidade, as melhores condições para os músicos poderem brilhar e fazer emergir o seu talento, e o maior número de oportunidades possível.
No entanto, não são os únicos: “felizmente não somos, nem temos esse pretensão. Há muita gente a trabalhar na música em Portugal, e muita música emergente. A música desta nova geração está muito viva e de qualidade, eles próprios são muito ativos, é uma coisa que nós também apreciamos imenso: a capacidade que esta geração tem de se autoproduzir, de não ter medo de avançar com as suas propostas artísticas, com as suas letras, com as suas canções”, refere.
E adianta: “é também muito interessante o facto de os músicos se conhecerem muitas vezes uns aos outros, porque o país é pequeno, o que permite que as pessoas se cruzem. Há músicos que tocam em vários projetos, com várias sonoridades, e isto é toda uma riqueza musical muito específica das circunstâncias da música portuguesa”, salienta. O diretor do evento conclui assim que, portanto, “o que o Emergente faz de certa forma é capitalizar esta energia que já existe, para um momento de grande visibilidade onde eles também se reúnem, onde se conhecem melhor, muitas vezes criam novas amizades, novos projetos, têm novas ideias. Portanto é uma espécie de ambiente seminal daquilo que acontece já por si no ambiente da música nova em Portugal, e é um pouco isto que o festival por um lado promove e por outro lado reflete”.
Os prémios Este ano, em termos de prémios, a banda vencedora do Prémio Melhor Concerto Super Emergente ganha então a oportunidade de percorrer o país numa tour por diversos espaços e eventos, que para já conta com os seguintes parceiros: Bota (Lisboa); Bang Venue (Torres Vedras), Salão Brazil (Coimbra); Carmo’81 (Viseu); GrETUA (Aveiro); Saliva Diva (Porto); gig Rocks/Rum by Mavy (Braga); Capote Música (Évora); Café
Concerto Quina das Beatas/CAE (Portalegre) e Républica 14 (Olhão), sendo expectável que ainda se venham a juntar mais espaços e salas do país.
Também o Prémio Melhor Projeto Super Emergente, da responsabilidade exclusiva do júri, apresenta novidades. Este ano, no valor de 1500€, resultará na gravação do master de um álbum ou EP, com a direção da experiente produtora musical Suse Ribeiro, sendo que as características do estúdio e a sua localização poderão ajustar-se às características e base geográfica da banda.
No Festival, o bilhete para cada um dos dias 26 e 27 de dezembro custa 12€, assim como cada uma das séries de concertos (tarde e noite) do dia 28. O bilhete completo do dia 28 (6 concertos) tem o preço de 18€, e o passe geral para os 3 dias de festival custa 30€.
Os bilhetes podem ser adquiridos online no site da BOL (https://tocadasartes.bol.pt/), através do Linktree do festival (https://linktr.ee/fe_festival_emergente), ou no próprio dia à porta do BOTA.