Agência de Fogos não consultou autarquias sobre mapa de risco, diz Associação de Municípios
O presidente da Câmara de Boticas e dirigente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Queiroga, acusou a Agência de Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) de nunca se ter articulado com as autarquias na elaboração da Carta de Perigosidade de Incêndio Rural, que está suspensa até fim de 2024.
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Esta quarta-feira, ouvido na comissão parlamentar de Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local - na qual esteve em representação da ANMP -, Fernando Queiroga (PSD) acrescentou que as reuniões com a AGIF têm sido "um bocado violentas", frisando que esta entidade lhes impôs os Planos Regionais de Ação sob a "ameaça" de que, sem esse passo, não haveria verbas.
Queiroga, que esteve acompanhado pelo presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins (PS), afirmou "taxativamente" que a AGIF nunca se articulou com os municípios durante o processo de elaboração da Carta de Perigosidade. Este documento, recorde-se, foi suspenso pelo Governo em março, após as críticas de vários autrcas de que impõe demasiadas limitações à circulação e construção em territórios do interior.