Brian Thompson, diretor executivo da seguradora norte-americana UnitedHealthcare, foi morto a tiro à porta de um hotel em Nova Iorque. Luigi Mangione, um entusiasta da tecnologia com formação em escolas prestigiadas, foi detido num McDonald's a 500 quilómetros do local do crime, como principal suspeito do homicídio.
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Oriundo de uma família abastada com interesses no setor imobiliário na região de Baltimore, no estado do Maryland, onde é proprietária de centros de reabilitação para idosos e clubes de campo, Mangione teve uma vida aparentemente feliz e desafogada financeiramente.
Destacou-se academicamente, tendo sido o melhor aluno da sua escola secundária, a Gilme School, e posteriormente concluiu a licenciatura e mestrado em Informática, na Universidade de Pensilvânia. Foi também conselheiro num programa pré-preparatório na Universidade de Stanford.
Após concluir os estudos, Mangione trabalhou numa empresa de tecnologia na Califórnia, até 2023, e depois mudou-se para uma comunidade de surf, no Havai. De acordo com o RJ Martin, fundador da comunidade Surfbreak, citado pelo "The New York Times", Mangione era um jovem "talentoso e otimista", mas que sofria de problemas nas costas, devido a um acidente de surf.
Surpresa é mesmo a reação de várias pessoas que o conheciam quer dos tempos de escola, quer de antigos colegas de trabalharam com ele ou que se cruzaram com Mangione em diversos cenários sociais. Até ao momento, não está confirmado como é que o problema nas costas ou a cirurgia possa ter influenciado o seu comportamento, embora família e amigos tenham notado uma diferença de personalidade de Luigi antes do crime.
Segundo documentos das autoridades norte-americanas, o suspeito poderá ter sido motivado por ressentimento contra o que apelidou de companhias de seguros de saúde "parasitas".
Segundo a comissária da Polícia de Nova Iorque, Thompson levou um tiro nas costas e outro na perna direita. Após os disparos, Luigi fugiu para um beco e utilizou uma bicicleta elétrica em direção ao Central Park.
Na segunda-feira passada, foi encontrado e detido a 500 quilómetros a oeste de Nova Iorque, pela polícia em Altoonan. Segundo as informações divulgadas pelo "The New York Times", com base em fontes ligadas à investigação, o homem foi reconhecido num McDonald's, onde utilizou um cartão falsificado, semelhante ao que o assassino utilizou para fazer o check-in no hotel em Nova Iorque, na noite anterior ao crime.
Mangione está a tentar evitar a extradição para Nova Iorque, estado onde o crime foi cometido.