Uma ex-modelo acusou Axl Rose, vocalista da banda Guns N' Roses, de assédio sexual em Nova Iorque em 1989, de acordo com uma ação movida no Supremo Tribunal de Nova Iorque esta quarta-feira.
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Segundo a revista "Rolling Stone", a ex-modelo Sheila Kennedy alega no processo que conheceu o vocalista dos Guns N' Roses numa discoteca em Nova Iorque em 1989, quando tinha 26 anos. Nessa noite, alega Kennedy, o artista agrediu-a sexualmente no seu quarto de hotel.
A alegada vítima explica que, naquele dia, uma amiga convidou-a para ir à discoteca para tentar conhecer a banda. Axl Rose conversou com a ex-modelo na discoteca e convidou-a para voltar ao hotel para uma festa, alega o processo citado pela revista. A amiga de Kennedy não terá sido convidada por não ser "suficientemente bonita" e a ex-modelo terá ido para o hotel com outra modelo e futura apresentadora da MTV, Riki Rachtman.
No hotel, Axl Rose terá dado às convidadas cocaína e álcool. Quando Kennedy foi à casa de banho, o vocalista dos Guns N' Roses ter-se-á posicionado do lado de fora e, quando a ex-modelo saiu, “empurrou Kennedy contra a parede e beijou-a”. “Kennedy achava Rose atraente e não se importou. Estava disposta a ter relações sexuais com ele se as coisas avançassem”, lê-se no processo.
No entanto, mais tarde, Rose atirou-a para a casa e amarrou-lhe as mãos atrás das costas. Segundo o processo, o artista “estava com uma raiva sexual e volátil” e penetrou Kennedy à força. “Ele tratou-a como uma propriedade usada exclusivamente para o seu prazer sexual”, lê-se no processo. “Kennedy não consentiu e sentiu-se dominada”.
Kennedy alegou sofrer sintomas semelhantes aos do transtorno de stresse pós-traumático (TSPT) após a suposta agressão e afirmou ter sofrido de ansiedade e depressão desde o incidente que comprometeu a sua carreira. A ex-modelo pede uma indemnização não especificada do tribunal por agressão, inflição intencional de sofrimento emocional e violência motivada por género.
A ex-modelo já havia partilhado detalhes da suposta agressão na sua autobiografia "No One’s Pet" de 2016 e no documentário "Look Away" de 2021, sobre má conduta sexual na indústria musical. O seu processo também faz referência a várias outras alegações de violência doméstica contra Rose, incluindo alegações de abuso das suas ex-parceiras Erin Everly e Stephanie Seymour.