O eurodeputado do Partido Socialista, Francisco Assis, considera que se o Governo não apresentar uma moção de confiança, os socialistas devem avançar com uma moção de censura ao Executivo de Luís Montenegro.
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"O Governo quer transformar a moção de censura do PCP numa moção de confiança. Perante isto exige-se um esclarecimento absoluto da situação: ou o Governo é sério e apresenta uma moção de confiança, ou, caso contrário, o PS deve apresentar uma moção de censura", escreveu o mandatário de Pedro Nuno Santos na altura da sua candidatura à liderança do PS, no Facebook.
Na publicação, Assis reiterou que "qualquer meio-termo significará a opção pelo pântano fétido e pela crise política permanente. A estabilidade seria uma falsa estabilidade obtida à custa da dignidade das instituições".
A reação surge depois de o ministro das Finanças, Miranda Sarmento, afastar o cenário da apresentação de uma moção de confiança, admitida por Luís Montenegro na declaração que fez, este sábado, ao país.
O filme da noite foi longo, mas o pontapé de saída foi dado pelo PCP ao anunciar uma moção de censura ao Executivo, em resposta ao primeiro-ministro. Pedro Nuno Santos não acedeu ao repto dos comunistas e confirmou que o PS rejeitará qualquer tipo de moção, seja de confiança ou de censura.
Essas palavras foram suficientes para o núcleo duro do primeiro-ministro afirmar que o “chumbo de duas moções de censura” - a do Chega foi rejeitada há uma semana -, dão ao Governo da AD “as condições necessárias para governar”.