Lisboa vive esta quarta-feira o grande dia das festas de Santo António, com o ponto alto a ter lugar na Avenida da Liberade, com o desfile das marchas populares a partir das 21 horas. Na noite em que ninguém dorme, há metro até mais tarde, estacionamento gratuito e muitos arraiais, O JN conta-lhe tudo aqui.
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Sendo a Avenida da Liberdade o ponto alto da festa, onde acorrem milhares de pessoas, com muitos turistas à mistura, o melhor é esquecer o carro. A partir das 18 horas, o trânsito estará completamente cortado na principal artéria de Lisboa, onde para chegar o Metro é a única opção viável.
De Metro pode seguir até perto de Alfama, o mais típico bairro de Lisboa e onde têm lugar os arraiais mais concorridos. A estação mais próxima é Santa Apolónia (Linha Azul) e depois de caminhar um pouco até ao Museu do Fado, começar a subir pelos becos e vielas típicos.
Mas, atenção, a zona está em obras, devido do Plano de Drenagem de Lisboa, e pode haver alguma confusão na saída da estação, mesmo para quem caminha.
Metro até às 3 da manhã
Como é tradicional na noite de Santo António, o Metropolitano prolonga o horário. Assim, o serviço nas linhas Azul e Verde, na maioria das estações estará a funcionar até às três da manhã.
Para os que, mesmo assim, prefiram deslocar-se para Lisboa de automóvel, a EMEL (Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa) indica que será possível "estacionar gratuitamente, entre as 18 horas desta quarta-feira e as 6 de quinta-feira", em mais de 1900 lugares, que podem ser utilizados sem pagar nos parques do Colégio Militar, Estrada da Luz, Areeiro, Universidade, Campo Grande, Ameixoeira, Avenida de Pádua e HUB Criativo do Beato.
Voltando à programação das festas, esta quarta-feira começou com a celebração dos 15 casamentos: cinco numa cerimónia civil, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, que decorreu pelas 11.30 horas e mais 10 na cerimónia religiosa, na Sé de Lisboa, a partir das 14.
Dragões na abertua das marchas
E voltando ao foco das marchas, a festa começa às 21 horas e os protagonistas no arranque serão dois dragões especialmente concebidos para a ocasião, que assinala o 25.º aniversário do estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau.
Depois, ainda antes da competição propriamente dita, o palco é para as três marchas extraconcurso: a marcha infantil de "A Voz do Operário", a marcha dos Mercados e a marcha da Santa Casa. De seguida, entram em cena as 20 bairros concorrentes ao título, que o ano passado foi ganho pela marcha da Bica.
Como habitualmente, o nome do bairro vencedor só será conhecido às primeiras horas da manhã.
Sardinhas e cerveja
Mas a noite de Santo António é também símbolo de folia e bailaricos. Alfama é o bairro mais concorrido, com milhares de pessoas a subirem desde a Baixa até aquela colina, rumo ao bairro onde todos os becos desde bem cedo ficam apinhados de gente.
Ali, nas vielas apertadas é sempre difícil circular, inclusive a pé. O desafio é chegar aos assadores de sardinha, febras e outras iguarias típicas dos Santos. Tudo, claro, regado com litros e litros de cerveja, vinho ou sangria.
Mas não só em Alfama que se faz a festa. Para quem quiser festejar em ambiente menos confuso, tem arraiais na Praça da Alegria (mesmo ao lado do desfile das marchas), Campolide, Mouraria, Bairro Alto, Benfica, Graça, Penha de França, São Vicente, Alvalade ou Belém, entre outros mais pequenos.

