Não é apenas a Solverde que faz pagamentos regulares à empresa familiar de Luís Montenegro. Tendo em conta os esclarecimentos dados no Parlamento, durante o debate da moção de censura, há pelo menos mais quatro grupos privados com “acompanhamento permanente” e, presumivelmente, a pagar pelos serviços prestados.
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No debate da moção de censura da semana passada, Luís Montenegro não quis identificar as empresas que têm “acompanhamento permanente” da Spinumviva, mas detalhou as suas áreas de negócios.
Destaca-se, desde logo, “uma empresa que gere unidades hoteleiras e um negócio físico e online com cerca de 500 mil clientes registados e 1200 funcionários”, que poderá corresponder ao Grupo Solverde, que, como revelou o Expresso, paga à Spinumviva uma avença mensal de 4500 euros.
As restantes, e nas palavras de Luís Montenegro, são “uma empresa de retalho com cerca de dois mil funcionários e lojas físicas e online, onde, entre outras coisas, é gerido um ficheiro com mais de dois milhões e meio de clientes e respetivos dados”.
Acresce “um estabelecimento de ensino privado, sem contratos com o Estado, com mais de 1200 alunos e mais de 200 funcionários”; “um grupo de farmácias, com especial sensibilidade no tratamento de dados de saúde”; e “um grupo industrial do ramo do aço, com centenas de funcionários, clientes e fornecedores”.