Movimento de pais de alunos com deficiência denuncia receber “muitos relatos” sobre este ano letivo e anteriores. Falta de recursos mantém-se como principal problema.
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As horas de educação especial por semana são escassas e há dificuldades em cumprir os programas educativos individuais. Muitas vezes são excluídos de visitas de estudo e saem do recinto escolar sem que alguém se aperceba. Os relatos são feitos às dezenas por pais e familiares de crianças e jovens com deficiência, neurodivergência e surdez ao Movimento por uma Inclusão Efetiva (MIE), que está a preparar uma queixa contra o Estado português no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
“Recebemos muitos relatos, alguns muito graves, que envolvem violência psicológica e negligência”, revelou, ao JN, Filipa Nobre Pinheiro do MIE, sublinhando que há casos referentes ao ano letivo presente e anteriores que já foram participados às autoridades no setor da educação, mas caíram “num vazio”. Outros “têm receio de avançar por medo das consequências ou falta de apoio”, explicou a porta-voz.