Pedro Reis, Margarida Blasco e Dalila Rodrigues deixam Governo, provedora da Justiça no MAI

Estas saídas juntam-se àquela que já era conhecida de Pedro Duarte, que deixa os Assuntos Parlamentares para ser candidato à Câmara do Porto.

Os ministros passam de 17 para 16 - saem quatro e entram três - e há menos uma mulher do que no anterior Executivo. A nomeação e posse do primeiro-ministro e ministros do XXV Governo Constitucional está prevista para quinta-feira, 5 de junho, às 18 horas, no Palácio da Ajuda, e a posse dos secretários de Estado para sexta-feira, às 12 horas, no mesmo local, segundo anunciou Belém, após ter aceite a lista de ministros.

Gonçalo Matias, presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, é a aposta para o novo cargo de ministro Adjunto e da Reforma do Estado. Tem 45 anos, foi secretário de Estado Adjunto e para a Modernização Administrativa do XX Governo Constitucional.

Carlos Abreu Amorim, até agora secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, assume o lugar que Pedro Duarte deixou vago para ser cabeça de lista à Câmara do Porto; e Maria Lúcia Amaral, atual provedora da Justiça, sucede a Margarida Blasco, que era alvo de contestação na Administração Interna. Também a saída de Dalila Rodrigues da Cultura era esperada.

Montenegro decidiu manter a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, apesar de ser um dos elementos do Governo mais polémicos e contestados, desde logo pela Oposição.

Luís Montenegro, que foi a Belém entregar os nomes que já foram aceites pelo presidente da República, mantém as apostas em elementos do seu núcleo mais próximo, como Paulo Rangel, ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros, Joaquim Miranda Sarmento, das Finanças, António Leitão Amaro, da Presidência, Miguel Pinto Luz, das Infraestruturas e da Habitação, e Margarida Balseiro Lopes, agora com Cultura, Juventude e Desporto em vez de ministra da Juventude e Modernização. Ou seja, a Cultura também deixa de ser uma pasta autónoma. O Desporto estava com Pedro Duarte. Quanto à pasta da Modernização Administrativa, fica na alçada do novo ministro Gonçalo Matias.

Pelo CDS-PP, continua Nuno Melo, líder centrista, como ministro da Defesa Nacional.

No elenco da AD, são igualmente repetentes os ministros da Justiça, Rita Júdice, da Educação, Fernando Alexandre, e do Trabalho e da Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho.

Coesão, Ambiente e Energia, e Agricultura e Mar continuam a ser tuteladas, respetivamente, por Manuel Castro Almeida, Maria da Graça Carvalho e José Manuel Fernandes. A grande diferença é que Castro Almeida acumula agora também a pasta que era de Pedro Reis, tomando posse quinta-feira como ministro da Economia e da Coesão Territorial e juntando assim duas pastas estratégicas. Mas perde o estatuto que tinha de ministro Adjunto.

Segue aqui a lista completa:

Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
Paulo Artur dos Santos de Castro de Campos Rangel

Ministro de Estado e das Finanças
Joaquim José Miranda Sarmento

Ministro da Presidência
António Egrejas Leitão Amaro

Ministro da Economia e da Coesão Territorial
Manuel Castro Almeida

Ministro Adjunto e da Reforma do Estado
Gonçalo Nuno da Cruz Saraiva Matias

Ministro dos Assuntos Parlamentares
Carlos Eduardo Almeida de Abreu Amorim

Ministro da Defesa Nacional
João Nuno Lacerda Teixeira de Melo

Ministro das Infraestruturas e Habitação
Miguel Martinez de Castro Pinto Luz

Ministra da Justiça
Rita Fragoso de Rhodes Alarcão Júdice de Abreu e Mota

Ministra da Administração Interna
Maria Lúcia da Conceição Abrantes Amaral

Ministro da Educação, Ciência e Inovação
Fernando Manuel de Almeida Alexandre

Ministra da Saúde
Ana Paula Mecheiro de Almeida Martins Silvestre Correia

Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Maria do Rosário Valente Rebelo Pinto Palma Ramalho

Ministra do Ambiente e Energia
Maria da Graça Martins da Silva Carvalho

Ministra da Cultura, Juventude e Desporto
Ana Margarida Balseiro de Sousa Lopes

Ministro da Agricultura e Mar
José Manuel Ferreira Fernandes