Emília Chaves, Carminda Fernandes e Isabel Rodrigues foram as primeiras a chegar ao Jardim Afonso de Albuquerque, em frente ao Palácio de Belém, onde o presidente da República vai receber o Papa esta manhã de quarta-feira. "Chegamos às 6.30 horas".
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"Queríamos ter a certeza de que víamos o Papa na linha da frente. Já vimos o avião dele passar, branco e azul, muito bonito, acompanhado pelos F16" , diz Emília Chaves, que trouxe uma saia comprida por respeito ao líder da Igreja Católica. "No Vaticano não se pode estar de calções e vim em conformidade", justifica. A amiga Carminda veio "mais por arrasto".
"Tirei o dia de férias para ver o Papa, empurrada pela minha amiga Emília. Ela disse-me que é um dia histórico e realmente é. Estamos muito felizes", diz Carminda Fernandes, que juntamente com Emília conheceram Isabel aqui. "É a primeira vez que o vou ver mais de perto. Se conseguir falar com ele dou-lhe um abracinho e peço para rezar por todos", promete Isabel Rodrigues.
Acabaram por se juntar "por solidariedade" à manifestação pacífica dos polícias, cerca de trinta. Espera-se que cheguem mais ao longo de manhã. "Vão aparecer mais pelas 10 horas. Uma vez que não conseguimos resolver as nossas reinvindicações com o primeiro-ministro, estamos a apelar a um ato de fé, que é quase o que nos resta", afirmou Paulo Macedo, presidente do Sindicato de Profissionais de Polícia, que acrescentou que não estão mais agentes na manifestação porque "muitos agentes foram mobilizados para a Jornada da Juventude".
Os profissionais pedem melhores salários, fim do "trabalho gratuito", pagamento de horas extra, profissão mais atrativa, mudança da legislação, entre outras reinvindicações.
Alguns professores e educadores de infância chegaram entretanto e juntaram-se aos polícias. "Estamos aqui em apoio aos polícias como eles nos apoiam a nós", explicou Tânia Silva, educadora de infância no distrito de Lisboa.
Alguns peregrinos também se juntaram em frente ao Palácio de Belém, para verem o Papa.