Câmara preocupada com emprego em fábrica de pellets em Santiago do Cacém
Explosão provocou incêndio numa unidade no Cercal do Alentejo.
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Uma explosão, ocorrida ontem à tarde, numa fábrica de pellets de madeira no Cercal do Alentejo, no concelho de Santiago do Cacém, provocou um incêndio considerável na área rural circundante à unidade fabril. Só hoje é que ficou confinado a um silo com toneladas deste material combustível e que continua a arder. Álvaro Beijinha, presidente da Câmara de Santiago do Cacém, afirma que os bombeiros estão a tentar extinguir as chamas, o que pode demorar dias, e mostra preocupação face aos 50 postos de trabalho daquela fábrica.
O alerta foi dado cerca das 18 horas de ontem para a fábrica de pellets na Zona Industrial Ligeira do Cercal do Alentejo. “O incêndio provocou danos no armazém, onde se encontra o material inflamável, bem como outros materiais, como painéis solares, e alastrou inicialmente para uma zona de mato adjacente”, conta o autarca. O incêndio rural foi combatido durante a noite por mais de cem bombeiros e dezenas de viaturas. Durante a manhã desta terça-feira, ficou confinado à sua origem, um silo com toneladas de pellets. “O trabalho incansável dos bombeiros permitiu que não houvesse casas em risco nem outras fábricas nas imediações”, acrescenta.
Precisa de investimento
Os trabalhos dos bombeiros passam por retirar grande parte do material inflamável de dentro do edifício para evitar um prolongamento indefinido do incêndio, visto que os pellets têm uma longa combustão. Este não é o primeiro incêndio na fábrica, mas é o mais grave, atenta o autarca.
A unidade fabril está a laborar desde 2011 e tem produção essencialmente destinada ao estrangeiro. A câmara está preocupada com a manutenção do emprego. “Após os trabalhos dos bombeiros, vamos tentar perceber qual o futuro desta empresa. As zonas de produção não foram afetadas pelo fogo, mas acredito que, numa primeira fase, não seja possível laborar sem que haja um investimento para recuperar o que foi perdido com o fogo”.