Henrique Ramos: "Fernando Madureira tentou impedir a confusão comigo. Tentou, mas não foi o suficiente"
A terceira sessão de julgamento da Operação Pretoriano decorre esta quinta-feira, no Tribunal de São João Novo, no Porto.
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“Bruno Aleixo cuspiu-me na cara e no peito, ele é bom a cuspir, ameaçou-me de que me ia matar mas ao longe, chegar perto que é bom, está quieto. O José Pereira deu-me um pontapé na direção da cabeça e acertou-me no ombro. O José Dias só me ameaçou”, descreveu Henrique. O adepto portista refere que a última imagem que tem da confusão é ver Fernando Madureira “de costas a mandar pessoal lá para cima”.
Henrique Ramos acusou as casas de serem uma desculpa para arranjar bilhetes. “Os bilhetes não saiam do próprio estádio era uma justificação para dar saída”, explicou. Porém, preferiu não se alongar muito mais. “Na Operação Bilhete Dourado tenho todo o gosto de falar de bilhetes”, referiu.
Sobre a aprovação dos estatutos disse-lhe que “era indiferente”. Na sua opinião, “para o presidente Pinto da Costa não era nada benéfica a convocação daquela AG. O melhor para ele era terem retirado a proposta que aquilo não tinha pés nem cabeça”.
“Fernando Madureira tentou impedir a confusão comigo. Tentou, mas não foi o suficiente”, afirmou Henrique Ramos, convencido de que, após as agressões, o líder dos Super Dragões foi para aquele local para travar mais incidentes e para o proteger.
Encerramos aqui este minuto a minuto. A próxima sessão do julgamento está marcada para segunda-feira à tarde, pelas 13.45 horas.
A sessão de julgamento da designada Operação Pretoriano desta quinta-feira vai ser interrompida e Henrique Ramos vai ter de continuar a ser ouvido na segunda-feira.
A juíza alerta Henrique Ramos para a sua postura desafiadora sempre que é questionado e por frequentemente interromper a procuradora do Ministério Público. “Estamos a lidar com a liberdade das pessoas. Temos de ser sérios. O senhor pede desculpa e cala a boca porque, se disser mais, as desculpas perdem o sentido”, afirmou a juíza Ana Dias.
Pouco depois teve necessidade de fazer um novo aviso. “O senhor é um bocadinho mais que testemunha. Tem danos, alegadamente foi vítima, por isso é assistente, mas tem de se comportar com o seu estatuto no processo e não o está a fazer. Vamos ter uma conversa minimamente aceitável, com os mínimos de inteligência e respeito pelos senhores advogados que estão aqui presentes".
À saída do tribunal de São João Novo, onde prestou depoimento na condição de assistente no julgamento da Operação Pretoriano, André Villas-Boas comentou o processo, dizendo que espera que se faça justiça.
"Jamais posso ficar satisfeito com atos de violência, intimidação e coação, mas haverá um ponto em que as pessoas que sentiram na pele esses presumíveis atos serão as que melhor poderão explicar o que sentiram nesse momento e as mazelas associadas. É um momento fundamental para este processo e depois caberá à acusação provar os factos", disse o presidente do F. C. Porto, que terá de voltar a tribunal durante o processo, devido a um vídeo que a advogada do arguido Fernando Saúl disse existir, no qual Villas-Boas, durante uma ação de campanha para as eleições no clube, em Santa Maria de Faria, alegadamente apela à transmissão de cartões de sócios no ato eleitoral.
Villas-Boas reconheceu que a alteração proposta apenas permitia, e não exigia, que fossem usados o voto eletrónico e o voto em casas do clube. O presidente portista explicou que nada tem contra o voto eletrónico e que, no futuro, com condições de segurança, até pode vir a ser implementado. Porém, dada a proximidade de um ato eleitoral, era legítimo duvidar das intenções da proposta.
Sobre a proposta de voto nas casas, referiu que era “vaga”. “O sentido e âmbito da proposta é que haja uma facilidade de votarem sócios de vários pontos do país. A segurança e a proximidade do ato eleitoral, volto a repetir, é que são questão”, frisou.
"Disse a Henrique Ramos que teve grande coragem em ter revelado as ilegalidades das casas", revelou André Villas Boas, esclarecendo que o fez na madrugada seguinte à Assembleia Geral Extraordinária, quando viajava para Lisboa, na companhia de João Borges, que foi quem telefonou ao adepto agredido.
Terminou a intervenção desta quinta-feira de André Villas-Boas. O presidente do F. C. Porto terá de regressar a tribunal em nova data.
Henrique Ramos confirma que nas redes sociais se via mobilização de ambos os lados. “Havia muitos grupos de WhatsApp a mobilizar pessoas, a maior parte delas nunca tinha ido a uma assembleia geral. Eu não pertencia a esses grupos, mas tinha amigos que me mostravam e enviavam para outros grupos onde eu estava que nada tinham a ver com futebol”. Muitos deles dizima que eram contas falsas e que a AG era importante porque se ia ver se eram mesmo pessoas reais. “Na assembleia geral, começou-se a ver que eram pessoas e não eram poucas.”
Henrique Ramos disse que houve excessos de linguagem e referiu que “um atual vice-presidente, o João Borges”, lhe enviou uma mensagem a dizer “vais pegar fogo à AG”.
“Não vou estar a falar de linguagens porque havia dos dois lados, uns com mais erros ortográficos outros com menos. Bitaitada”, resumiu, “Tagarela”, alcunha pela qual é conhecido. A juíza rapidamente chamou-o a atenção: “Vai falar de linguagens porque o tribunal lhe está a perguntar”
“Quando regresso ao meu lugar, fui interpelado pelo senhor Jorge Silva, que me insultou. Depois, o senhor António Sá - que já não está neste caso - aproveita o escudo do Jorge, diz qualquer coisa que já não me lembro e empurra-me. Eu desequilibro-me e caio de costas até bater no varandim”, contou “Tagarela”.
Voltou a tentar ir para o lugar porque queria ver “se o Sá desanuviava e a coisa fluía”. Sentou-se e “há uma movimentação de pessoas, começam a aproximar-se de mim”. Um amigo sugeriu que Henrique fosse para a bancada pequena, mas ele recusou. À medida que se aproximavam mais pessoas virou-se de costas e “a coisa desenrolou-se”.
Houve “agressões e cuspidelas” por parte do Bruno Aleixo, o filho, o José Pedro, “que nunca tinha visto na minha vida”. Depois “andei à procura dele, de saber quem era, nos meus contactos, para perceber qual a motivação dele… ainda hoje acho que não sei. E ainda fui agredido pelo Tiago Aguiar, funcionário do F. C. Porto que também saiu do processo”.
Adepto do F. C. Porto que interveio da assembleia-geral do clube e que terá sido agredido diz que centrou o discurso na proposta que permitia votar nas casa do F. C. Porto. “Eu disse que antes de votarem nisso tinham de saber que muitas casas do Porto não tinham teto, eram virtuais. Como é que podíamos aprovar uma coisa para casas que não existem”, questionou.
Depois, disse ainda que “havia casas apenas para alimentar casas de outros funcionários” que “só serviam de desculpa para arranjar bilhetes para vender”.
André Villas-Boas vai continuar a prestar depoimento, respondendo agora às perguntas dos advogados de Fernando e Sandra Madureira.
André Villas-Boas explicou que as alterações dos estatutos, mais do que serem um projeto para a modernidade, “iriam facilitar alguns conflitos de interesses que nos pareciam, evidentemente, mal”. O advogado do casal Madureira questionou o presidente portista sobre se uma das propostas de revisão envolvendo negócios com familiares seria mais ou menos restritiva do que a que vigorava e ainda vigora. “Eu diria que é igual”, respondeu.
Gonçalo Cerejeira Namora insistiu, frisando que a alteração proposta exigia que esses negócios fossem sempre no interesse do clube. Villas-Boas respondeu que, no seu entender, "todas as decisões têm de ser sempre tomadas no interesse do clube”. E explicou que não perguntou a Lourenço Pinto se a proposta iria ser votada em bloco ou ponto a ponto, porque já lhe parecera mau estar a votar nos estatutos a sete meses de eleições.
“Cruzei-me com Bruno Branco, disse-me que as condições no auditório eram muito hostis, muita desordem, muitas pessoas de pé, muitos cânticos o que é estranho no contexto de Assembleia-Geral”, recordou Villas-Boas.
“Acha normal que não tenha existido um processo disciplinar de um sócio a agredir a outro sócio?”, questionou Gonçalo Cerejeira Namora, advogado do casal Madureira, referindo-se a uma eventual agressão de Bruno Branco a um adepto. "Não sei se é associado ou não. Qualquer ato de violência deve ser recriminado e aquele está a ser alvo de processo disciplinar da PSP e de queixa-crime. Relativamente a um processo disciplinar do clube, é o Conselho Fiscal e Disciplinar que tem essa responsabilidade, cabe a ele investigar”, argumentou.
A juíza voltou a questionar a pertinência do tema de Bruno Branco, quando este não é arguido nem a eventual agressão que terá feito faz parte do processo. “Vamo-nos cingir, na medida do possível, ao objeto do processo”, recomendou a juíza Ana Dias.
Sessão da manhã foi interrompida para almoço. Será retomada de tarde com os advogados de Fernando e Sandra Madureira a questionar André Villas Boas
Villas-Boas confessa que ficou “arrepiado” com muitas das mensagens do grupo de WhatsApp dos Super Dragões que lhe foram reencaminhadas. Algumas delas prometiam consequências sérias para quem não comparecesse para apoiar Pinto da Costa. “Mensagens de elevado nível de agressividade”, acrescentou.
Cristiana Carvalho pediu para juntar ao processo um vídeo onde alegadamente aparece Villas-Boas a incentivar as pessoas a irem votar nas eleições de abril, dando conta que, se por algum motivo, estivessem impedidas de o fazer que pedissem a alguém que fosse no seu lugar. Antes, Villas-Boas tinha garantido que não tinha feito esse apelo, o que motivou então o pedido da advogada de Fernando Saul para juntar esse vídeo ao processo.
“Perante a postura apresentada pelo senhor Villas-Boas, pelo facto de supostamente terem dado cartões a não sócios para entrarem na assembleia", a advogada pediu que "seja confrontado para disputar qual a diferença entre uma citação e outra”, justificou.
A procuradora do Ministério Público contestou e opôs-se alegando que o vídeo se referia às eleições de abril e não à AG e ainda que a advogada já teria conhecimento dele, sendo por isso “extemporâneo” vir pedir que seja junto como meio de prova, tendo já confrontado o arguido com o mesmo.
A advogada do F. C. Porto aderiu à posição da magistrada e também se opôs à sua junção ao processo. “No limite, pediria prazo para se pronunciar”, disse Sofia Ribeiro Branco. Já o advogado de Vitor Aleixo e Vítor Oliveira frisou que não se opunha à junção, considerando que seria útil confrontar o assistente com isso.
A juíza Ana Dias concedeu o prazo de revista pedido à advogada Sofia Ribeiro Branco de cinco dias. “Peço desculpa, senhor Villas-Boas, mas vai ter de voltar ao tribunal”, anunciou a juíza.
André Villas-Boas antecipou que, com a mudança de estatutos, “potencialmente, iria ser mais fácil à claque permitir saldar uma divida que foi evidente com a auditoria forense”. Questionado sobre eventuais privilégios da claque, o presidente portista disse que “não é normal que o clube pague despesas pessoais de viagens a elementos da direção dos Super Dragões. Era um privilégio e um abuso que o F. C. Porto não tinha de suportar”.
No contexto de negócios familiares, a advogada de Fernando Saúl questionou Villas-Boas sobre se o treinador da equipa B não era o seu padrinho de casamento. “Não”, respondeu. Questionado sobre se sabia quem era Gustavo Villas-Boas Ricca que trabalharia no departamento de scouting do clube, Villas Boas voltou a negar convictamente. “Não temos nenhuma pessoa assim chamada no scouting. Não temos ninguém com o sobrenome Ricca”, assegurou.
André Villas-Boas referiu que Bruno Branco nunca lhe fez serviços de segurança. “Jamais. Essa notícia é falsa”, assegurou. Sobre a altercação que terá ocorrido com o agente da PSP na entrada da AGE, referiu que não se apercebeu porque estava a falar com a comunicação social nesse momento. “Só o vi depois. Houve um puxão que é considerado como agressão e que está a ser objeto de processo disciplinar e de queixa-crime”.
Villas-Boas explicou que considerou que tinha sido “uma derrota dos órgãos sociais do F. C. Porto porque ninguém gosta de ver os associados a terem comportamentos indignos para com os outros sócios”. Mais ainda quando foram "perante a passividade dos órgãos sociais, nomeadamente da direção, que ficaram inertes perante a quantidade de intimidação de agressão que estava a haver nas bancadas".
“Tem de ser chamada a polícia e a responsabilidade tinha de ser do presidente da Assembleia Geral. Eu pedi ao meu advogado para chamar a polícia”, explicou.
Através do reencaminhamento de mensagens de grupos de WhatsApp, a candidatura de Villas-Boas soube que núcleos e grupos de Super Dragões estavam a organizar movimentos para captar cartões de sócio para a AGE. Do seu lado, disse desconhecer qualquer movimento semelhante e garantiu que nunca deu qualquer instrução nesse sentido.
Também teve conhecimento de pessoas que eram questionadas na fila de entrada sobre se eram apoiantes da sua candidatura e que, em caso afirmativo, seriam tratadas de modo agressivo.
Uma das pessoas que fez chegar essas informações de coação e intimidação, “mas não foi a única”, foi Bruno Branco, agente da PSP, “uma recente amizade”. Em 2015, Bruno Branco foi um dos fundadores do grupo do Facebook André Villas-Boas a presidente. Mais tarde, em 2018, abordaram-me a dizer que tinham criado esse movimento. “Não posso deixar de manifestar uma simpatia por ele”, afirmou.
O presidente do F. C. Porto, André Villas-Boas, já está no tribunal de São João Novo. Chegou ao local com segurança privada, mas não se registou qualquer incidente. Como tem vindo a ser habitual, há fortes medidas de segurança no acesso ao tribunal.
A sessão foi interrompida por dois minutos a pedido da juíza presidente da comarca. Ao que o JN apurou, em causa estará a captação de imagens nos espaços comuns do tribunal de pessoas estranhas ao processo.
Villas Boas referiu ainda outros motivos para ser contra a alteração dos estatutos. Ia retirar direitos aos associados e, a sete meses das eleições, introduzir o voto eletrónico e de correspondência, “categorias que são conhecidas por falhas de segurança. Ia tornar uma operação muito mais abrangente e quase impossível de montar”.
Depois, referiu a possibilidade de negócios com familiares e que “é amplamente conhecido, como foi revelado na nossa auditoria,” que existiam negócios desses e ainda o facto de se poder começar a fazer cooptação de num novo membro da direção sem ato eleitoral. “Tudo isso prevaricava com o novo ato eleitoral, daí o movimento orgânico e massivo dos sócios”.
“Os novos estatutos permitiam financiar de forma mais clara os grupos organizados de adeptos. Ficava mais facilitado o seu financiamento. Nós revimos o protocolo após a nossa entrada. Havia uma série de privilégios que não estavam contemplados. O F. C. Porto foi lesado em vários milhões de euros porque o protocolo era praticamente inexistente”, atirou André Villas Boas.
Villas-Boas disse que o único incidente que constatou pessoalmente foi o rebentamento de petardos aquando da sua chegada ao Estádio do Dragão. “O resto chegou-me por relatos de pessoas ou pela comunicação social”. Sentia-se um grande movimento associativo que era de louvar, afirmou o presidente do F. C. Porto. "Não posso dizer que presenciei momentos de grande agressividade, além do rebentamento dos petardos".
Ainda não havia candidatura oficial, mas Villas-Boas confirmou que “todo mundo já sabia” que ia ser candidato. O agora presidente do F. C. Porto explicou que era contra a alteração dos estatutos.
Villas-Boas referiu ainda que “independentemente do que se possa pensar de uns e de outros, sendo os estatutos a lei fundamental de um clube de futebol, a sua mudança atrai uma uma massa associativa maior”. Mais ainda, como neste caso, uma mudança a sete meses das eleições e que podia mesmo “contemplar o seu adiamento”, explicou.
O início da sessão está atrasado. Henriques Ramos será o primeiro a falar.
Villas Boas diz que não esteve presente na Assembleia Geral Extraordinária. Esteve apenas na fila para a credenciação.
“Dobro a esquina para a entrada do P1, falo com o meu advogado que diz que provavelmente estariam a ser infringidos os estatutos com a mudança de local nessa hora. Também fomos recebendo a informação do que se estava a passar no auditório e ele acha por bem que eu não participe, que me retire e preste declarações à comunicação social, explicando porque me estava a retirar”
Afinal, ao contrário do que tinha sido anunciado, será André Villas-Boas o primeiro a prestar depoimento.
A procuradora do Ministério Público quer que as declarações de Sandra Madureira, Vítor Catão e Carlos "Jamaica" prestadas em sede interrogatório sejam lidas no tribunal para serem tidas em consideração na prova produzida, uma vez que estes arguidos optaram por ficar em silêncio em tribunal.
Os advogados não se opuseram e, portanto, deram-se como lidas as declarações anteriormente proferidas pelos três arguidos, podendo ser usadas pelo tribunal como meio de prova.
Há grande agitação no tribunal. Além da Operação Pretoriano e outros casos criminais, terá início o julgamento envolvendo o ex-presidente do Turismo do Porto e Norte, Melchior Moreira, e mais 10 arguidos sobre a instalação de lojas interativas de turismo.
Henrique Ramos, o "Tagarela", também já chegou ao tribunal. O sócio do F. C. Porto que se constituiu assistente no processo foi uma das pessoas agredidas na Assembleia Geral de 13 de novembro de 2023.
Tanto o presidente do F. C. porto como Henrique Ramos foram conduzidos a uma sala reservada, onde irão aguardar até serem chamados a testemunhar.
O atual presidente portista, André Villas-Boas, como representante legal da SAD, e Henrique Ramos, a título individual, ambos como assistentes da Operação Pretoriano, vão ser ouvidos como testemunhas nesta quinta-feira, na terceira sessão de julgamento do processo, no Tribunal de São João Novo, no Porto.
Serão também ouvidas as primeiras testemunhas da acusação, no caso três elementos das forças policiais. Já as cinco testemunhas que deviam ter sido hoje ouvidas na terça-feira foram reagendadas para a próxima segunda-feira, dia da quarta sessão do julgamento.
O julgamento da Operação Pretoriano prossegue esta quinta-feira, no Tribunal Judicial da Comarca do Porto, às 9.30 horas. O processo tem como arguidos Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, Sandra Madureira, Vítor Catão e ainda mais nove arguidos, acusados de crimes alegadamente cometidos na assembleia-geral do F. C. Porto realizada no dia 13 de novembro de 2023.
Neste processo está em causa uma eventual tentativa de a claque Super Dragões "criar um clima de intimidação e medo" na AG, na qual houve vários incidentes e agressões, para que fosse aprovada a revisão estatutária, "do interesse da direção" azul e branca, então liderada pelo ex-presidente do clube Pinto da Costa, sustenta a acusação do Ministério Público (MP).
Fernando Madureira, o ex-líder dos Super Dragões, que permanece em prisão preventiva, Sandra Madureira, Vítor Catão, Hugo "Polaco" e Fernando Saul estão, bem como os outros arguidos, acusados de sete crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, 19 de coação e ameaça agravada, um de instigação pública a um crime, um de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação. O arguido Hugo Loureiro está também acusado de detenção de arma proibida.
Na acusação, o MP requer penas acessórias de interdição de entrar em recintos desportivos entre um e cinco anos.