Aplicação vai ser agora registada. Clube de Robótica da EB 2,3 de Aver-o-Mar põe a tecnologia ao serviço das pessoas e da escola e não pára de somar prémios.
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Madalena morreu depois de ter ficado esquecida, durante sete horas e meia, dentro do carro do pai. Tinha 10 meses. O caso chocou o Clube de Robótica da EB 2,3 de Aver-o-Mar, na Póvoa de Varzim. Decidiram agir. Nove meses depois, o protótipo está pronto: um sensor que mede temperatura, movimento e dióxido de carbono no interior do carro (depois de trancado) e que, em caso de oscilações, emite um alerta por SMS. O projeto é candidato ao concurso “Apps for Good” e a escola vai, agora, registar a patente. Se houver marcas interessadas, pode fazer parte do software dos carros. Os autores são quatro alunos do 8.º ano. Fátima Morais foi a professora que os acompanhou.
“Querem sempre ir mais além”, explica a docente. “Desenvolvemos coisas úteis”, atira, orgulhosa, Ema Pinheiro, olhando o protótipo, ontem, apresentado na escola na Festa Interculturalidade. “E que ajudam as pessoas, o meio ambiente e a escola”, acrescenta Diana Faria. Dinis Costa diz que agora só falta o “upgrade” final: que, em caso de o dono do carro não chegar em 10 minutos, as janelas do carro se abram automaticamente “para que nenhuma criança volte a morrer esquecida”. Têm todos 13 anos e partilham o gosto pela robótica. Tiago Costa explica: “É muito fixe! Aprendemos e temos conquistado vários prémios”. Abraçaram o clube da escola e, desde então, somam aventuras.